Com apenas 25 anos de idade, Tomi Adeyemi é uma das mais promissoras escritoras nigerianas da actualidade. Devido à autoria de “Children of Blood and Bone”, o primeiro volume de uma trilogia que vai mesclar fantasia, religiões e mitologia africanas, a crítica já teceu inúmeros elogios à sua narrativa e a Entertainment Weekly já a comparou à J. K, Rowling. A Editora Rocco vai publicar “Filhos de Sangue e Osso” já no próximo mês de Outubro, pelo seu selo Fantástica Rocco. No que diz respeito à tradução da edição brasileira, ela foi realizada por Petê Rissatti.
Desde o passado mês de Março que “Children of Blood and Bone” faz sucesso em terras do Uncle Sam e, por essa razão, Tomi Adeyemi, a autora, tem estado sob os holofotes da ribalta. Apesar de este livro marcar a sua estreia no mundo da literatura, ela já está a fazer a diferença, dado que o primeiro livro da trilogia “O Legado de Orisha”, mescla temas como a mitologia e as religiões africanas e, ainda, a fantasia.
Talvez, por isso e, também, pela qualidade da escrita e, claro, pelo seu desempenho a nível de vendas, já tenha sido comparada, por parte da Entertainment Weekly, a J. K. Rowling, a eterna criadora de uma das sagas de fantasia que mais vendeu nos últimos anos, a saga Harry Potter. Para o comprovar, é importante salientar que esta obra permanece na lista de livros mais vendidos do The New York Times, há 25 semanas consecutivas. E digo mais, foi considerado o melhor livro, na categoria de Jovem Adulto de 2018 pela Amazon.
Para além disso, segundo o que foi divulgado pela própria autora, no seu site oficial, os livros 2 e 3 da já mencionada trilogia vão sair em 2019 e 2020, respectivamente. Contudo, não poderia deixar de mencionar que o livro será adaptado para o cinema através de uma parceria entre a Fox 2000 e a Temple Hill Productions e a produção está a cargo de Karen Rosenfelt e Wyck Godfrey, dois produtores que adaptaram livros como: “Maze Runner”, de James Dashner, “Crepúsculo”, de Stephenie Meyer, A Culpa é das Estrelas, de John Green, e, mais recentemente, “Com Amor, Simon”. de Becky Albertalli.
Quanto à premissa deste livro, Adeyemi conta-nos a história de Zélie, uma jovem que luta contra a opressão do seu povo. Ela perdeu a mãe, aos seis anos, quando a realeza ordenou que todos os maji, pessoas capazes de fazer magia, fossem executados. Depois desse dia, a magia desapareceu do mundo e os maji passaram a viver como escravos nas colónias do Reino de Orïsha. Porém, quando Amari, a filha do rei, rouba um artefacto que pode conter a chave para trazer de volta a magia, Zélie e seu irmão Tzain embarcam com ela numa jornada para restabelecer esse elo com deuses, como Oyá e Yemọja, e libertar o povo da opressão.
Uma das curiosidades sobre o processo criativo desta narrativa é que a autora declarou que parte da inspiração para a história veio do período em que viveu no Brasil, pois, nessa altura, ela conseguiu uma bolsa para estudar mitologia africana em Salvador, na Bahia.
Para além dos EUA e do Brasil, o livro tem os direitos de publicação adquiridos para ser editado em mais de 25 países. Acrescento ainda que Portugal é um deles e a Editorial Planeta Portugal deve fazê-lo chegar às nossas livrarias, ainda durante o presente mês de Setembro.
Boas leituras!