Romance “Judas”, de Amos Oz está entre os finalistas do International Man Booker Prize de 2017

A 14 de Junho será anunciado o vencedor do prestigiado prémio Man Booker International, onde o objetivo é distinguir as melhores obras de ficção traduzidas para a língua inglesa.

Na lista de finalistas ao lado de Amos Oz (Israel), constam os nomes de Mathias Énard (França), David Grossman (Israel), Roy Jacobsen (Noruega), Dorthe Nors (Dinamarca) e Samanta Schweblin (Argentina).

“Judas”, de Amos Oz
(trad. Lúcia Liba Mucznik, ed. Publicações Dom Quixote, 296 páginas)

O anúncio foi feito a 20 de Abril na página oficial do Man Booker International Prize, e a lista inclui o francês Mathias Énard, com o romance “Compass” (“Bússola”, na edição portuguesa da Publicações Dom Quixote), o israelita Amos Oz, com “Judas”, o mais recente romance do escritor, também publicado em Portugal pela Publicações Dom Quixote, e David Grossman, também de Israel, com “A horse walks into a bar”, este último ainda sem qualquer edição disponível em português.

O norueguês Roy Jacobsen, com o romance “The unseen”; Dorthe Nors, da Dinamarca, com “Mirror, shoulder, signal”; e a argentina Samanta Schweblin, com “Fever dream”, são os restantes candidatos ao International Man Booker Prize.

Autores como John Updike e Philip Roth, Muriel Spark, Gunther Grass e Gabriel García Márquez foram superados pelo autor albanês Ismail Kadaré, que foi distinguido na primeira edição do Man Booker Prize em 2005. No entanto, “The traitor’s niche” ficou de fora da extensa lista de candidatos revelada no mês de Março do presente ano.

Neste prémio, os autores não são os únicos a serem distinguidos, os tradutores também merecem destaque. Para além das 50,000 libras (mais de 57,000 euros) que o vencedor divide com o tradutor da obra, cada um dos finalistas – autor e tradutor – recebe recebe mil libras (1.143 euros).

A lista final de candidatos ao Man Booker International Prize foi selecionada por um júri presidido pelo diretor do Festival Internacional do Livro de Edimburgo, Nick Barley, secundado pelo escritor e tradutor Daniel Hahn, a romancista e professora de origem turca Elif Shafak, a escritora de origem nigeriana Chika Unigwe e a poetisa Helen Mort, nomeada para o prémio T.S. Eliot, para o Costa e cinco vezes vencedora do prémio Foyle Young Poets.

Na edição anterior, foi a sul coreana Han Kang que venceu com “A vegetariana”, obra editada em Portugal pela Publicações Dom Quixote em setembro de 2016.

Foto: Amos Oz por Isolde Ohlbaum

Sobre o autor:
Nascido em Jerusalém no ano de 1939, Amos Oz é o escritor israelita mais conhecido e lido no mundo. Dedicou-se à militância a favor da paz entre palestinianos e israelitas, foi professor de literatura na Universidade BenGurion, no deserto do Neguev, e membro da Academia da Língua Hebraica. Os seus livros receberam as mais importantes distinções internacionais, incluindo o Prémio Femina (1988), o Prémio da Paz dos Livreiros Alemães (1992), o Prémio Israel de Literatura (1998), o Prémio Goethe (2005), o Prémio Grinzane Cavour (2007), o Prémio Príncipe das Astúrias (2007), o Prémio Franz Kafka (2013), o Prémio Pak Kyongni (Coreia, 2015) e o Prémio Bottari Lattes Grinzane (Itália, 2016). “Judas”, o seu último romance, foi galardoado com o Prémio Internacional de Literatura – Casa das Culturas do Mundo 2015 (Alemanha).

Sugestão de leitura:

Leitores residentes no Brasil:
“Judas”, de Amos Oz (Publicações Dom Quixote, Wook):
https://www.wook.pt/livro/judas-amos-oz/17389861

Leitores residentes no Brasil:
“Judas”, de Amos Oz (Companhia das Letras, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Judas-Am%C3%B3s-Oz/dp/8535925074

Boas leituras!

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