“Na companhia das estrelas”, de Peter Heller

Hoje, venho trazer uma opinião do livro “Na companhia das estrelas” do Peter Heller. É impressionante o talento que certas pessoas têm em escrever, eu simplesmente me encantei e verei fã do Peter, ele traz uma reflexão enorme com um texto de leitura simples e sensível.

“Na companhia das estrelas”, de Peter Heller
(trad. Rosana Watson Martins Pereira,
ed. Editora Novo Conceito, 352 páginas)

O livro é todo escrito em narrativa de primeira pessoa, toda a descrição do ambiente é feito pelo personagem, toda a narrativa dos acontecimentos e diálogos é feito pelo Hig.

Eu tiro o meu chapéu para quem escreve dessa maneira. Ao contrário do que todo leitor acha, escrever toda uma historia e a fazer desenvolver pela perspectiva de um único personagem é complicadíssimo. Não vou entrar muito neste quesito técnico de escrita, o que você precisa saber é que é difícil e que o Heller conseguiu com maestria.

Voltando ao livro prepare-se para uma leitura que vai te levar para questões filosóficas sobre a vida e de como um pouco de gentileza, um bom coração e sempre esperar o melhor das pessoas podem lhe salvar em meio a um mundo devastado.

Na leitura, A voz de Hig é assustadoramente real, ao decorrer das páginas, quase é possível escutar o batimento cardíaco dele. Sabe aquela sensação de ter uma pessoa contando uma historia na sua frente e você ver a pele arrepiar quando ele vai contando e se lembrando, então, “Na companhia das estrelas” é exatamente deste jeito.

Uma das melhores narrativas que eu já li e, quando digo isso, coloco no mesmo patamar de Machado de Assis, Sidney Sheldon, Dan Brown e outros que se for citar o post vai ficar muito grande.

Claro que não posso focar apenas nos pontos bons da leitura. Sabe quando eu disse, ali em cima, que narrativa em primeira pessoa é difícil. Toda a narrativa nesta modalidade sofre de um pequeno problema. Em poucos momentos, os diálogos ficam confusos, se você não estiver muito focado na leitura poderá se confundir se é uma pessoa falando ou se é o pensamento do personagem, nada de muito sério, é somente uma problemática normal para este tipo de escrita.

A diagramação do livro também não me agradou muito, ela foi feita para dar volume ao corpo do livro, se ela tivesse sido feita numa fonte um pouco menor, e sem os espaços que saparam todos os parágrafos, teríamos um livro, acredito eu, muito menor, quase a metade do tamanho atual. Mas a diagramação é do critério da editora e do que ela quer, então, não vou dizer que a diagramação está errada, longe disso, estou apenas falando que eu não gostei da diagramação e revisão. Mas não é nada que atrapalhe a leitura.

Para concluir, sim, eu recomendo a leitura e prepara-se para se emocionar com uma história bela e cativante.

Foto: Peter Heller por John Burcham

Sobre o autor:
Nascido em 1959, Peter Heller cresceu em Nova Iorque, onde chegou a lavar pratos e a entregar pizzas enquanto aperfeiçoava a sua grande paixão pela escrita. Obteve um mestrado no Iowa Writers’ Workshop em ficção e poesia. É autor do bestseller “Na companhia das estrelas”. Escritor premiado de livros de aventuras e colaborador de longa data da rádio nacional NPR, colabora igualmente com várias revistas como a Outside Magazine, Men’s Journal e a National Geographic Adventure. Além disso, também é autor de várias obras de não-ficção sobre as suas várias aventuras e expedições por todo o mundo. Atualmente vive em Denver, no Colorado.

Sugestão de leitura:

Leitores residentes no Brasil:
“Na companhia das estrelas”, de Peter Heller (Editora Novo Conceito, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Companhia-das-Estrelas-Peter-Heller/dp/8581632343

Boas leituras!

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