Associação Quatro Cinco assume a continuidade da Edições Tinta da China no Brasil

Fundada em 2005 por Bárbara Bulhosa, a Edições Tinta da China, importante editora independente presente no mercado editorial português, que cresceu e passou a ter presença no Brasil, em 2012, renasceu este ano nesse mesmo país, com a chegada da Associação Quatro Cinco Um, que assumiu este projeto através do editor Paulo Werneck.

A casa editorial soma-se aos outros projetos realizados pela instituição, nomeadamente, o festival de editoras “A Feira do Livro”, que teve a sua primeira edição em junho, no Pacaembu, em São Paulo, e a revista de crítica de livros Quatro Cinco Um, publicada desde 2017, sendo que esta última foi fundada por Werneck em parceria com a jornalista e editora Fernanda Diamant.

Além de trazer para o Brasil o catálogo da Tinta-da-China portuguesa, a casa brasileira também vai criar e lançar novos livros, de autores de todas as origens, mantendo o padrão editorial e gráfico que pôs a editora de Bulhosa entre as mais importantes de Portugal.

Bárbara Bulhosa constituiu um grupo de autores que são tanto intelectuais atuantes quanto amigos. Lembra muito as editoras à moda antiga, movidas a lealdade e confiança mútua.
— Paulo Werneck

Nestes nove anos de atuação no mercado editorial brasileiro, houve um período de suspensão das atividades no Brasil, que se estendeu por dois anos, devido a problemas financeiros e de logística.

Ainda assim, ao seu catálogo, antes deste renascimento, constavam 47 títulos, com uma mistura de autores consagrados como Fernando Pessoa, Agustina Bessa-Luís e Sophia de Mello Breyner Andresen e autores contemporâneos como Alexandra Lucas Coelho, Rui Tavares e Ricardo Araújo Pereira.

Relembro que o último lançamento da equipa original foi “Alguns humanos”, um premiado livro de contos da autoria de Gustavo Pacheco.

Adicionalmente, a previsão é que a Tinta da China Brasil, ainda durante este ano de 2022, publique 10 novos títulos.

A primeira fornada de livros inclui literatura — um best of do cronista Ricardo Araújo Pereira e um volume de contos sobre a bomba de Hiroshima, de Tamiki Hara — e não ficção: crónicas do colunista da Quatro Cinco Um Paulo Roberto Pires sobre a ascensão da extrema direita no país e um ensaio de Rui Tavares sobre o Terremoto de Lisboa em 1755 e os seus desdobramentos históricos.

Foto: Edições Tinta da China Brasil/Divulgação

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes no Brasil:
“Alguns humanos”, de Gustavo Pacheco (Edições Tinta da China Brasil, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Alguns-Humanos-Gustavo-Pacheco/dp/8565500535

Boas leituras!

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top