“The seven moons of Maali Almeida”, de Shehan Karunatilaka, foi a obra distinguida com o Booker Prize de 2022

30 anos depois de Michael Ondaatje ter vencido o Booker Prize com “O Doente Inglês”, sucede-lhe agora Shehan Karunatilaka, também nascido no Sri Lanka, com “The Seven Moons of Maali Almeida”, de acordo com o anúncio realizado esta segunda-feira pela organização do prémio. Até ao momento, o livro ainda não está publicado em Portugal.

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The Seven Moons of Maali Almeida”, de Shehan Karunatilaka
(Vencedor do The Booker Prize 2002, ed. Sort of Books,
368 páginas)

O que os juízes particularmente admiraram e apreciaram em ‘The Seven Moons of Maali Almeida’ foi a ambição do seu alcance, e a audácia hilariante das suas técnicas narrativas. Este é um thriller metafísico, um afterlife noir que dissolve os limites não só de géneros diferentes, mas também de vida e morte, corpo e espírito, Leste e Oeste. É uma brincadeira filosófica inteiramente séria que leva o leitor ao coração negro do mundo – os horrores assassinos da guerra civil no Sri Lanka. E uma vez lá, o leitor descobre também a ternura e a beleza, o amor e a lealdade, e a busca de um ideal que justifique cada vida humana.
Neil MacGregor, presidente do júri do Booker Prize 2022

Na obra “As Sete Luas de Maali Almeida” (numa tradução livre), os leitores descobrirão “a ternura e a beleza, o amor e a lealdade, e a busca de um ideal que justifique toda a vida humana”.

Nascido em Galle no ano de 1975, tendo crescido em Colombo, Shehan Karunatilaka emergiu na cena literária mundial em 2011 quando ganhou o Prémio da Commonwealth com o romance de estreia “Chinaman“. O autor, que também escreveu canções de rock, guiões e histórias de viagem, venceu agora, com o segundo romance, o Prémio Booker.

Numa entrevista para o site do galardão, Karunatilaka diz que começou a pensar neste livro em 2009, após o fim da guerra civil no Sri Lanka, “quando houve um debate feroz sobre quantos civis morreram e de quem foi a culpa”, acrescentando que decidiu escrever “uma história de fantasmas em que os mortos pudessem oferecer a sua perspectiva”.

O prémio foi atribuído pela rainha consorte, Camilla, numa cerimónia realizada hoje na Roundhouse, com um discurso de abertura da cantora-compositora Dua Lipa, e apresentado pela comediante Sophie Duker.

“The Seven Moons of Maali Almeida”, que está publicado pela editora independente Sort of Books, explora a vida após a morte, numa investigação negra, no meio do caos assassino de um Sri Lanka assolado pela guerra civil.

Em Colombo, 1990, o fotógrafo de guerra Maali Almeida está morto, e não faz ideia de quem o matou. O fotógrafo tem sete luas para tentar contactar o homem e a mulher que mais ama e levá-los a um conjunto escondido de fotos que irão abalar o Sri Lanka.

Para o presidente do júri, qualquer um dos seis livros “pré-seleccionados teria sido um vencedor digno”.

Foto: Shehan Karunatilaka por David Parry

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
“The Seven Moons of Maali Almeida”, de Shehan Karunatilaka (Edição em língua inglesa, Sort of Books, Wook):
https://www.wook.pt/livro/the-seven-moons-of-maali-almeida-shehan-karunatilaka/27287281

Boas leituras!

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