Pincelada #2 – Quer ser um escritor ou uma máquina de escrever descontrolada?

Primeiramente, é desnecessário dizer que não existe uma fórmula matemática para se escrever um livro. E, se existisse, por se tratar de números, seria bastante chato ser escritor. No entanto, o quesito tamanho, uma vez ou outra, precisa ser pensado.

Qual é o número de páginas ideal para cada capítulo?
O número de páginas que a história pedir. Não existe uma regra que possa ser vista como fixa. Um capítulo pode ser escrito em duas, dez, trinta ou sessenta páginas. Ainda assim, o autor que utiliza plataformas de publicação virtual, tais como Wattpad e Amazon, tem de lidar com um outro aspecto: o tempo de leitura, que é justamente o tempo que o leitor levará para ler cada capítulo.

Assim sendo, surgem algumas questões:

  • Devo padronizar o tamanho dos capítulos para que o leitor possa organizar a sua leitura, sem me esquecer que ele levará, sempre, um determinado tempo para ler cada capítulo?
  • Devo seguir o fluxo da história, sem me restringir a um certo número de páginas para cada capítulo?

No caso de escolher a primeira opção, o padrão é uma média de dez páginas por capítulo, seguindo a formatação tradicional, Arial, 12, espaço 1,5, como regra.

Qual é o tamanho ideal para um livro?
Como já tinha referido, na resposta anterior, o tamanho que a história pedir. Todavia, isso não invalida que o autor deva ter algum cuidado! Existem autores que estruturam cada capítulo da sua narrativa e determinam um número exato de páginas para escrevê-la, afim de encaixar o livro nas diretrizes de um concurso ou porque ficará mais barato na fase da impressão. No entanto, se a história pedir mais espaço e o autor não o conceder, ele corre o risco de deixar de escrever detalhes importantes, nomeadamente, descrever melhor uma cena ou aprofundar um diálogo que, muito provavelmente, captaria a atenção do leitor, de forma ainda mais vincada.

Em jeito de reflexão, números e tamanhos são pormenores com os quais o escritor não precisa se preocupar. Concentre-se em escrever um livro fluido e interessante, daqueles que o leitor não vê as horas a passar. Um conselho: não se perca em devaneios a cada capítulo. Lembre-se: você é um escritor, não é uma máquina de escrever descontrolada. Por esse motivo, não escreva desalmadamente, sem qualquer fio condutor e sem estar focado no seu objetivo final! Mais vale um bom livro de duzentas páginas do que um sonífero de quinhentas.

Na próxima quarta-feira, dia 29, haverá mais uma pincelada!

Foto: Trent Szmolnik/Unsplash

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Boas leituras!

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