Uma das figuras marcantes da saga que trouxe para a imaginação de milhões de crianças e jovens, Harry Potter, a jovem Hermione Granger, interpretada, brilhantemente, por Emma Watson, nas adaptações cinematográficas que, em tempos, esgotaram as salas dos cinemas, é, claramente, o ícone feminista dos sete bestsellers escritos por J. K. Rowling.
Infelizmente, vivemos num mundo onde ainda existe muita discriminação contra as mulheres. E essa é, seguramente, uma das razões que justifica a existência de um dia como o Dia Internacional da Mulher, celebrado há, somente, dois dias. Apesar de a maior parte das sociedades ocidentais, já permitirem que elas possam votar, um direito que, no início do século passado, não se verificava em países como a Inglaterra, o caminho a desbravar é, sem dúvida, longo.
No que diz respeito aos livros, nos últimos anos, têm surgido, cada vez mais, escritoras que exploram o feminismo de uma forma notável. Um desses exemplos é J. K. Rowling que, ao construir o universo mágico de Harry Potter, transmitiu, através das suas personagens, nomeadamente, Hermione Granger, valores e princípios que privilegiam a igualdade entre géneros, conferindo a uma narrativa, maioritariamente, fantástica, uma profundidade incomum.
Entre esses princípios e valores figuram, por exemplo, a autoria do S.P.E.W. (Society for the Promotion of Elfish Welfare), criada com o intuito de proteger os elfos, e a participação activa, integrando o exército liderado por Albus Dumbledore, durante a Segunda Guerra Mágica.
A inteligência e a perspicácia da menina de cabelos castanhos e com voz autoritária são dignos de serem sublinhados. O facto de ela ser, na opinião de Malfoy, uma mudblood, não fez com que ela não fosse a mais destacada feiticeira da sua idade. Além disso, nunca revelou medo de que todos soubessem da excelência que, invariavelmente, imprimia em todas as tarefas que realizava, rivalizando, por vezes, com os maiores nomes de Hogwarts, incluindo Harry Potter, obviamente.
No entanto, normalmente, nós, homens e mulheres aparentemente modernos pré-concebemos a ideia antiga de que, para ser feliz e se sentir realizada, precisa, obrigatoriamente, de um homem ao seu lado, o que, muitas vezes, está longe de ser verdadeiro. A prova disso é que Hermione, mesmo não casando com Ron, devido à sua persistência, iria conseguir ter uma carreira de alto nível.
Por fim, desde o começo do fenómeno da Pottermania que devido a estas e a muitas outras qualidades, Granger é considerada um ícone feminista. Muita dessa constante associação vem do trabalho desenvolvido por quem vestiu a sua pele e lhe deu vida na indústria da sétima arte. Sendo uma das mais conhecidas faces ligadas ao movimento HeForShe, Watson divide-se por vários projectos e causas que promovem o empoderamento feminino.
Boas leituras!