Entre as mais de 100 candidaturas, a jovem autora portuguesa conquistou o júri, “uma obra reveladora de uma muito assinalável maturidade literária, visível no modo como uma imaginação exuberante se declina numa arquitetura narrativa extremamente precisa”. Por essa razão, Filipa Martins recebeu a honrosa distinção e o montante de 7500 euros. Realço ainda que Sérgio Paulo Guimarães de Sousa, da Universidade do Minho – Oficial, na qualidade de presidente, André Corrêa de Sá, da Universidade da Califórnia, Santa Bárbara, nos EUA, e Maria Luísa Leite da Silva, da Câmara Municipal de Esposende, formaram o painel de notáveis que avaliaram os originais submetidos.
“Um romance extraordinário, feminino, embora sobre homens, em torno de um matemático que encomendou a sua biografia antes de morrer. Uma escrita fantástica, inesperada, inovadora, de uma leveza surpreendente, com diálogos muito bem escritos e sensuais.” — Quetzal Editores
A notícia foi divulgada, no dia de ontem, no site do Município de Esposende, a entidade que institui este galardão, a fim de homenagear o escritor Manuel de Boaventura, natural de Vila Chã, Esposende, que morreu em 1973.
No que diz respeito à premissa, Jorge Rousinol é um matemático galego, que sempre defendeu o esquecimento como o melhor veículo para a tomada de decisões acertadas. No entanto, No final da vida, encomenda uma biografia sua a uma editora — uma decisão estranha para quem nunca quis recordar.
A cerimónia de entrega do Prémio Literário Manuel de Boaventura 2019 ocorrerá em Esposende, em data a anunciar.
A periodicidade é bienal e a primeira edição ocorreu em 2017, com a escritora Ana Margarida De Carvalho, autora de “Não se pode morar nos olhos de um gato”, a tornar-se na primeira vencedora. Este romance foi, originalmente, editado pela Teorema, em Abril de 2016.
Foto: Filipa Martins por Raquel Wise
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Sobre a autora:
Nasceu em Lisboa, em 1983. É jornalista desde 2004, colaborando em publicações como o Diário de Notícias, Notícias Magazine, Evasões e o jornal i. Recebeu o Prémio Revelação em 2004, na categoria de Ficção, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), com \”Elogio do Passeio Público\”, o seu primeiro romance, que veio a ser publicado em 2008. Obteve ainda o Prémio Jovens Criadores do Clube Português de Artes e Ideias com o conto \”Esteira\”. Em 2009, publicou o seu segundo romance, \”Quanta Terra\”. Em 2014, saiu pela Quetzal o seu terceiro romance, \”Mustang Branco\”, a que se seguiu, com a mesma chancela, \”Na Memória dos Rouxinóis\”. Filipa Martins tem atualmente um programa de rádio, com Rui Couceiro, A Biblioteca de, e é coautora do argumento da série \”Três Mulheres\”, exibido na RTP 1.
Sugestões de Leitura:
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“Na Memória dos Rouxinóis”, de Filipa Martins (Quetzal Editores, Wook):
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