Para a edição deste ano, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do Prêmio Jabuti, divulgou os nomes dos 5 (cinco) finalistas de cada categoria, sendo este galardão possui quatro eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação.
A próxima e última etapa, marcada para o dia 24 de novembro, será a divulgação dos vencedores, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti 2022, que acontecerá no Theatro Municipal de São Paulo.
O local foi escolhido para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, que também foi realizada nesse mesmo local. Para homenagear esse momento cultural do País, o conceito visual do Prêmio Jabuti foi inspirado na arte de rua brasileira, antropofágica por definição.
Na categoria “Romance Literário”, foram selecionados: “A extinção das abelhas”, de Natalia Borges Polesso, “A pediatra”, de Andréa Del Fuego, “Pequena coreografia do adeus”, de Aline Bei, além de dois romances que também estão entre os finalistas do Prêmio Oceanos 2022: “Vista chinesa”, de Tatiana Salem Levy, e “O som do rugido da onça”, de Micheliny Verunschk.
Já na categoria Crônica, somente livros de homens estão na disputa, nomeadamente, “A lua na caixa d’água”, do colaborador do Rascunho Marcelo Moutinho, “Crônicas de pai”, de Leo Aversa, “Na barriga do lobo”, de Luís Henrique Pellanda, “Os sabiás da crônica”, de Augusto Massi, e “Vida desinteressante”, de Victor Heringer.
Mesmo com a cerimônia do Prêmio Jabuti 2022 reservada para convidados, o público poderá assistir ao evento, que terá transmissão ao vivo pelo canal da CBL no Youtube. Esta, que é a 64ª edição do Jabuti, volta a ser presencial e teve recorde de inscritos: 4.290 livros, um aumento de 25% em relação a 2021.
“O Jabuti é uma celebração da riqueza literária do Brasil. O prêmio é também a coroação de 12 meses de trabalho incessante da CBL em favor do livro e de tudo o que ele representa para a cultura de um país.”
— Vitor Tavares, presidente da CBL
Finalistas do Eixo Literatura:
Conto
“A cicatriz e outras histórias”,de Bernardo Kucinski| Editora(s): Alameda Casa Editorial
“A ilha dos sentimentos perdidos”, de Autor(a): Hada Maller| Editora(s): Obra Independente
“A vestida: contos”, de Eliana Alves Cruz| Editora(s): Malê
“Erva brava”, de Paulliny Tort | Editora(s): Fósforo
“Pretos em Contos” – Volume 2, de Cristiane Sobral e Plínio Camillo | Editora(s): Aldeia de Palavras
Crônica
“A lua na caixa d’água”, de Marcelo Moutinho | Editora(s): Malê
“Crônicas de pai”, de Leo Aversa | Editora(s): Intrínseca
“Na barriga do lobo”, de Luís Henrique Pellanda | Editora(s): Arquipélago Editorial
“Os sabiás da crônica”, de Augusto Massi | Editora(s): Autêntica
“Vida desinteressante”, de Victor Heringer | Editora(s): Companhia das Letras
Poesia
“Algo antigo”, de Arnaldo Antunes | Editora(s): Companhia das Letras
“Extraquadro”, de Ricardo Aleixo | Editora(s): Impressões de Minas
“Palavra preta”,de Tatiana Nascimento | Editora(s): Organismo
“Risque esta palavra”, de Ana Martins Marques | Editora(s): Companhia das Letras
“Também guardamos pedras aqui”, de Luiza Romão | Editora(s): Nós
Romance Literário
“A extinção das abelhas”, de Natalia Borges Polesso | Editora(s): Companhia das Letras
“A pediatra”, de Andréa Del Fuego | Editora(s): Companhia das Letras
“O som do rugido da onça”, de Micheliny Verunschk | Editora(s): Companhia das Letras
“Pequena coreografia do adeus”, de Aline Bei | Editora(s): Companhia das Letras
“Vista chinesa”, de Tatiana Salem Levy | Editora(s): Todavia
Foto: Prémio Jabuti 2022/Divulgação
Sobre as autoras:
Nascida em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, em 1981, Natalia Borges Polesso é tradutora e escritora. Estreou na literatura com “Recortes para álbum de fotografia sem gente” (2013), premiado com o Açorianos. Em 2015, publicou sua poesia em “Coração à corda”. Ganhou o Prêmio Jabuti com “Amora” (2016), livro de contos sobre o amor no feminino. Doutorou-se em teoria da literatura na PUC-RS. Em maio de 2017 foi escolhida pelo Hay Festival da Colômbia como um dos 39 escritores menores de 40 anos mais promissores da América Latina. Em 2019, publicou o romance “Controle” pela Companhia das Letras. Já em 2020, publicou o romance “Corpos Secos”, pela Editora Alfaguara, que escreveu em parceria com Luisa Geisler, Marcelo Ferroni e Samir Machado de Machado e, em 2021, publicou “A extinção das abelhas”.
Nascida em São Paulo, em 1975, Andréa del Fuego é escritora e mestre em Filosofia pela USP. Publicou os volumes de contos “Minto enquanto posso” (2004, ed. O Nome da Rosa), “Nego tudo” (2005, ed. Fina Flor), “Engano seu” (2007, ed. O Nome da Rosa). O seu primeiro romance, “Os malaquias” (2010, ed. Língua Geral), ganhou o Prémio Literário José Saramago em 2011 e foi finalista do Prémio São Paulo de Literatura e do Prémio Jabuti. Depois, publicou “As miniaturas” (2013, ed. Companhia das Letras), além de diversos livros juvenis e infantis. Em 2021, chegou “A pediatra”, pela Companhia das Letras.
Nascida em 1972, em Pernambuco, a escritora e historiadora, Micheliny Verunschk venceu o Prêmio São Paulo de Literatura com “Nossa Teresa: Vida e Morte de uma Santa Suicida” (2014, ed. Editora Patuá), foi, por duas vezes, finalista do Prêmio Rio de Literatura, além de finalista do antigo Prémio Portugal Telecom, hoje Prémio Oceanos. “O som do rugido da onça” (2021, ed. Companhia das Letras) é o seu romance mais recente.
Nascida em São Paulo, em 1987, Aline Bei é licenciada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em Artes Cénicas pelo Teatro Escola Célia-Helena. É colunista do site cultural Livre Opinião – Ideias em Debate e foi escritora convidada na Printemps Littéraire Brésilien, um encontro anual europeu de promoção e divulgação da cultura e da literatura lusófonas, na Sorbonne Université, França, em 2018. “O peso do pássaro morto” (2017, Editora Nós), foi o seu primeiro livro. Com ele, a autora foi finalista do Prêmio Rio de Literatura e do prêmio Toca, em 2018, venceu o Prêmio São Paulo de Literatura, na categoria de Autores Estreantes com menos de 40 anos. Em 2021, com a publicação de “Pequena coreografia do adeus”, o seu segundo livro, estreou-se pela Companhia das Letras.
Nascida no ano de 1979. em Lisboa, Tatiana Salem Levy mudou-se para o Rio de Janeiro com nove meses. Para além de possuir nacionalidade portuguesa e brasileira, é judia, o que faz com que tenha uma multiculturalidade bastante forte. É escritora, ensaísta e pesquisadora na Universidade Nova de Lisboa. O seu romance “A Chave de Casa” recebeu, em 2008, o Prêmio São Paulo de Literatura como autora estreante e foi finalista dos prémios Jabuti e Zaffari & Bourbon, tendo sido publicado em vários países, nomeadamente, França, Espanha, Itália e Turquia Depois escreveu “Dois Rios”, “Tanto Mar”, “Paraíso”, “O Mundo não vai acabar” e este “Vista chinesa”, entre outros. Em Portugal já foi publicada pela Cotovia e pela Tinta da China. Reside entre Lisboa e o Rio de Janeiro e é colunista do jornal Valor Económico.
Sugestões de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“A pediatra”, de Andréa del Fuego (Companhia das Letras Portugal, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-pediatra-andrea-del-fuego/27144000
“Vista chinesa”, de Tatiana Salem Levy (Elsinore, Wook):
https://www.wook.pt/livro/vista-chinesa-tatiana-salem-levy/25324764
Leitores residentes no Brasil:
“A extinção das abelhas”, de Natalia Borges Polesso (Companhia das Letras, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/extin%C3%A7%C3%A3o-abelhas-Natalia-Borges-Polesso/dp/6559210642
“A pediatra”, de Andréa Del Fuego (Companhia das Letras, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/pediatra-Andr%C3%A9a-Del-Fuego/dp/655921348X
“O som do rugido da onça”, de Micheliny Verunschk (Companhia das Letras, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/som-do-rugido-on%C3%A7a/dp/6559210219
“Pequena coreografia do adeus” (Companhia das Letras, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Pequena-coreografia-adeus-Aline-Bei/dp/6559210413
“Vista chinesa”, de Tatiana Salem Levy (Editora Todavia, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Vista-chinesa-Tatiana-Salem-Levy/dp/6551140203
Boas leituras!