Mia Couto e Julián Fuks vão escrever contos para a The New York Times Magazine

A The New York Times Magazine convidou 29 autores a escreverem novos contos inspirados pela pandemia. Entre eles, Mia Couto e Julián Fuks são os representantes da língua portuguesa. Para a publicação que faz faz parte do prestigiado jornal nova-iorquino, “quando a realidade é surreal, apenas a ficção pode fazer sentido”.

O Projeto Decameron, cuja inspiração surge da célebre obra-prima de Giovanni Bocaccio, que é uma colecção de cem contos escritos entre 1348 e 1353, quando a Peste Negra devastou Florença, narrados por um grupo de sete raparigas e três rapazes que se abrigam numa vila isolada, para fugir daquela terrível doença.

Para além dos dois autores que vão representar a língua de Camões, este projeto reúne nomes como Margaret Atwood, Karen Russell, David Mitchell, Colm Tóibín, Paolo Giordano, Leila Slimani, Rachel Kushner, Kamila Shamsie, Edwidge Danticat, Tommy Orange, Charles Yu, Victor Lavalle, Uzodinma Iweala, Liz Moore, Etgar Keret, Mona Awad, Andrew O\’Hagan, Téa Obreht, Alejandro Zambra, Dinaw Mengestu, Rivers Solomon, Yiyun Li, Dina Nayeri, Esi Edugyan, Laila Lalami, John Wray e Matthew Baker.

Ficou curioso? Leia todos os contos aqui.

Foto: Mia Couto por João Carlos Santos

Sobre Mia Couto:
Nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi jornalista e professor, e é, atualmente, biólogo e escritor. Está traduzido em diversas línguas. Entre outros prémios e distinções (de que se destaca a nomeação, por um júri criado para o efeito pela Feira Internacional do Livro do Zimbabwe, de \”Terra Sonâmbula\” como um dos doze melhores livros africanos do século XX), foi galardoado, pelo conjunto da sua já vasta obra, com o Prémio Vergílio Ferreira 1999 e com o Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007. Ainda em 2007, foi distinguido com o Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura pelo seu romance \”O Outro Pé da Sereia\”. \”Jesusalém\” foi considerado um dos 20 livros de ficção mais importantes da «rentrée» literária francesa por um júri da estação radiofónica France Culture e da revista Télérama. Em 2011, venceu o Prémio Eduardo Lourenço, que se destina a premiar o forte contributo de Mia Couto para o desenvolvimento da língua portuguesa. Em 2013, foi galardoado com o Prémio Camões e com o prémio norte-americano Neustadt.

Sobre Julián Fuks:
Julián Fuks, filho de pais argentinos, nasceu em São Paulo, no Brasil, em 1981. Publicou o primeiro livro, \”Fragmentos de Alberto, Ulisses, Carolina e eu\”, em 2004, e com ele ganhou o Prémio Nascente da Universidade de São Paulo. Em 2007 e 2012 foi finalista do Prémio Jabuti e do Prémio Portugal Telecom com os livros \”Histórias de literatura e cegueira\” e \”Procura do romance\”, respetivamente. Também em 2012, foi considerado, pela revista Granta, um dos vinte melhores jovens escritores brasileiros. O romance \”A resistência\” (Companhia das Letras, 2016) valeu-lhe alguns dos mais prestigiados prémios literários de língua portuguesa – Prémio José Saramago, Prémio Oceanos, Prémio Jabuti de Melhor Livro – assim como o Anna Seghers-Preis na Alemanha. \”A Ocupação é o seu quinto romance\”.

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Boas leituras!

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