Leitores brasileiros que frequentam eventos como a Bienal do Rio e a FLUP lêem o dobro da média nacional

Para o Instituto Pró-Livro, no Brasil, era importante começar a traçar o perfil dos leitores brasileiros. Com esse intuito, firmou uma parceria com o Itaú Cultural e, depois de analisar os leitores que estiveram presentes na Bienal do Livro Rio e na FLUP, concluiu que estes lêem o dobro da média nacional registada naquele país.

Os dois primeiros eventos que inauguraram a rota desta nova iniciativa foram a Bienal Internacional do Livro Rio, realizada entre 30 de agosto e 8 de setembro, e a Festa Literária das Periferias (Flup), que teve lugar, entre os dias 16 e 20 de outubro, na mesma cidade. A ideia era recolher dados e compará-los, depois, com a Pesquisa Retratos da Leitura que terá uma nova edição em 2020.

Já são conhecidos os primeiros resultados e, através do PublishNews, é possível divulgar alguns deles. Na mais recente pesquisa, os frequentadores destes dois eventos leram o dobro da média brasileira.

Na Flup, os visitantes declararam ter lido 7,9 livros (inteiros ou em partes) nos últimos três meses e na Bienal, 6,6. A média apurada na Pesquisa Retratos da Leitura era de 2,5 livros lidos nos últimos três meses. Além disso, 97% desses visitantes são considerados leitores. No que diz respeito à Bienal, esse índice chega aos 95%. A pesquisa de 2015 apontava que 53% da população brasileira poderia se enquadrar como leitora.

Ainda existe uma outra comparação que é feita, a percentagem de visitantes que declararam gostar muito de ler. Por um lado, na Flup, 77% dos frequentadores responderam positivamente. Por outro, na Bienal, a fasquia fixou-se nos 74%. Na pesquisa de 2015, apenas 30% da população brasileira disse sim a essa pergunta.

As mulheres lideram nos dois eventos, em termos de público presente: 60% na Flup e 58% na Bienal. 65% dos entrevistados na Bienal, naquele momento, estava a ler um livro.

O pódio dos autores mais citados na Bienal, figuraram os nomes de J.K. Rowling, Augusto Cury e George R.R. Martin. Quanto aos livros mais falados, a Bíblia, “O Diário de Anne Frank” e a saga Harry Potter, de Rowling, dominaram as escolhas.

Ao olhar para a Flup, 74% declararam que estavam lendo um livro naquele momento. Os três autores mais citados pelos entrevistados foram: Djamila Ribeiro, Angela Davis e Machado de Assis. “Na minha pele”, de Lázaro Ramos; “Memórias da plantação”, de Grada Kilomba, e “O Diário de Anne Frank”, foram os livros mais citados pelos entrevistados da Flup.

Foto: Bienal do Livro do Rio de Janeiro/Divulgação

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Boas leituras!

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