“Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, será reeditado, no Outono, pela Companhia das Letras Portugal

Considerado por muitos como o maior romancista brasileiro do século XX, João Guimarães Rosa vai ter sua obra-prima “Grande Sertão: Veredas” publicada em Portugal, pela Companhia das Letras Portugal, no próximo Outono.

Publicada, pela primeira vez, em 1956, esta narrativa permanece, ainda hoje, como uma das principais obras da literatura modernista canarinha. Esgotado há vários anos em Portugal, o romance passará a fazer parte do catálogo da Companhia das Letras Portugal.

Para a editora, “ao atribuir ao sertão mineiro a sua dimensão universal, a obra é um mergulho profundo na alma humana, capaz de retratar o amor, o sofrimento, a força, a violência e a alegria.”

A grandiosidade de “Grande Sertão: Veredas” pode ser exemplificada pelas interpretações, que a abordam sob os mais variados pontos de vista, sem nunca deixar de ressaltar a capacidade e a confiança do autor no seu lado inventivo.

Extremamente erudito, Guimarães Rosa incorporou, na sua obra, aspectos das mais diferentes culturas. Disse, numa ocasião, que \”para estas duas vidas, viver e escrever, um léxico só não é suficiente\”.

Para Alexei Bueno, Poeta, ensaísta, tradutor e editor brasileiro, autor de “A Via Estreita”, esta obra-prima completa a tríade das epopeias da língua portuguesa, ao lado de “Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões, e “Os Sertões”, de Euclides da Cunha.

Ainda sem uma data de lançamento comunicada, de forma oficial, sabe-se que a edição portuguesa terá cerca de 600 páginas e uma capa inspirada no manto de Arthur Bispo do Rosário, à semelhança da edição reeditada, a 25 de Fevereiro deste ano, pela editora fundada, no Brasil, pelo editor Luiz Schwarcz.

Foto: João Guimarães Rosa por Wikimedia Commons

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Sobre o autor:
Nasceu em Cordisburgo, no estado de Minas Gerais, a 27 de junho de 1908. João Guimarães Rosa foi um escritor, diplomata, e médico brasileiro, considerado unanimemente um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos. Foi o segundo marido de Aracy de Carvalho, conhecida como \”Anjo de Hamburgo\” pela ajuda preciosa que prestou a refugiados judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Estreou-se na literatura, em 1936, com o volume de poemas \”Magma\”. Algumas das suas obras mais marcantes são o volume de contos \”Sagarana\”, publicado em 1946, o livro de novelas \”Corpo de Baile\” e o romance \”Grande Sertão: Veredas\”, estas duas publicadas em 1956. \”Grande Sertão: Veredas\” é o único romance e foi distinguido, no momento da sua publicação, com o Prémio Machado de Assis, do Instituto Nacional do Livro, o Prémio Carmem Dolores Barbosa, e o Prémio Paula Brito. A sua publicação fez com que Guimarães Rosa encabeçasse a lista dos melhores escritores da terceira geração modernista, a par de Clarice Lispector e João Cabral de Melo Neto. Guimarães Rosa foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1963. Morreu inesperadamente, apenas, três dias depois de tomar posse, a 19 de Novembro de 1967, no Rio de Janeiro, no auge da sua carreira literária e diplomática. Estava indicado como um dos possíveis nomes para receber o Prémio Nobel de Literatura.

Sugestões de Leitura:

Leitores que residem no Brasil:
“Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa (Companhia das LetrasLivraria da Travessa):
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