“Frantumaglia” chega às livrarias brasileiras, a 20 de Setembro, e explora os bastidores da existência e do processo criativo da misteriosa Elena Ferrante

“Frantumaglia” chega aos leitores brasileiros, a 20 de Setembro, editado pela Editora Intrínseca. Esta obra de não-ficção desvenda os bastidores da vida e do processo criativo de um dos nomes mais aclamados da literatura contemporânea. Claro que me refiro a Elena Ferrante, muito conhecida pela Série Napolitana, através da qual relata as vidas de Elena e Lila desde a sua infância até à velhice. Porém, esta obra vai ainda mais longe e mais fundo na vida da misteriosa pessoa que prefere viver no absoluto anonimato.

Há, pelo menos, duas décadas que o “Mistério Ferrante” vive nas mentes de quem trabalha no mundo da imprensa e dos milhões de leitores que, cada vez mais, lêem os seus livros. Ainda assim, neste livro, a própria autora revela as razões que a levaram a escolher este modo de vida mais recatado, mais misterioso e completamente afastado das luzes da ribalta. Para se ter uma ideia, Ferrante nunca deu qualquer entrevista pessoalmente, optando por responder sempre às milhares de perguntas que lhe chegam, por e-mail.

Defende também que é necessário proteger-se quer da lógica do mercado editorial, quer da especulação que, geralmente, é criada em redor do autor em nome da defesa da literatura. Além disso, partilha com os leitores, as permanentes preocupações que a assaltam numa altura que as suas obras são adaptadas para a televisão e o cinema.

Através da utilização de um termo “frantumaglia”, muito comum no dialecto napolitano, a escritora narra a relevância do universo pessoal no seu processo criativo, mesmo que o seu “eu” interior esteja envolto em escombros. Afirma mesmo que, nas palavras da sua mãe, este termo, dentre a infinidade de sentidos que lhe são atribuídos, é comparado a uma “instável paisagem mental”.

Deixa, também, transparecer através da correspondência trocada, dos bilhetes escritos e das entrevistas, a crença que existe uma relação entre a psicanálise, as cidades onde morou, a maternidade, o feminismo e a infância. Considera até que estes aspectos são fundamentais para a produção de suas obras.

Sobre a autora:
Ninguém sabe quem é Elena Ferrante e os seus editores originais procuram manter silêncio absoluto sobre a sua identidade. Houve até quem suspeitasse que se trata de um homem; outros dizem que nasceu em Nápoles e viveu na Grécia e em Turim. A maioria dos críticos considera-a a nova Elsa Morante, uma voz extraordinária que provocou um terramoto na narrativa dos últimos anos. O sucesso de crítica e público reflete-se em artigos publicados em jornais e revistas como The New York Times e Paris Review. “A tetralogia napolitana”, que é uma saga composta por “A amiga genial”, “História do novo nome”, “História de quem vai e de quem fica” e “História da menina perdida” está destinada a tornar-se um clássico da literatura europeia do século XXI.

Boas leituras!

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