“Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury

O que aconteceria se os livros fossem queimados e desaparecessem do mundo dos homens? Se os queimassem para apagar a sua memória? Como seria o nosso mundo sem o conhecimento e a imaginação?

Fahrenheit 451 é elaborado através destas hipóteses. Inspirado no ano de 1933, quando os nazis queimaram, em praça pública, livros de intelectuais como Kafka, Marx, Thomas Mann, Albert Einstein e Freud.

Nesta distopia, em que o mundo narrado não é muito mais avançado do que o nosso, são os bombeiros que o controlam. A sua principal função queimar os livros e perseguir quem detém o seu conhecimento.

Montag é um bombeiro, no entanto, a partir do momento em que encontra Clarissa, a sua visão sobre os livros e de como as coisas funcionam é alterada. A sua mente começa a questionar-se, de novo, e volta a pensar. Nesta sociedade, as pessoas deixam-se contaminar pelos meios de comunicação e passam horas em prol do seu lazer. Já não há conversas, a escola já não serve para aprender. Entretanto, ao contrário dos outros, este bombeiro vai em busca de respostas. Torna-se um criminoso por resistir. Por querer saber o que possuem os livros.

Betty é, definitivamente, outra personagem fundamental para compreendermos este livro. Ele é a chefe dos bombeiros. Possui um ódio imenso pelos livros. Mas, ao mesmo tempo, conhece a sua sabedoria, e é capaz de citar os mais prestigiados autores. Betty é a inquisidora. Age como um Deus neste mundo, condenando quem não age segundo os seus princípios.

Fahrenheit 451 é uma obra surpreendente . Perturba-nos e emociona-nos. Neste mundo, cada vez mais tecnológico, será que estes acontecimentos se podem tornar uma realidade? Poderia o nosso mundo abandonar, um dia, os livros? Cada vez mais os jovens se interessam menos por ler. Espero que eles voltem a entender que é nos livros que reside a sabedoria, e é neles que procuramos as nossas respostas.

Boas leituras!

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