Entrevista com W. F. Endlich, a autora de “A Senhora do Caos”

Nascida no Espírito Santo, W.F. Endlich é a prova viva de que nunca é tarde para escrever e que, apesar de ter tudo uma pausa de 20 anos, na produção das suas histórias, isso não a impediu de lutar pelo seu sonho. Além disso, no início da sua carreira, foi o Wattpad que lhe proporcionou a construção de um público que, através dos seus feedbacks positivos, a ajudou a chegar à publicação físico do primeiro livro de “A Senhora do Caos”, a sua série de fantasia. Todo o caminho que trilhou até aqui foi, sem dúvida, uma mistura de suor, sangue e lágrimas, mas como diria Fernando Pessoa, “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”. Neste momento, a autora atrasou o lançamento do seu próximo livro para 2019, uma vez que “A Senhora do Caos: A Viajante e o Dragão” está na fase de pré-produção para ser adaptado para o cinema. Posso revelar que Bellamir Freire será o realizador desta longa-metragem. Conheçam melhor a autora nesta entrevista que ela concedeu ao Sonhando Entre Linhas.

I – Origens & Hábitos de Leitura

O que pode revelar das suas origens para todos aqueles que não a conhecem?
Sou uma mulher que nasceu numa família muito pobre e que, por essa razão, entende bem o sentido da palavra “dificuldade”. Tive toda a sorte de vicissitudes pelo trajeto até aos dias de hoje. Mas prefiro definir-me, apesar de não gostar de definições, pois, o ser humano muda com o passar dos anos, como aquela que lutou muito para chegar até onde estou. Nada na vida foi fácil ou me foi dado por acaso, gratuitamente, ou por sorte. Aliás, acredito que soube aproveitar todas as oportunidades que surgiram, fossem elas difíceis ou simples, e todas as minhas escolhas me trouxeram até aqui.

Como se tornou leitora?
Leio desde sempre, aprendi a ler sozinha na minha primeira infância. No entanto, depois de uma fase de gibis da turma da Mônica, voltei aos livros, na sexta série do primário, por força de um trabalho obrigatório dado pela minha professora de português, a Beth.

Na sua família, tem alguém que goste de ler?
Na minha família, bom, se for a dos meus pais, não sei. A minha mãe não gostava. O meu pai não esteve comigo durante a minha educação. E os meus irmãos, por parte de pai, gostam, mas só tive um contato mais próximo com eles depois da fase adulta e já era leitora formada.

Você se lembra de qual foi o primeiro livro que leu na íntegra?
“O seminarista”, de Bernardo Guimarães.

Quando é que percebeu que o seu gosto pela leitura era algo sério?
Na escola, na sexta série. A época que eu comecei, também, a escrever os meus livros. O primeiro livro que concluí foi aos doze anos.

Tem algum género literário e algum(a) autor(a) favorito(a)?
Gosto de muita coisa e de muita gente. Ainda assim, adoro fantasia e mistério/assassinato. Se eu tivesse que escolher autores nesses gêneros, eu diria que seriam a J. K. Rowling e a Agatha Christie. Além destes nomes, posso referir a Diana Gabaldon e a Trudi Canavan. No Brasil, adoro Érico Veríssimo. E guardo um carinho especial por “Pollyanna”, de Eleanor H. Porter, que foi o livro que mais vezes li durante a minha vida, ainda que não classifique, esse, como um dos meus gêneros preferidos. Claro que sei que estou a deixar muita gente que admiro e gosto do trabalho, de fora dessa lista. Contudo, é praticamente impossível dizer quais mais gosto, pela quantidade de material que leio em função de lazer e como pesquisa para o meu trabalho.

Na sua experiência de leitura, já houve algum autor que não conhecia e a arrebatou completamente?
Vários! (risos). O que posso dizer é que os que citei, anteriormente, são os meus preferidos do coração e cada um deles tem um significado especial na minha trajetória de escrita.

Quando está a ler um livro, qual é a característica que faz com que não largue a história?
Acredito que são várias! Todavia, fugir do óbvio é o que mais me prende. e, claro, as reviravoltas. Sem esquecer, obviamente, a construção de uma personagem bem desenvolvida.

Como marca as citações que mais gosta num livro? Com tirinhas. sublinha a lápis ou anota num caderno?
Não marco os meus livros. Prefiro decorar os excertos que mais gosto. quando estou num relacionamento sério com o livro que estou a ler, naquele momento. (risos). Excepto Pollyanna, que é ‘hors concours’ nos livros que já li. E há uma frase fantástica do Veríssimo em “Olhai os Lírios do Campo. Sempre que a leio, acabo por chorar. O único livro que tenho. e onde existem marcações, é o meu exemplar pessoal de “A Senhora do Caos – A Viajante e o Dragão”. Nele, coloquei ‘post its’, que funcionam como  marcações do meu trabalho de escrita e construção da história.

Num mundo cada vez mais globalizado, como vê o aumento de produção de e-books?
Um caminho natural para os autores e leitores.

II – Os primeiros passos na escrita e a descoberta do Wattpad

A sua decisão de começar a escrever aconteceu por acaso, ou surgiu como uma necessidade?
Quando resolvi voltar à escrever, foi por acaso. Isso aconteceu depois dos meus filhos já estarem próximos de completar os dez anos de idade. Eu tive um hiato, na produção de minhas histórias, de duas décadas, a época em que trabalhei como uma louca para morar no estado de São Paulo. Mudar de estado, ainda que seja no mesmo país, não é nada fácil. Entretanto, quando rompi um tendão e não  tinha nada a fazer, sem ser ficar deitada, resolvi voltar à escrever. Com essa finalidade, procurei uma plataforma digital para começar a mostrar o meu trabalho e o resultado foi incrível!

Tem algum ritual que você faz, antes de começar escrever?
Não… Na verdade, eu escrevo quando tenho tempo. O facto é que gosto de escrever, a ouvir música, e, preferencialmente, à noite, porém, não acredito que seja uma espécie de ritual… (risos).

Pelo que vejo, você é um exemplo da força que as plataformas de escrita, neste caso, o Wattpad têm na descoberta de novos autores. Como é que o descobriu?
Como eu descobri o Wattpad? Diria que é mais, como ele me descobriu. (risos), Bem, eu descobri o Wattpad através da Google e com YouTubers. Apesar disso, o Wattpad ainda não me descobriu… (risos) Eu fiquei, por alguns meses, enquanto publicava lá, entre os dez mais lidos em fantasia. Mesmo assim, nunca consegui evidenciar a minha obra na primeira página. Neste momento, ando sem tempo para publicar coisas novas por lá. Claro que não me posso esquecer das amizades e dos meus queridos leitores ali, pessoas que carregarei em meu coração pela vida.

Qual foi a característica que mais te fascinou nesta plataforma construída para autores?
A facilidade de feedback dos leitores, sem dúvida. Essa interação é impagável!

À medida que ia publicando os capítulos do seu primeiro livro, no Wattpad, qual era o feedback dos seus leitores?
Sempre tive bons feedbacks, graças a Deus! E isso impulsionou-me para um movimento de publicação do livro físico. Percebi, ali, que tinha um material que poderia virar um produto literário.

Qual foi a importância do Wattpad para o início da sua carreira literária?
Definitiva. Sinto que me tornei escritora, através do Wattpad. Depois, as coisas começaram a acontecer de maneira natural.

III – Carreira como escritora

Ao se tornar escritora, e tendo começado como autora independente,  qual era a sua visão sobre o mercado editorial?

Eu pesquisei muito antes de me tornar uma autora independente. O mercado editorial não é fácil, nada é simples. Porém, o que é simples e fácil na vida? Pergunte a um médico como foi o início da carreira dele e ele te responderá com certeza: “- Foi difícil.” Acho que a vida deve ser assim, as dificuldades impulsionam-nos a melhorar. É através delas que crescemos e aumentamos nossos potenciais. Eu nunca tive a ilusão de que o meu sonho seria um conto de fadas… Penso que sempre entendi isso, de uma maneira mais pessimista. Então, o mercado editorial acabou por surpreender-me positivamente. Cada dia, uma conquista nova, esse é meu lema!

Quais foram as maiores dificuldades que enfrentou, uma vez que, nessa época, não tinha uma editora a dar apoio?
Dificuldades…? Todas as que eram possíveis! (risos). Nada foi fácil… Processo de escrita, tecnicamente, a parte fácil. Escolha da forma de publicação, um pesadelo. Registro e ISBN, um trauma. O dinheiro para publicar, de forma independente, um sufoco e uma surpresa de grandes amigos e parceiros. A impressão dos livros, uma aflição digna de Lúcifer. A distribuição dos livros por grandes empresas, inexistente e “missão impossível”. A venda dos livros, gota a gota, um trabalho de formiguinha. Enfim, todo o processo foi um caminho de mártir repleto de sacrifícios… No entanto, como todo o martírio, ele ocorre por uma causa maior, como eu acreditei, então, o que digo sobre todo esse processo doloroso e incrível? Como num parto, que é agonizante, mas revela uma nova vida… A produção do meu primeiro livro, embora, um processo doloroso ao extremo, foi o início de algo incrível e magnífico, que trouxe como resultado o amor, a realização e grandes amigos. Por isso, se me perguntasse, se mesmo com todas as dificuldades e a falta de dinheiro, uma vez que o retorno financeiro ainda não chegou, se eu faria de tudo de novo mesmo sabendo de todas essas partes difíceis? Sem sombra de dúvida, a minha resposta seria, apenas, uma, com a absoluta certeza e convicção: Sim!

Qual é a fase do processo de lançamento que mais te empolga?
O primeiro livro na mão e o primeiro leitor a falar sobre o meu livro, por vontade dele mesmo, e não por alguma parceria fechada para essa finalidade.

Está a preparar algum livro novo? Se sim, o que nos pode contar sobre ele?
Sim, o livro 2 da série, “A Senhora do Caos – A Rainha e o Pirata”. Ele sairá no ano que vem, ou seja, em 2019. Era para sair este ano mas, devido à produção do filme, o realizador pediu pra eu atrasar o lançamento do segundo volume para o primeiro trimestre do ano que vem.

Que conselho daria àqueles que se querem tornar escritores?
Estude muito. Leia muito. Não ache que o seu texto está tão bom, que não existe forma de ele melhorar.

O que gostaria de ter sabido antes de ter começado a sua carreira?
Que eu seria tão feliz com isso, como estou sendo. Seu eu o soubesse, não teria parado de escrever por vinte anos.

Como classifica o momento actual da literatura brasileira?
Difícil, mas totalmente possível.

IV – A Senhora do Caos

Como e quando é que surgiu a ideia para escrever “A Senhora do Caos”?
“A Senhora do Caos” foi uma ampliação de um antigo projecto que eu havia criado, o Daran. O projecto foi iniciado em 1994. Concluí a criação desse mundo de fantasia em 1996. Mais tarde, em 2014, eu comecei a trabalhar, novamente, na história e terminei com um projeto muito maior e com  uma complexidade mais ampliada para o universo onde crio agora.

As suas origens têm ou tiveram alguma influência em alguma das suas obras?
Costumo dizer que o homem é o que pensa e pensa baseado em tudo o que lê. Então, sim, tem tudo a ver com o que leio e com as minhas influências, com a minha educação, voltada à espiritualidade e eternidade da alma, e através dos princípios Bahá’ís que me orientaram durante toda a minha vida. 

Como é que organizou as ideias para escrever este livro? Fez um outline, esquemas, construiu uma linha temporal?
Eu costumo atribuir-me o título de “Senhora do Caos”. O meu processo de criação é caótico ao extremo. Não obstante, tenho caderninhos e vários arquivos no meu Notebook, através dos quais eu encontro o meu norte, sempre que preciso de dar um novo fôlego. Normalmente, escrevo de maneira contínua e as ideias vão se encontrando e se encaixando ao longo do enredo. Sobre a linha temporal dos meus personagens e histórias, eu juro que eu tento… Todavia, não sou boa nisso. O que tenho muito bem trabalhada é uma linha temporal de acontecimentos reais da história da Terra, do nosso planeta, para que eu possa criar e entrelaçar com os fatos que crio no Daran. Gosto de brincar com essas duas “realidades”.

Quando chegou a fase de criar as  personagens, inspirou-se em pessoas reais ou inventou, simplesmente? Leu biografias durante esse processo?
Cada personagem é um ladrão… Ele rouba um pouco ali e um pouco aqui e muito de mim. Cada personagem é trabalhado, por mim, como uma imensa colcha de retalhos, e eu crio-os para possuírem verossimilhança com aquilo que acredito, com o que eles acreditam e com o que se propõem a fazer. Parto do princípio de que ninguém é tão “bonzinho”, a ponto de nunca fazer nenhuma maldade… ou, então, tão “mauzinho”, a ponto de nunca ter feito nada de bom.

Você considera-se uma pessoa extremamente observadora? De que forma você recolheu referências para a construção dos seus cenários?
Sim, eu observo as pessoas, os lugares, as coisas e os comportamentos. Sou observadora sim. Os meus cenários vieram dos desejos de uma menina que jogava o jogo do “e se…” e o “jogo do contente”. Uma menina que tinha uma vida tão difícil e repleta de provações, que não achava possível não haver um lugar no mundo em que ela pudesse ser feliz. E na falta de encontrar esse santuário, criou seu próprio mundo. E lá, ela era a governante suprema e, enfim, poderia fazer o amor vencer no final de tudo.

Sendo “A Senhora do Caos”, o primeiro livro de uma trilogia de fantasia, quais houve algum autor que te tenha inspirado a escrever este tipo de literatura?
Não acho que tenha sido um autor a inspirar-me a escrever, pois, criei esse mundo em 1994, uma época em que publicar, no Brasil, um livro de fantasia era absolutamente impossível, sobretudo, para uma moça pobre, que passava fome e não tinha algumas coisas básicas no Espírito Santo, o estado onde nasci. No entanto, confesso que houve o momento em que eu desacreditei de que tudo isso fosse factível. E essa minha percepção foi alterada porque alguns autores me provaram que não era impossível, só difícil pra caramba! Um exemplo disso foi a própria J. K. Rowling, a minha musa suprema, autora de uma literatura fantástica acessível e que corrobora na formação e influencia novos leitores adolescentes.

Como foi, para você, a fase de construção do mundo ficcional onde a história se desenrola?
Um processo que se mistura com a minha história. Não criei o mundo fantástico de Daran e os seres que lá habitam, do dia para a noite. Essa história vem sendo trabalhada, na minha mente, há mais de vinte anos, e, agora, creio que tenho um material que vale a pena mostrar para o mundo.

Em que momento é que você decidiu o título deste livro? Antes de escrever, durante a escrita ou apenas com o manuscrito pronto?
Tinha um título inicial e provisório. Nele, já estava contida a marca “A Senhora do Caos”, mas o nome definitivo veio, somente, após o manuscrito ficar pronto. Sinto como quando damos o nome a um bebé. Você tem nomes ou um nome, previamente, escolhido. Quem já teve um filho, sabe que essa decisão se reforça enquanto estamos na gravidez. Além disso, quando você olha para os olhos daquele pequeno e frágil ser, sob sua responsabilidade, você entende que o nome dele será, ou não, o que você tinha imaginado. (risos)

Durante o processo criativo, o que é que foi mais difícil?
Criar não é difícil. Escolher o que de melhor você criou, isso, sim, não é uma tarefa simples. Na minha opinião, existem dois momentos que são importantes, talvez, “difíceis” num livro: A primeira frase e a última. Um livro define-se e constrói-se entre esses dois pontos e esses dois momentos são cruciais para o sucesso do que se escreve.

Como é que lidou com o bloqueio criativo?
(risos) Não tive nenhum episódio assim até o momento e espero não ter. Acredito que um livro é resultado de um trabalho de pesquisa muito intenso e de inúmeras leituras, então, quando eu tiver um bloqueio, acho que o caminho é pesquisar e ler um  pouco, ou muito, mais. O ócio criativo é, igualmente, uma boa oportunidade. Não podemos colocar a escrita dentro de um ‘Script’ de como se faz ou se deixa de fazer. Escrita é arte, é intuição… Além disso, antes de tudo, é formação e estudo- Como toda a arte, ela precisa ser estudada e melhorada, diariamente. Hoje, quero ser melhor que ontem, e pior do que amanhã. Esse é meu lema! “Sempre melhor que a mim mesmo, visto que eu sou o único ponto de referência que conheço, o bastante, para me avaliar a mim mesmo. Às vezes, brinco com minhas amigas:
– Se querem falar mal de mim, chamem-me dado que eu Sei coisas terríveis a meu respeito!” (risos)

Quanto tempo, em meses, demorou a escrever o primeiro volume?
Bom, essa pergunta é difícil… Trabalhei “A Senhora do Caos” em cima de uma história antiga, juro por Deus! Não tenho coragem de mostrar a ninguém (risos).  Se por um lado, levar em consideração, desde a criação do Daran, foram 22 anos. Se, por outro, levarmos em consideração quando eu resolvi tornar isso um hobby, dado que ainda não ganho a vida escrevendo, então não é profissão ainda… (né?!). Eu demorei 2 anos para concluir e publicar.

Depois de “A Senhora do Caos” ter chegado ao formato físico, em 2016, como é que os leitores têm reagido?
Sempre tive bons, digo, maravilhosos feedbacks, desde o Wattpad até à publicação física. E o livro está muito bem avaliado nas redes sociais, e plataformas de leituras… Então, por esse motivo, posso dizer que todos que leram meu livro têm reagido da melhor maneira possível, uma vez que eu não fazia ideia de como seria bem acolhida pelos leitores. E eu amo-os, a cada um deles, do fundo do meu coração. Ao lerem o que escrevo, eles tornaram possível o maior sonho de minha vida inteira: Ser uma escritora lida e ter um público para quem eu possa  dedicar-me.

Pretende publicar este seu livro nos EUA?
Se eu pretendo publicar nos EUA? Claro que sim! Quero publicar para o mundo inteiro. “A Senhora do Caos” é o meu presente para o mundo, para minha família e amigos e para Deus. Eu quero muito isso pra minha vida… Agora, se os EUA querem publicar o que escrevo, já é outra conversa. Posso dizer que tenho leitores espalhados pelo mundo afora. Tanto digitalmente, quanto publicação física… Só que daí, a publicar em outros idiomas, isso é algo ainda a ser conquistado.

V – Publicação

Como é que a Luva Editora chegou a você?
A Luva foi um presente de um amigo, o querido Raul, um amigo e escritor que amo muito e que me apresentou ao Vitto. O Vitto é um grande editor e parceiro. Eu e ele, por vezes, desentendemo-nos. Mas ele é muito competente e confio no trabalho dele. Somos, na verdade, dois loucos teimosos… (risos). No fundo, temos um objetivo em comum. O SUCESSO!

Já tinha enviado algum manuscrito seu para uma editora antes?
Imagina… (risos) Claro, enviei para várias! E acumulei propostas indecentes de publicações sem a menor chance de “rolar”, bem como muitos “nãos” de editoras grandes, dado que não acreditaram que o meu material valesse um minuto de sua atenção. Por isso, fazendo sucesso ou não, quero continuar com a LUVA e que nós, os dois, possamos crescer, juntos, e de mãos dadas, pois, o meu sucesso depende de eu continuar a ser, quem eu sempre fui ou, então, nada disso terá valido a pena.

O que nos pode dizer sobre a sequela de “A Senhora do Caos”? Vai ser publicado pela Luva Editora?
Sequela…? deve ser a “sequência”, em português do Brasil. Bom, se for isso, sim. O meu contrato com a Luva é para a segunda edição de “A Viajante e o Dragão” e para “A Rainha e o Pirata”, o primeiro e o segundo livro de “A Senhora do Caos”.

VI – Cinema

Qual foi a sua reacção ao saber que “A Senhora do Caos” vai ser adaptado para filme?
Vai virar filme? (risos) Essa é a minha reação… Ainda não acredito que isso está mesmo a acontecer. Contudo, o fato é que vai mesmo e preciso acostumar-me com essa ideia, rapidamente, pois, a fase de pré-produção já começou.

O que nos pode dizer sobre a equipa que vai ter essa produção em mãos?
Ainda não posso revelar muita coisa, pois os contratos ainda não foram assinados, mas já adianto que todo mundo que está trabalhando comigo nesse processo, é simples e definitivamente, incrível! Uma equipe muito competente e um bando de loucos varridos! Pois eu acreditar no que escrevo, mesmo me enquadrando na categoria louca total, é normal, pois a gente sempre gosta do que produzimos, de uma maneira ou de outra… Mas daí a encontrar pessoas que até poucos dias não faziam parte de nossa vida e de repente compram sua ideia… E acreditam em você… é no mínimo surreal.

Em que fase está a produção? Já existem datas marcadas para as audições, a fim de construir o elenco de actores e figurantes? 
Estamos na pré-produção, a procurar patrocínios, a fazer projectos e a fechar contratos e parcerias. Ah, e também visitando locais para as filmagens. É tudo um lindo e maravilhoso sonho. Em suma, como toda a coisa importante, isso não quer dizer que vá ser fácil… Contudo, com certeza, valerá a pena viver isso nessa existência terrena.

Para terminar, o que diz o seu “eu literário”, neste momento?
Que devemos seguir nossos sonhos, uma vez que eles são as metas dos nossos corações. Portanto, são as coisas mais importantes das nossas vidas.

Boas leituras!

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