Vanessa Pérola é uma jovem que, desde tenra idade, aprendeu a amar a escrita e a leitura e, entre muitos cadernos e folhas soltas, descobriu a arte e a prosa de José de Alencar e Jorge Amado. Criadora do blog Amor, Vida e Fé, esta alma iluminada fala literatura, psicologia e religião. Vem daí e conheçam esta menina cheia de energia, sempre pronta a ajudar os outros.
Como a leitura entrou na tua vida? Sempre gostaste de ler?
Acho engraçado quando me perguntam isso. A leitura caiu na minha vida, talvez, de paraquedas. Pelo menos, eu gosto de falar dessa forma. Assim que eu aprendi a ler, quando tinha cinco anos, queria ficar a escrever todos os nomes que via na minha frente. Isso era tão bom! Foi assim que, me apaixonei pela escrita, primeiramente, e só depois pela leitura, por isso, considero engraçado. Na maioria das vezes, as pessoas sempre gostam de ler e, em seguida, escrever. No meu caso, eu escrevia em todo e qualquer caderno ou folha que descobria. Mais tarde, recebi o meu primeiro livro de Harry Potter, do patrão de minha mãe, que havia notado o quanto eu gostava de escrever e, assim sendo, iniciou-me no mundo fantástico das leituras. E sim, eu leio sempre, poderia até ler mais, como fazia antes, mas estou sempre lendo algum livro.
Consideras que a psicologia influenciou o modo como escreves?
Isso é uma certeza. Antes, eu escrevia muita coisa ruim, de verdade. Escrevia sobre as minhas vivências, algumas poesias sem sentido e, ainda, textos que diziam nada com nada. Até que comecei a fazer psicologia, na mesma época que voltei a escrever. Eu tinha parado, pelo menos, durante uns cinco anos, e ao começar a cursar psicologia, o gosto pela escrita regressou. Com isso, e de forma mais acessível, coloco, nos meus textos, aquilo que aprendo e vivencio, tudo isso surge como uma forma de ajudar outras pessoas.
Quais foram os livros que tiveram mais impacto na tua vida?
Foram vários, mas gosto de citar os literários de José de Alencar, como “A Moreninha”, “Senhora” e “Iracema”, sem esquecer, obviamente, “Capitães da Areia”, de Jorge Amado. Esses foram os livros que mais me inspiraram a escrever, pois, além do Harry Potter, eu gostava de ler livros de autores brasileiros. Hoje, ainda posso citar uma lista enorme, contudo, prefiro citar esses pelo fato de sempre me terem inspirado a escrever.
Tens algum escritor preferido? Se sim e se pudesses conhecê-lo, o que lhe dirias?
Tenho sim, ele é um pouco banal, mas, eu amo muito. Gosto de Nicholas Sparks, dos livros dele e de como ele desenvolve a história. No entanto, ultimamente, não tenho acompanhado os livros dele. AInda assim, com certeza, eu diria: “Cara, como eu amo as suas histórias. Elas marcaram, demais, a minha adolescência e a das minhas amigas. Como é bom ler os livros, em conjunto, e, depois, ficarmos a conversar, uma com a outra, sobre a parte que mais gostámos, ora, a criticar os filmes em que que não colocava essas mesmas partes. Obrigada por escrever com o coração.”
Sendo uma habitante brasileira, de que modo vês Portugal? Gostas de ler autores portugueses?
Se queres que eu seja sincera, não tenho uma ideia formada sobre Portugal. Todavia, os autores que eu gosto são: Fernando Pessoa, Eça de Queirós, desses antigos (Risos). Não sei muito sobre aqueles que surgiram no cenário atual.
De onde nasceu seu tua grande fé? Sempre foste uma pessoa bastante religiosa?
Eu nasci na igreja, como dizemos aqui. Então, desde sempre, eu pude conhecer, de perto, o cristianismo, o que ele representa na minha vida, e, digo mais, pude conhecer Jesus, a obra que Ele realizou, aqui, na terra e como me livrou da morte. Sempre fui cristã, não me vejo de outra forma, pois, somente através de Cristo. eu pude ter vida em liberdade. Ele é o sentido de tudo aquilo que faço.
Quais são os teus grandes objetivos?
Um grande objetivo, dentro dessa vida literária, é ser uma escritora reconhecida pelos meus livros e textos. Demorei muito para poder colocar as caras e, agora, vou correr contra o tempo perdido para almejar isso. Espero conseguir.
Como nasceu o blog “Amor, Vida e Fé”?
Eu amo escrever e o blog, “Amor, Vida e Fé”, nasceu disso. Na verdade, eu sempre tive vários blogs, ainda que, todos, fossem privados, dado que eu sentia vergonha de mostrar aquilo que eu produzia. Somente, agora, com este, eu tive essa liberdade. Antes, eu queria escrever igual as pessoas que eu admirava, e isso fazia-me muito mal, visto que eu ficava comparando o que escrevia e achava muito ruim. O “Amor, Vida e Fé” veio para romper com isso. E, agora, estou aqui!
Consegues arranjar tempo para o teu curso e para o blog?
Menina, eu não sei. Agora mesmo, eu consegui alguns colunistas para o meu blog. O objectivo é que me possam ajudar, uma vez que eu tenho um outro projeto chamado “Cacheadasinlove”. Nele, eu ajudo algumas mulheres com a autoestima. Bom, eu faço muitas coisas e até quero me abster de algumas, afim de me dedicar, mais e melhor, à escrita. Portanto, eu não sei como responder a isso, já que eu fico, o tempo inteiro, procrastinando uma coisa, em prol da outra.
O que dirias a quem pretende criar um blog?
Faça! Se esse é o seu sonho, faça. É melhor feito, do que perfeito. Talvez, o mundo inteiro não leia aquilo que você escreveu, porém, com certeza, vai alcançar a pessoa certa. Escrever é libertar-se, então, vai fundo. Não espere fama, nem reconhecimento, apenas, escreva. O resto, se for feito de coração, chegará.
Pretendes continuar com os teus textos inspiradores?
Sim, pretendo!
Qual foi a citação que mais te marcou?
Esta é uma pergunta difícil. Eu sou a louca das frases e, em cada momento, estou agarrada em uma frase/citação diferente. Vou deixar aqui uma que estou amando neste instante: “quia amasti me, fecisti me amabilem.” (Em me amares, tornaste-me amável.) – Santo Agostinho
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Boas leituras!