E a 50ª vencedora do Man Booker Prize é Anna Burns, com “Milkman”

Numa altura em que o assédio sexual tem sido um tema extremamente abordado pelos media, em todo o mundo, “Milkman”, de Anna Burns, que possui essa premissa, vence um dos prémios literários mais importantes do mundo, sobretudo, no que diz respeito aos autores de ficção, escrita em inglês,e publicada em terras de Sua Majestade. A cerimónia do anúncio do vencedor, decorreu, hoje, no Guildhall, em Londres.

Aos 56 anos, o 3º romance desta escritora irlandesa, mais precisamente, nascida em Belfast, narra a história de superação de uma jovem de 18 anos que acaba por cair nas mãos de um homem poderoso e, consequentemente, tornar-se vítima de assédio sexual, onde o pano de fundo demonstra, claramente, a violência, o poder desmedido e os confrontos entre os protestantes e os católicos.

Nas palavras do filósofo Kwame Anthony Appiah, o presidente do júri, “Milkman” é uma narrativa “incrivelmente original”, realçando que “nenhum de nós tinha lido algo assim, antes”. Para os mais atentos ao mercado editorial, e não só, este é um dos títulos que faz parte do catálogo da Faber & Faber, uma das mais famosas casas editoriais britânicas.

Contudo não posso deixar de referir a presença de Daisy Johnson, de 27 anos, que escreveu outra das obras finalistas, intitulada “Everything Under”, a qual recebeu, por parte da crítica especializada, alguns dos maiores elogios.

Das 6 obras finalistas, somente, “O Quarto de Marte”, de Rachel Kushner, está publicado, por aqui, através da Relógio D’Água, desde o mês de Maio do presente ano.

Quanto ao valor monetário, o prémio situa-se no montante de 50,000£, o que corresponde, aproximadamente, a 56,000 euros.

Boas leituras!

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