Publicado pela Dom Quixote, em Portugal, o consagrado autor checo Milan Kundera, que é um dos maiores nomes da literatura europeia e mundial, voltou a ter a nacionalidade recuperada, após uma cerimónia simples e cordial, onde o Governo do seu país, através do embaixador que representa esta mesma nação em Paris, fez um pedido de desculpas a Kundera pelas perseguições que sofreu no passado.
Aos 21 anos, devido a um desentendimento com o Partido Comunista Checo, o jovem Milan Kundera foi expulso da força política, pela primeira vez, corria o ano de 1950. Para esta decisão, contribuiram alegadas atividades antipartidárias. No entanto, uma dúzia de anos depois, acabou por voltar a ser admitido e a sua permanência durou até 1970, quando foi expulso, de vez, tendo sido até impedido de publicar na República Checa.
Com esta situação a decorrer, Milan exilou-se em França, onde reside desde 1975 até ao presente. Hoje, em dia, quando escreve um novo livro, escreve-o na língua de autores como Victor Hugo, Stendhal, Alexandre Dumas e Balzac, uma prática que já iniciou há alguns anos.
Em 1981, obteve a nacionalidade francesa e, por esse motivo, vai mais longe, dado que defende que as suas obras deveriam ser integradas como parte da literatura francesa. Como exemplo dessa ideologia que defende, é importante referir que aquela que é considerada a sua obra-prima, “A Insustentável Leveza do Ser”, que foi editada, originalmente, em 1983, só teve uma edição no país de origem do seu autor em 2006.
Por fim, é amplamente tido como um recorrente candidato ao Prémio Nobel da Literatura. Todavia, apesar das nomeações serem mantidas em segredo por 50 anos, especula-se que o seu nome já tenha sido considerado por diversas vezes.
Foto: Milan Kundera por Ferdinando Scianna
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Sobre o autor:
Nasceu a 1 de abril de 1929, em Brnö, na antiga Checoslováquia. Em 1975, Milan Kundera fixou residência em Paris, tendo, em 1981, adotado a nacionalidade francesa. Autor de uma vasta obra, que abrange o romance, o ensaio e a poesia, é considerado um dos mais importantes escritores do século XX, sendo o autor nascido em território checo mais traduzido depois de Franz Kafka. “A Insustentável Leveza do Ser” é a sua obra mais aclamada pelos leitores e pela crítica, e em muito contribuiu para o tornar num autor reconhecido internacionalmente. Entre outros, foram atribuídos a Milan Kundera o Prémio Médicis (1973), o Prémio Mondello (1978), o Prémio Commonwealth (1981), o Prémio Jerusalém (1985) e o Prémio Independent de Literatura Estrangeira (1991).
Sugestões de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“A Arte do Romance”, de Milan Kundera (Dom Quixote, WOOK):
https://www.wook.pt/livro/a-arte-do-romance-milan-kundera/19260434
“A Brincadeira”, de Milan Kundera (Dom Quixote, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-brincadeira-milan-kundera/17379212
“A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera (Dom Quixote, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-festa-da-insignificancia-milan-kundera/15976109
“A Vida não é Aqui”, de Milan Kundera (Dom Quixote, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-vida-nao-e-aqui-milan-kundera/13927562
“Os Testamentos Traídos”, de Milan Kundera (Dom Quixote, Wook):
https://www.wook.pt/livro/os-testamentos-traidos-milan-kundera/22212480
Leitores residentes no Brasil:
“A Arte do Romance”, de Milan Kundera (Companhia das Letras, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/a-arte-do-romance/artigo/3907208a-c870-44b0-b532-92bdb68c2361
“A Festa da Insignificância”, de Milan Kundera (Companhia das Letras, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/a-festa-da-insignificancia/artigo/6b830bed-d1d3-44d7-a057-ca260b52706a
“A Imortalidade”, de Milan Kundera (Companhia das Letras, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/a-imortalidade/artigo/1d056db2-14cc-4c63-806f-975fc67a36f7
“A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera (Companhia das Letras, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/a-insustentavel-leveza-do-ser/artigo/17963dfa-0699-4144-ac15-ed2bab880a38
“Os Testamentos Traídos”, de Milan Kundera (Companhia das Letras, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/os-testamentos-traidos/artigo/81421583-0ac6-4705-b67f-91075d55e353
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