Fundação batizada com o nome do poeta Carlos Drummond de Andrade, em Itabira, reinaugurou a sua livraria-café

No início deste mês, a Galeria da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, localizada na Avenida Carlos Drummond de Andrade, n.º 666, em Itabira, no estado de Minas Gerais, reinaugurou a Livraria Clube da Leitura.

O espaço, que passava por dificuldades para poder manter as suas atividades, foi o único a cumprir os requisitos do Processo Licitatório 005/2021 realizado pela FCCDA.

O pregão tinha a concessão de parte do espaço da galeria da instituição para atividades voltadas para a literatura e o fomento às atividades artísticas e culturais como objetivos.

“Queremos uma Fundação dinâmica que valorize todas as manifestações artísticas e a livraria café vai possibilitar a integração da população à FCCDA, tornando a instituição viva e repleta de atividades constantes.” — Marcos Alcântara, superintendente da FCCDA

Uma das maiores metas da atual gestão da Fundação é transformar a instituição na casa dos artistas e da literatura.

“A Fundação e a Clube da Leitura têm o mesmo objetivo: formar leitores e transformar vidas através da literatura, da arte e da cultura. Aqui, a livraria passa a integrar um espaço compatível com a sua proposta. Os benefícios serão inúmeros e mútuos.” — Juliana Naves, proprietária do espaço

Foto: Livraria-café da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade; Fonte: Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade

Sobre o autor:
Escritor brasileiro, Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 1902. Estudou em Belo Horizonte e diplomou-se em Farmácia, carreira que não exerceu, e fez a sua vida no Rio de Janeiro, entregando-se às letras. Aderiu ao Modernismo, no qual se distinguiu. Como poeta, estreia-se em 1930 com “Alguma Poesia”, obra à qual se seguem outras que estão reunidas em “Poesia até Agora” e “Fazendeiro do Ar” (1955). Aí se encontram: “Alguma Poesia, Brejo das Almas” (1934), “Sentimento do Mundo” (1940), “José” (1942), “A Rosa do Povo” (1945), “Novos Poemas” (1948), “Claro Enigma” (1951) e “Fazendeiro do Ar”, apenas com exclusão da poesia circunstancial de “Viola de Bolso” (1952). Escreve ainda “Ciclo” (1957), “Poesias” (1959) e “Lição de Loiras” (1962), reunindo, então, toda a sua produção literária em “Obras Completas” (1965). Na sua poesia, caldeiam-se o sarcasmo, a ironia, o humor, mas há lirismo puro e profundo, a pesquisa do «sentimento do mundo», por vezes a revelação do seu mundo interior, do seu povo, da sua paisagem, atingindo a verdadeira serenidade e pureza clássicas em muitas composições. Foge do sentimental, do patético, mas afirma uma poesia séria, de sentimento límpido e acentuado sentido trágico, transmitidos com discrição e delicadeza. É, então, uma poesia séria, meditada, que se insere no Modernismo brasileiro. É evidente a sua preocupação formal e a abordagem dos temas numa atitude anti-lírica. Tem para ele um grande relevo o mistério da palavra que considera relevadora de poesia. É evidente a sua progressiva depuração quanto ao tema. Como ficcionista, escreve “Contos de Aprendiz” (1951); como cronista e crítico, é autor de “Confissões de Mimas” (1944), “O Gerente” (1945), “Passeios na Ilha” (1952), “Fal, Amendoeira” (1957). Na prosa há humor e cepticismo, por vezes uma certa ironia e graça sem esconder a sua natural preocupação com o homem e com o autêntico. Carlos Drummond de Andrade faleceu em 1987 no Rio de Janeiro. No ano de 2002 comemorou-se o centenário do nascimento do poeta.

Também estamos no Instagram:
https://www.instagram.com/sonhandoentrelinhas/

Boas leituras!

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top