10 lançamentos de livros escritos por mulheres no mês de março que vão chegar a Portugal

Partindo de Portugal, proponho uma viagem por países como Argentina, Brasil, Coreia do Sul, Equador, EUA, Inglaterra e Vietname recorrendo a estas novidades editoriais que vão chegar aos leitores portugueses no mês que começa a partir de manhã, sendo que todas estas narrativas foram escritas por mulheres. Ao todo são 8 livros de ficção e 2 de não-ficção.

“Oriente próximo”, de Alexandra Lucas Coelho (Editorial Caminho, 4 de março 2024)

Sinopse:
«Oriente próximo, o primeiro livro que publiquei, é um volume de não-ficção sobre Israel/Palestina, situado entre 2005 e 2007. Muito mudou desde então, e dramaticamente a 7 de Outubro de 2023, com o ataque do Hamas no Sul de Israel. Mas o que vivemos agora já se anunciava nestas páginas. Elas passam a guardar a origem do que está a acontecer e o que desapareceu entretanto. O mesmo livro, revisto quanto a redacção e paginação, agora com mapa e índice onomástico.

Termino a revisão ao voltar de um mês de reportagem na Cisjordânia Ocupada, no Estado de Israel e em Jerusalém. A Faixa de Gaza continua interdita a jornalistas de fora (com excepção dos inseridos nas forças israelitas, mediante censura), após mais de 100 dias de bombardeamentos que mataram dezenas de repórteres palestinianos. Mais de dois milhões de pessoas estão a morrer à fome, no meio de destroços e doença (incluindo cerca de 130 reféns israelitas). E o mundo continua incapaz de impor o cessar-fogo.

Uma tragédia sem precedentes. Em Israel/Palestina, mas também para o jornalismo, para as convenções e organizações de Direitos Humanos. Para a Europa, de que estas fronteiras são filhas. Para o que significa estar vivo em conjunto. O verso de Tom Waits que em 2007 escolhi para epígrafe parece fazer mais sentido do que nunca: Maybe God himself he needs all of our help.

Os direitos de autor relativos a esta edição foram já entregues à família do meu tradutor e anfitrião de muitas reportagens em Gaza, como as aqui publicadas.»

A. L. C., Janeiro de 2024

Sobre a autora:
Nascida em Lisboa, no ano de 1967, Alexandra Lucas Coelho estreou-se como jornalista, duas décadas depois. Em termos literários, “Oriente Próximo (2007, ed. Edições Tinta da China), reeditado pela Editorial Caminho em 2024, e “Caderno Afegão” (2009, ed. Edições Tinta da China), reeditado pela Editorial Caminho em 2021, marcam os seus primeiros passos na literatura. Depois, o livro de não-ficção “Viva México” (2010, ed. Edições Tinta da China) foi finalista do Prémio Portugal Telecom (atual Prémio Oceanos). Seguiram-se “Tahrir!” (2011, ed. Edições Tinta da China), “E a noite roda” (2012, ed. Edições Tinta da China), reeditado pela Editorial Caminho em 2023, o seu primeiro romance, com o qual venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. Publicou também “Vai, Brasil” (2013, ed. Tinta da China), reeditado pela Editorial Caminho em 2021, “O Meu Amante de Domingo” (2014, ed. Tinta da China), reeditado pela Editorial Caminho em 2020, “Deus-Dará” (2016, ed. Tinta da China), reeditado pela Editorial Caminho em 2022, “A nossa alegria chegou” (2018, ed. Companhia das Letras Portugal), “Cinco Voltas na Bahia e um Beijo para Caetano Veloso” (2019, ed. Editorial Caminho), vencedor do Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga, “Mumtazz” (2020, ed. Editorial Caminho) e “Líbano, Labirinto” (2021, ed. Editorial Caminho).

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
**“Oriente próximo”, de Alexandra Lucas Coelho (Editorial Caminho, Wook):
https://www.wook.pt/livro/oriente-proximo-alexandra-lucas-coelho/29666563
**Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 04/03/2024

“A família Caserta”, de Aurora Venturini (Alfaguara Portugal, 4 de março 2024)

Sinopse:
A história de uma família mergulhada na infâmia, narrada por uma rapariga sobredotada, com problemas emocionais: ingredientes para um romance de alta voltagem.

«De um só golpe, destruí a segunda juventude da minha mãe, talvez a única.» Assim conhecemos María Micaela Stradolini, ou Chela, protagonista inolvidável deste romance, ambientado na alta burguesia argentina dos anos 1920. A irrequieta e antissocial Chela mergulha num baú de papéis e fotografias, tesouros perdidos da sua biografia e da sua família. Ela, que nunca foi nada para ninguém e que é incapaz de se comover, até com a morte do que foi o seu grande amor, vai usar estes objetos para regressar a uma infância de menina rica e talentosa, magra demais e morena demais para o gosto da época. o retrato do que a rodeia é sombrio: a mãe, uma pianista fracassada, adora apenas Lula, a filha do meio; o pai é frio e psicologicamente violento; Lula insulta constantemente a irmã; Juan Sebastián nasce com uma deficiência profunda.

A ânsia maior de Chela é por libertação e liberdade — encontrará ambas nas viagens que faz como adulta, em busca do seu passado e do seu futuro, incluindo uma viagem à Sicília, onde encontrará, por fim, as raízes da sua singularidade.

Aurora Venturini, celebrizada pelo romance As primas, volta a mostrar-se, com um exímio equilíbrio entre sombra e luz, ironia e profundidade, como uma cronista mordaz da natureza humana. a família Caserta é mais uma brilhante exibição da verve narrativa de uma escritora que se adiantou ao seu próprio tempo.

Sobre a autora:
Nascida em La Plata, Argentina, em 1921, Aurora Venturini foi escritora, tradutora e professora. Licenciou-se em Filosofia e Ciências da Educação. Trabalhou no Instituto de Psicología y Reeducación del Menor, onde se tornou amiga íntima de Eva Perón. Em 1948, recebeu das mãos de Jorge Luis Borges o Prémio Iniciación, pelo livro de poesia “El solitario”. Exilou-se em Paris após o golpe de Estado de 1955, e viveu nesta cidade cerca de vinte e cinco anos, privando com figuras como Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Eugène Ionesco, Juliette Gréco e Albert Camus. Traduziu e escreveu sobre poetas franceses como Lautréamont e Rimbaud. Garantia não saber estrelar um ovo nem limpar a casa, mas escrevia diariamente, sempre à máquina ou à mão, pois desconfiava de computadores. É autora de mais de trinta livros, embora só no final da vida lhe tenha sido reconhecido um incontornável talento literário. Faleceu em Buenos Aires em 2015.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
**“A família Caserta”, de Aurora Venturini (Alfaguara Portugal, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-familia-caserta-aurora-venturini/29754379
**Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 04/03/2024

Leitores residentes no Brasil:
“Nós, os Caserta”, de Aurora Venturini (Editora Fósforo, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/N%C3%B3s-os-Caserta-Aurora-Venturini/dp/6584568962

“Primeiro, eu tive de morrer”, de Lorena Portela (Manuscrito Editora, 06 de março 2024)

Sinopse:
«Quantas mortes uma mulher já enfrentou para continuar viva?
O quanto de dor uma mulher é capaz de suportar e se manter de pé?»

Quando uma jovem publicitária à beira de um burnout é forçada a fazer uma pausa, as oito semanas de descanso obrigatório levam-na até à vila paradisíaca de Jericoacoara, no Ceará. Na pousada de duas amigas, ela tenta sarar as feridas de uma existência destruída: o stresse, excesso de trabalho, relações tóxicas e a necessidade constante de provar o seu valor quase a mataram; o machismo, o assédio, os traumas e os fantasmas roubaram-lhe pedaços que jamais conseguirá restituir. Mas será possível renascer depois de morrer?

Num romance de estreia que se tornou um sucesso imediato no Brasil, Lorena Portela conta-nos a história de uma personagem que poderia ser qualquer uma de nós. Entre mergulhos no mar e um sol escaldante, é noutras mulheres que ela consegue descobrir as forças necessárias para renascer – mas não sem antes quase perder tudo.

O romance de estreia que conquistou o Brasil.

Sobre a autora:
Nascida no Ceará, Lorena Portela é escritora e jornalista. Depois de um período a viver em Lisboa, onde começou a esboçar ”Primeiro, eu tive que morrer”, mudou-se para Londres, onde reside atualmente. Com o enredo já estruturado, foi durante o confinamento que Lorena aproveitou a obrigatoriedade de estar em casa para finalizá-lo e publicá-lo, e, para isso, rodeou-se de mulheres amigas, artistas, designers, revisoras, entre outras para avançar com a versão independente. O sucesso foi imediato, com mais de seis mil exemplares vendidos. Em 2022, os direitos foram adquiridos pela Planeta de Livros Brasil, o que ajudou a lançar a autora para os primeiros lugares dos tops brasileiros.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
**”Primeiro, eu tive de morrer”, de Lorena Portela (Manuscrito Editora, Wook):
https://www.wook.pt/livro/primeiro-eu-tive-de-morrer-lorena-portela/29727340
**Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 06/03/2024

Leitores residentes no Brasil:
“Primeiro, eu tive que morrer”, de Lorena Portela (Planeta de Livros Brasil, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Primeiro-tive-que-morrer-Romance/dp/6555358300

“Kim Jiyoung, nascida em 1982”, de Cho Nam-Joo (Singular, 7 de março 2024)

Sinopse:
Nomeado para National Book Award (Literatura Traduzida)

Quem é Kim Jiyoung?
Kim Jiyoung é uma menina nascida de uma mãe cujos sogros queriam um menino. Kim Jiyoung é uma irmã obrigada a dividir um quarto enquanto seu irmão fica com um só para ele.

Kim Jiyoung é uma mulher perseguida por professores do sexo masculino na escola.

Kim Jiyoung é uma filha cujo pai a culpa quando ela é assediada na rua, à noite. Kim Jiyoung é uma boa aluna que não recebe qualquer referência para estágios. Kim Jiyoung é uma funcionária modelo, mas é esquecida nas promoções. Kim Jiyoung é uma esposa que abdica da sua independência por uma vida doméstica.
Kim Jiyoung começou a agir de forma estranha.
Kim Jiyoung está deprimida.
Kim Jiyoung é todas as mulheres.

Sobre a autora:
Nascida em Seul, na Coreia do Sul, Cho Nam-Joo foi guionista para televisão. Para escrever este livro, baseou-se na sua própria experiência como uma mulher que deixou o emprego para se tornar dona de casa depois do nascimento da filha. “Kim Jiyoung, nascida em 1982” é o seu terceiro romance, teve grande impacto nos debates sobre desigualdade e discriminação de género tanto no seu país como no resto do mundo. O livro foi traduzido para mais de 20 idiomas e vendeu mais de 2 milhões de exemplares em todo o mundo.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
**”Kim Jiyoung, nascida em 1982″, de Cho Nam-Joo (Singular, Wook):
https://www.wook.pt/livro/kim-jiyoung-nascida-em-1982-cho-nam-joo/29425397
**Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 07/03/2024

Leitores residentes no Brasil:
“Kim Jiyoung, nascida em 1982”, de Cho Nam-Joo (Editora Intrínseca, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Kim-Jiyoung-Nascida-Em-1982/dp/6555604921

“Sobre as mulheres”, de Susan Sontag (Quetzal Editores, 7 de março 2024)

Sinopse:
“Sobre as mulheres” é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 -, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.

Sobre a autora:
Nascida em 1933, em Nova Iorque, Susan Sontag foi uma das mais importantes e influentes intelectuais norte americanas da segunda metade do século XX. Professora, ativista na defesa dos direitos das mulheres e dos direitos humanos em geral, ficcionista e ensaísta frequentemente premiada e amplamente traduzida. A sua escrita foi presença assídua em publicações como The New Yorker, The New York Review of Books, The New York Times, The Times Literary Supplement, entre muitas outras. Sontag teve um filho, David Rieff – editor dos seus diários inéditos, publicados pela Quetzal com o título “Renascer” –, e viveu os últimos anos da sua vida com a fotógrafa Annie Leibovitz. Faleceu em 2004.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
**“Sobre as mulheres”, de Susan Sontag (Quetzal Editores, Wook):
https://www.wook.pt/livro/sobre-as-mulheres-susan-sontag/28632544
**Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 07/03/2024

”As mulheres eternas”, de Namina Forna (Gailivro, 12 de março 2024)

Sinopse:
Poucas semanas depois de enfrentar as Mulheres Douradas — os falsos seres que acreditava serem a sua família — Deka tem de encontrar a fonte da sua divindade e matar os deuses, cuja competição voraz pelo poder está a consumir Otera. Mas com um corpo mortal a degradar-se, Deka está a ficar sem tempo para se salvar a si mesma e um império à beira da destruição.

Quando Deka e os amigos enfrentam o fim do mundo que conhecem, encontram um novo reino surpreendente, que contém a chave para o passado de Deka. E a decisão arrasadora que ela terá de tomar em breve revela-se: deve renascer como uma deusa e perder todos os que ama ou provocar o fim do mundo? No final da inovadora série As Mulheres Douradas, a jornada de Deka para recuperar a sua divindade e reconstruir um mundo que ameaça destruí-la chega a uma conclusão de tirar o fôlego.

Sobre a autora:
Nascida na Serra Leoa, Namina Forna mudou-se para os Estados Unidos da América aos 9 anos. Tem formação superior em produção para Cinema e TV, pela USC School of Cinematic Arts e pela Spelman College. Trabalha como argumentista em Los Angeles e adora contar histórias com protagonistas femininas. “As mulheres douradas” (2021, ed. Gailivro) foi a sua obra de estreia. Seguiram-se “As mulheres impiedosas” (2023, ed. Gailivro) e “As mulheres eternas” (2024, ed. Gailivro).

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
**”As mulheres eternas”, de Namina Forna (Gailivro, Wook):
https://www.wook.pt/livro/as-mulheres-eternas-namina-forna/29777292
**Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 12/03/2024

“Mandíbula”, de Mónica Ojeda (Publicações Dom Quixote, 19 de março 2024)

Sinopse:
Fernanda, uma aluna insolente de um colégio elitista da Opus Dei, acorda certo dia com as mãos e os pés atados numa cabana escura no meio da floresta – e este é apenas o começo de uma jornada que tem tudo para ser aterradora.

Longe de se tratar de alguém desconhecido, a sua sequestradora é Miss Clara, a professora de língua e literatura perseguida por um passado violento, que Fernanda e as colegas atormentam há meses com vexames e perguntas inconvenientes. Porém, os motivos do rapto revelar-se-ão muito mais complexos do que a mera vingança pelos traumas sofridos na sala de aula e, de certa forma, não deixam de estar ligados ao desejo, ao ciúme e mesmo ao amor.

Num romance imaginativo e extremamente hipnótico, a equatoriana Mónica Ojeda – uma das vozes mais aclamadas da literatura da América Latina – cria em Mandíbula um mundo feminino feroz e implacável, partindo das relações nem sempre claras entre colegas de escola, professoras e alunas, mães e filhas, irmãs e melhores amigas. Viciante e imperdível.

Sobre a autora:
Nascida em Guayaquil, no Equador, em 1988, Mónica Ojeda publicou romances, contos e poemas. Em 2017, esteve na lista Bogotá39, do Hay Festival, de melhores escritores de ficção latino-americanos com menos de 40 anos. Em 2019, recebeu o Prêmio Prince Claus Next Generation, na Holanda. Em 2021, a revista Granta indicou-a como uma das melhores autoras hispânicas com menos de 35 anos. Além de “Mandíbula” (2024, ed. Publicações Dom Quixote), publicou outros dois romances: “La desfiguración Silva” (Prémio ALBA Narrativa, 2014) e “Nefando” (2016). Atualmente, vive em Madrid.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
**“Mandíbula”, de Mónica Ojeda (Publicações Dom Quixote, Wook):
https://www.wook.pt/livro/mandibula-monica-ojeda/29777304
**Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 19/03/2024

Leitores residentes no Brasil:
“Mandíbula”, de Mónica Ojeda (Autêntica Contemporânea, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Mand%C3%ADbula-M%C3%B3nica-Ojeda/dp/6559281493

“Do outro lado do mar”, de Elizabeth Acevedo (Cultura Editora, 21 de março 2024)

Sinopse:
Na República Dominicana, Camino espera permanentemente que o pai a visite no verão. Este ano, porém, no dia em que ansiava que o voo aterrasse, a adolescente chega ao aeroporto e apenas encontra uma multidão que chora desconsoladamente.

Em Nova Iorque, nos EUA, do outro lado do mar, Yahaira é chamada ao gabinete da direção da escola, onde a mãe também a espera para lhe contar que o pai, o herói dela, morreu num desastre de avião.

Separadas pela distância – e pelos segredos do pai -, as duas irmãs têm de enfrentar as novas realidades da sua vida definitivamente alterada pela tragédia. Agora, Camino e Yahaira estão condenadas a lidar com a dor da perda do pai e com a agitação da descoberta do seu novo amor uma pela outra, na esperança de ainda poderem manter vivos os sonhos que antes lhes haviam parecido tão certos, tão seguros.

Numa narrativa dual e em verso, Acevedo aborda as subtilezas da devastação e da dificuldade para perdoar, afirmando-se como voz prodigiosa da atual geração de jovens adultos.

Sobre a autora:
Nascida em Nova Iorque em 1988, Elizabeth Acevedo é uma autora e poetisa dominico-americana conhecida pelos livros “The Poet X”, vencedor do National Book Award, “Do outro lado do mar” (2024, ed. Cultura Editora) e “Com uma pitada de canela” (2023, ed. Cultura Editora). Licenciou-se em Artes Performativas pela Universidade George Washington e tem um mestrado em Escrita Criativa pela Universidade de Maryland. Campeã Nacional de Poesia Slam, reside em Washington, DC, com o seu marido.

Sugestão de leitura:

Leitores residentes em Portugal:
**“Do outro lado do mar”, de Elizabeth Acevedo (Cultura Editora, Wook):
https://www.wook.pt/livro/do-outro-lado-do-mar-elizabeth-acevedo/29776681
**Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 21/03/2024

Leitores residentes em Brasil:
“Agora que ele se foi”, de Elizabeth Acevedo (Editora Companhia Nacional, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Agora-que-ele-se-foi/dp/6558810182

“Quando as montanhas cantam”, de Nguyen Phan Qué Mai (Alma dos Livros, 21 de março 2024)

Sinopse:
Um país em guerra. Uma família dividida. Uma história de coragem e esperança.

Vietname, 1972. Do seu refúgio nas montanhas, a pequena Huong, e a sua avó observam Hanói a arder sob o fogo dos bombardeiros americanos. Até àquele momento a guerra tinha sido apenas uma sombra que afastara a família e dilacerava o país. Agora, entrava de forma brutal nas suas vidas.

Quando regressam à cidade, descobrem a sua casa completamente destruída e decidem reerguê-la, tijolo a tijolo. Para animar a neta, Di¿u Lan começa a contar a história da sua vida: desde os anos nas terras da família durante a ocupação francesa, as invasões japonesas e a chegada dos comunistas; da sua fuga desesperada para Hanói, sem comida nem dinheiro, e a dura decisão de deixar os filhos pelo caminho, na esperança de que, mais tarde ou mais cedo, se reencontrassem.

O tempo passa e quando finalmente terminam a reconstrução da casa, a guerra já terminou. Os veteranos estão a regressar da linha da frente e Huong pode finalmente voltar a abraçar a mãe, que está uma mulher muito diferente daquilo que ela se lembrava. A guerra roubou-lhe a esperança e as palavras; e caberá a Huong dar-lhe voz e ajudá-la na dura tarefa de se libertar do fardo amargo de todos os segredos…

Sobre a autora:
Nascida em 1973, numa pequena aldeia no norte do Vietname, Nguyen Phan Qué Mai viveu a devastação da guerra desde muito cedo. Trabalhou como vendedora ambulante e agricultora de arroz antes de ganhar uma bolsa de estudos para estudar numa universidade na Austrália. Autora e poetisa aclamada, ganhou alguns dos mais prestigiados prémios literários do Vietname. É autora de vários livros de ficção e não-ficção, e o seu trabalho foi traduzido e publicado em diversos países. Ganhou inúmeros prémios, incluindo o PEN Oakland/Josephine Miles Literary Award e foi finalista do Dayton Literary Peace Prize. “Quando as montanhas cantam” tornou-se rapidamente um bestseller e está a ser traduzido em todo o mundo.

Sugestão de leitura:

Leitores residentes em Portugal:
**“Quando as montanhas cantam”, de Nguyen Phan Qué Mai (Alma dos Livros, Wook):
https://www.wook.pt/livro/quando-as-montanhas-cantam-nguyen-phan-que-mai/29776675
**Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 21/03/2024

“Escovar a gata e outras histórias”, de Jane Campbell (Publicações Dom Quixote, 26 de março 2024)

Sinopse:
Um livro poderoso e emocionante que explora a vida erótica, emocional e intelectual de treze mulheres de idade, escrita por uma psicoterapeuta à beira de completar oitenta anos.

Depois de lermos esta estreia provocadora de Jane Campbell acerca do mundo sensual das idosas, daremos realmente razão a quem inventou a expressão «velhos são os trapos». Longe de caírem nos estereótipos da velhice, as protagonistas – tantas vezes atiradas para lares ou casas de família só por terem passado dos setenta – querem continuar a ter a chave de casa e não deixam que a sua vida seja controlada por outros.

Susan descobre-se sexualmente atraída pela sua cuidadora no hospital; ao enviuvar, Linda resolve procurar o homem com quem teve um relacionamento escaldante durante um congresso; Martha, isolada num apartamento em tempos de pandemia, aceita a proposta do governo para desfrutar da companhia de um robô bem-comportado, que engana descaradamente; a avó que vai de comboio ao encontro da neta decide casar-se com o único passageiro da carruagem para não ter de ficar a tomar conta da irmã inválida e prepotente; a senhora que escova a gata do filho recorda, nos movimentos do animal, as próprias experiências sexuais e pensa que a nora há de acabar por pô-las na rua, a ela e à siamesa…

Escrito de forma desafiante, cheio de uma sabedoria intemporal, eis uma fantástica lição contra o preconceito e os equívocos que rodeiam a vida das mulheres mais velhas.

Sobre a autora:
Nascida em Hoylake, na Inglaterra, em 1942, Jane Campbell mudou-se com a sua família para a Rodésia do Norte (hoje Zâmbia) em 1948. Quatro anos mais tarde, foi para um colégio interno na Cidade do Cabo. Em 1959, estudou na Universidade da Cidade do Cabo antes de ir estudar Inglês para o St. Hugh’s College, em Oxford. Depois de se casar com um colega de curso, mudou-se para as Bermudas. Em 1980, regressou a Oxford, onde tirou uma pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas e estagiou no Instituto de Análise de Grupo. Desde então, faz clínica privada em Oxford, tendo trabalhado ao longo de vinte anos no mestrado em Psicoterapia de Grupo. Em 2017, com a bela idade de 75 anos, enviou o conto «Escovar a gata» para a London Review of Books, que o publicou, tendo então decidido escrever outras histórias sobre as experiências de mulheres idosas, que viria a publicar num só volume em 2022, no Reino Unidos e nos EUA. Atualmente, passa grande parte do ano nas Bermudas, onde vivem os seus quatro filhos.

Sugestão de leitura:

Leitores residentes em Portugal:
**“Escovar a gata e outras histórias”, de Jane Campbell (Publicações Dom Quixote, Wook):
https://www.wook.pt/livro/escovar-a-gata-e-outras-historias-jane-campbell/29777319
**Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 26/03/2024

Boas leituras!

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