Quem disse que idade é um posto, no que toca a Stephen King, o mestre do terror, está muito enganado. Embora ainda não tenham passado um par de meses, neste ano de 2018, venho alertar que, daqui a uns meses, teremos dois novos livros do autor.
Vibrou com a estreia da nova adaptação do clássico “It”, com as séries “Mr. Mercedes” e “The Mist”, em 2017? Se a sua resposta é sim, arraste alguns livros para o lado, nas suas estante ou prateleiras, pois, “The Outsider” e “Elevation” vão precisar de ser acomodados, confortavelmente.
Para King, ter 70 anos, completados a 21 de Setembro do ano passado, parece ser algo que não o incomoda muito, visto que, aparentemente, está longe de dar tréguas à escrita. Se em 2017, se deu bem com a publicação de dois livros: Gwendy’s Button Box, escrito em parceria com Richard Chizmar, e “Sleeping Beauties”, com Owen King, porque não repetir a receita em 2018?
Ansiosos? Marquem, já, nas vossas agendas, os meses de Maio e Outubro. O primeiro a chegar será “The Outsider”, como já tinha sido anunciado pelo autor vivo com mais adaptações dos seus livros, não só para o cinema, como, também, para televisão.
“The Outsider”
Se, porventura, for um ávido leitor das histórias tradicionais de King, esta narrativa, muito provavelmente, vai deixá-lo agarrado ao livro, como um íman, da primeira à última página.
Para inicío de conversa, a premissa vai girar à volta da vida de Terry Maitland, um treinador e professor que, inesperadamente, vê a sua vida transformar-se num verdadeiro furacão, uma vez que as suas impressões digitais foram encontradas no corpo de um pré-adolescente, de 11 anos, que foi vítima de abuso sexual.
Habitante de Flint City, ninguém na cidade, começando pelo sua família, esposa e duas filhas, acredita que Terry, uma das pessoas mais bondosas e respeitadas, tenha sido capaz de realizar algo tão desumano. No entanto, todas as provas, nomeadamente, as impressões digitais, o ADN e, inclusivé, testemunhas apontam na sua direcção, o que faz pensar que ter um álibi, neste caso, como em tantos outros, se torna insuficiente.
Além disso, durante a investigação, começam a surgir respostas aterrorizantes e perguntas invulgares.
Será que o lado macabro de Terry se vai sobrepôr à bondade que, ilusoriamente, demonstra, ou será que será considerado culpado imerecidamente?
Segundo King, devemos preparar-nos para um final chocante, como nas suas melhores narrativas.
No que toca a “Elevation”, o livro deve chegar às livrarias, numa altura bastante propícia, no mês de Outubro, não fosse esse, ordinariamente, o mês do Halloween.
“Elevation”:
Ainda que seja um livro curto, a acção vai ocorrer na já conhecida Castle Rock, uma cidade de reduzidas dimensões.
Uma doença absurdamente misteriosa, ataca, violentamente, Scott Carey. A patologia provoca efeitos atípicos no seu corpo, conquanto não sejam perceptíveis a olho nu. Outro dos sintomas incomuns é o facto de, por um lado, estar a perder peso, muito rapidamente, por outro, pesa, exactamente, o mesmo, quer esteja vestido ou não.
Ainda assim, Scott não está disposto a contar publicamente o que está a acontecer e, por essa razão, resolve confidenciar o sucedido ao médico Bob Ellis.
Simultaneamente, enquanto Scott tenta lidar com a rara doença, as suas vizinhas lésbicas são vítimas de preconceito, numa cidade, normalmente, pacata. Todo este ambiente surge, dado que, juntas, querem abrir um novo restaurante, o que leva a que a população se revolte, porque não quer ver a sua imagem alterada por apoiar o negócio de um casal homossexual. Porém, passado algum tempo, Scott decide ajudar.
A partir daí, alianças improváveis, a corrida anual e a condição única que afecta Scott, parece que vai resgatar o melhor das pessoas que, na maioria das vezes, esperam o negativo, tanto delas, como dos outros.
Informo que a capa de “Elevation” ainda não foi revelada.
Boas leituras!