Publicado há pouco mais de 80 anos, “As Vinhas da Ira” de John Steinbeck, causou grande escândalo e, ainda hoje, os temas abordados no romance são mais atuais do que nunca: trabalho, justiça, devastação capitalista, financiamento da economia e migração. Por esse motivo, ele continua a ser um símbolo de indignação e revolta.
Através de excertos de filmes, vídeos inéditos e correspondência do arquivo pessoal do escritor norte-americano, testemunhos de historiadores, especialistas em Steinbeck, economistas e escritores, o documentário de Priscilla Pizzato analisa um livro de culto que se tornou profético.
“The Grapes of Wrath: The Ghost of Modern America”, ou em português “As Vinhas da Ira – O Fantasma da América Moderna”, será exibido a 22 de Setembro, pelas 20h40, na RTP2.
Sinopse:
Na década de 1930, as grandes planícies do Texas e do Oklahoma foram assoladas por centenas de tempestades de poeira que causaram um desastre ecológico sem precedentes, agravaram os efeitos da Grande Depressão, deixaram cerca de meio milhão de americanos sem casa e provocaram o êxodo de muitos deles para oeste, rumo à Califórnia, em busca de trabalho.
Quando os Joad perdem a quinta de que eram rendeiros no Oklahoma, juntam-se a milhares de outros ao longo das estradas, no sonho de conseguirem uma terra que possam considerar sua. E noite após noite, eles e os seus companheiros de desdita reinventam toda uma sociedade: escolhem-se líderes, redefinem-se códigos implícitos de generosidade, irrompem acessos de violência, de desejo brutal, de raiva assassina.
Este romance que é universalmente considerado a obra-prima de John Steinbeck, publicado em 1939 e premiado com o Pulitzer em 1940, é o retrato épico do desapiedado conflito entre os poderosos e aqueles que nada têm, do modo como um homem pode reagir à injustiça, e também da força tranquila e estoica de uma mulher. \”As Vinhas da Ira\” é um marco da literatura mundial.
Foto: “The Grapes of Wrath: The Ghost of Modern America”, um documentário de Priscilla Pizzato/Divulgação
Caso queira adquirir estes, ou quaisquer outros livros, apoie o Sonhando Entre Linhas, usando o link de afiliado da Wook:
https://www.wook.pt/?a_aid=595f789373c37
Sobre o autor:
Nasceu em Salinas, na Califórnia, em 1902, numa família de parcos haveres. Chegou a frequentar a Universidade de Stanford, sem concluir nenhuma licenciatura. Em 1925, John Steinbeck foi para Nova Iorque, onde tentou uma carreira de escritor, cedo regressando à Califórnia sem ter obtido qualquer sucesso. Alcançou o seu primeiro êxito, em 1935, com “O Milagre de São Francisco” (“Tortilla Flat”, na edição original), confirmado depois, em 1937, com a novela “Ratos e Homens”. A sua ficção está marcada por uma imensa preocupação com os problemas dos trabalhadores rurais e, também, por um grande fascínio para com a terra. Em 1939, publicaria aquela que, por muitos, é considerada a sua obra-prima, “As Vinhas da Ira”. Entre os seus livros, destacam-se ainda os romances “A Leste do Paraíso” (1952) e “O Inverno do Nosso Descontentamento” (1961), bem como “Viagens com o Charley” (1962), em que relata uma viagem de três meses por quarenta estados norte-americanos. Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1962. Faleceu em Nova Iorque, a 20 de dezembro de 1968.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“As Vinhas da Ira”, de John Steinbeck (Editora Livros do Brasil, Wook):
https://www.wook.pt/livro/as-vinhas-da-ira-john-steinbeck/15327902
Leitores residentes no Brasil:
“As Vinhas da Ira”, de John Steinbeck (Bestbolso, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/as-vinhas-da-ira-1-ed-2008/artigo/73cbdbee-2ba0-497e-8990-3a04e482b4ae
Também estamos no Instagram:
https://www.instagram.com/sonhandoentrelinhas/
Boas leituras!