O Hotel Tivoli foi o local escolhido para o anúncio do sucessor de Manuel Alegre, na lista de vencedores do Prémio Camões, o mais importante prémio da literatura em língua portuguesa.
No ano em que se comemora a 30ª edição do Prémio Camões, originalmente instituído, em 1988, por via de um protocolo assinado entre Portugal e Brasil, cabe a Luís Filipe Castro Mendes, o actual Ministro da Cultura de Portugal, anunciar, às 18:30, o sucessor de Manuel Alegre.
A sua atribuição visa, anualmente, prestar uma homenagem à literatura produzida na língua do poeta quinhentista e, normalmente, a escolha recai sobre um autor cuja obra ajude a projectar e a reconhecer o “património literário e cultural da língua comum”, como foi descrito no protocolo assinado há três décadas.
Na última sexta-feira, num comunicado divulgado pelo Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, ele sublinha:
“Com este prémio, pretende-se ainda estreitar e desenvolver os laços culturais entre toda a comunidade lusófona, pelo que a este evento se associam os outros Estados de língua oficial portuguesa”.
Voltando atrás no tempo, é importante referir que o primeiro escritor agraciado com este célebre prémio foi Miguel Torga, em 1989. Quanto ao último vencedor, a escolha, no ano passado, recaiu em Manuel Alegre.
Para além de Miguel Torga e Manuel Alegre, sublinho os restantes vencedores:
João Cabral de Mello Neto (Brasil), José Craveirinha (Moçambique), Vergílio Ferreira, Rachel de Queiroz (Brasil), Jorge Amado (Brasil), José Saramago, Eduardo Lourenço, Pepetela (Angola), António Cândido (Brasil), Sophia de Mello Breyner, Autran Dourado (Brasil), Eugénio de Andrade, Maria Velho da Costa, Rubem Fonseca (Brasil), Agustina Bessa-Luís, Lygia Fagundes Telles (Brasil), Luandino Vieira (Angola — prémio recusado), António Lobo Antunes, João Ubaldo Ribeiro (Brasil), Arménio Vieira (Cabo Verde), Ferreira Gullar (Brasil), Manuel António Pina (Portugal), Dalton Trevisan (Brasil), Mia Couto (Moçambique), Alberto Costa e Silva (Brasil), Hélia Correia (Portugal) e Raduan Nassar (Brasil).
Por fim, não posso deixar de referir o excelente trabalho que o Instituto Camões tem desenvolvido, ao longo dos anos, para divulgar e promover a língua portuguesa em todo o mundo.
Boas leituras!