“Mrs. Dalloway”: O Conflito entre identidades e as suas rupturas – Introdução

Hoje, Alice Maulaz, com este texto, dá início a uma série de textos sobre esta importântissima escritora inglesa que marcou o século XX. Para ela, Virgínia Woolf é uma escritora de altíssima qualidade.

Virginia Woolf é, sem sombra de dúvidas, uma escritora completa e um dos grandes nomes da literatura inglesa, sendo estudada e conhecida até os dias atuais. Entre tantos outros livros unicamente escritos, em 1925, Woolf escreveu o romance \”Mrs. Dalloway\”, que descreve as doze horas dos preparativos de uma socialite inglesa que se prepara para ser anfitriã de uma festa. De forma geral, é uma obra que espelha a sociedade pós-guerra, de maneira singular, durante toda a narrativa. Em especial, como a sociedade se comporta, diante de uma sociedade patriarcal, numa época onde as rupturas da primeira guerra poderiam ser vistas tanto nas ruas quanto nas pessoas.

Esta pesquisa coloca o foco em estudar, a fundo, as rupturas relacionadas com a identidade da mulher nesta sociedade do início do século XX, através da análise da obra de Woolf e a forma como este conflito reflete as rupturas vividas durante a vida desta escritora magistral.

Diante das dificuldades vividas, numa realidade que demonstra as adaptações que as circunstâncias obrigaram, os choques pós-traumáticos e as sequelas de uma época violenta faziam com que fossem desenvolvidos sentimentos depressivos e solidão que, ao extremo, poderia levar ao suicídio como foi retratado pelo personagem Septimus, que não resistiu a esta ruptura pós-guerra dentro da ficção, enquanto Clarissa questiona este dilema vida versus morte desde o começo da narrativa.

Este estudo possui, como finalidade principal, realizar uma pesquisa bibliográfica, uma vez que utilizará conhecimento de diversos autores para análise das rupturas e a busca pela identidade de Clarissa, presente na obra de Virginia Woolf, para esta brilhante contribuição na literatura. A pesquisa bibliográfica baseou-se em publicações científicas da área de Letras, História e Artes plásticas incluindo artigos, monografias e livros sobre o assunto.

O artigo científico estrutura-se em quatro capítulos, apresentando-se no primeiro com a introdução sobre o contexto histórico pós-Primeira guerra para, assim, contextualizarmos a realidade presente durante a escrita da obra. No segundo capítulo, é abordada a vida de Virginia Woolf, naturalmente, com os seus altos e baixos que, no terceiro capítulo, se interliga con a projeção da sua personalidade em Clarissa e como isso a ajudou na própria construção da narrativa. No quarto capítulo, é apresentada a relação das inseguranças da personagem Clarissa, na obra de Woolf, e como esta contribuição se estende aos dias de hoje.

Foto: Virginia Woolf por Emil Otto Hoppé

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Sobre a autora:
Nasceu em Londres a 25 de janeiro de 1882, filha de Sir Leslie Stephen, escritor e historiador ilustre da Inglaterra vitoriana. Desde cedo ligada a grupos de intelectuais, Virginia Woolf casou, em 1912, com Leonard Woolf e com ele fundou a editora Hogarth Press, responsável pela revelação de autores como Katherine Mansfield e T. S. Eliot e pela publicação das suas próprias obras. Reconhecida como uma das mais proeminentes figuras do modernismo britânico, destacam-se entre os seus trabalhos os romances \”Mrs Dalloway\” (1925), \”Orlando\” (1928) e \”As Ondas\” (1931), assim como o ensaio \”Um Quarto que Seja Seu\” (1929). Após sucessivas crises depressivas e não suportando o isolamento provocado pelo agravar da Segunda Guerra Mundial, suicida-se a 28 de março de 1941, em Lewes.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
“Mrs. Dalloway”, de Virginia Woolf (Livros do Brasil, Wook):
https://www.wook.pt/livro/mrs-dalloway-virginia-woolf/16066983

Leitores residentes no Brasil:
“Mrs. Dalloway”, de Virginia Woolf (Penguin-Companhia, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/mrs-dalloway-1-ed-2017/artigo/3c12d6c4-9c43-4d72-b0aa-c144d85174c5

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Boas leituras!

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