Depois dos escândalos que percorreram a Academia Sueca, em 2018, e que levaram à suspensão da entrega do Nobel de Literatura no ano passado, este galardão está de volta em 2019 e em dose dupla, uma vez que vamos ter dois vencedores. Dois autores vão ser agraciados com este prémio, relativamente à edição de 2018 e 2019, respectivamente. Relembro que Kazuo Ishiguro, autor japonês que vive em Inglaterra, desde os 5 anos de idade, foi o último vencedor, tendo sido revelado em 2017.
No passado mês de Março, através de um comunicado, a Fundação Nobel declarou, que “vai ser possível, novamente, entregar o prémio Nobel da Literatura e os laureados para 2018 e 2019 serão selecionados este outono\”, segundo a agência Reuters.
Desde 1949 que não havia notícia de que o Nobel de Literatura fosse adiado. Como é do conhecimento público, o adiamento da entrega do Nobel de Literatura foi o culminar de uma crise provocada pela denúncia de 18 mulheres, em novembro de 2017, que abordaram os abusos de uma “personalidade” próxima da Academia Sueca. Na verdade, tratava-se do dramaturgo francês Jean-Claude Arnault, marido da poetisa Katarina Frostenson. O mediático caso levou a que seis membros da Academia renunciassem, incluindo a secretária permanente Sara Danius.
Normalmente composto por cinco membros que recomendam um laureado ao resto da Academia, o comité do Nobel deve incluir em 2019 e 2020 “cinco especialistas externos”, incluindo críticos, editores e redatores entre os 27 e os 73 anos.
Em 2017, foi Kazuo Ishiguro que arrecadou este prémio que visa distinguir a carreira de um determinado escritor. Para os elementos do júri, os seus romances têm “uma grande força emocional”e, além disso, destacam a sua capacidade de “revelar os abismos por trás da ilusória sensação de conexão com o mundo”.
Publicado, em Portugal, pela Gradiva, o autor já publicou romances como “Os Inconsolados”, “Os Despojos do Dia”, “Quando Éramos Órfãos”, “O Gigante Enterrado”, “Noturnos”, “O Artista do Mundo Flutuante” e, obviamente, “Nunca me Deixes”, uma obra que venceu um Man Booker Prize, no ano de 2005, e foi adaptada para o cinema, num filme realizado por Mark Romanek, em 2010, e com um guião adaptado por Alex Garland.
Foto: Kazuo Ishiguro por David Levene
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Sugestões de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“Nunca Me Deixes”, de Kazuo Ishiguro (Gradiva, WOOK):
https://www.wook.pt/l…/nunca-me-deixes-kazuo-ishiguro/169508
“Os Despojos do Dia”, de Kazuo Ishiguro (Gradiva, Wook):
https://www.wook.pt/…/os-despojos-do-dia-kazuo-ishigu…/60163
Leitores residentes No Brasil:
“Não Me Abandone Jamais”, de Kazuo Ishiguro (Companhia das Letras, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/…/d3a1a1b2-caef-448e-95aa-8fd73…
“Os Vestígios do Dia”, de Kazuo Ishiguro (Companhia das Letras, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/…/a50c86d0-d3c8-4b7f-999e-d9fc6…
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