Apesar do cenário que se se instalou por todo o lado, que alterou de forma vincada, as nossas realidades, as notícias para o setor do streaming têm sido bastante animadoras. Se olharmos para o ano passado, a Netflix concluiu-o com chave de ouro. segundo o que foi divulgado na noite de terça-feira, dia 19, onde ficamos a saber que ultrapassou a marca dos 200 milhões de subscritores a nível global. Sem qualquer dúvida, este foi, devido à pandemia, o ano de maior crescimento para a plataforma.
Através de um evento para jornalistas e investidores, os números, revelados superaram as expectativas para o último quadrimestre do ano. Entre setembro e dezembro de 2020, mais de 8,51 milhões de subscritores pagos aderiram ao serviço, o que representa um acréscimo de mais 2,5 milhões, além daquilo que foi estimado. No total, a fasquia subiu para os 203.7 milhões de utilizadores a nível internacional. Em termos monetários, estes ganhos são equivalentes a valores a rondar os 6,64 mil milhões de dólares (5,46 mil milhões de euros).
Ao longo do ano, no total, a Netflix fidelizou 36.6 milhões de novos utilizadores. Estes são os maiores números anuais de sempre da plataforma, quebrando o anterior recorde de 28 milhões em 2016, muito por culpa da pandemia de Covid-19, deifinitivamente, o factor que impulsionou mais para esta subida. Quanto aoao primeiro semestre de 2020, os ganhos foram sem precedentes, com 25 milhões de novas contas durante os meses de isolamento.
Desta forma, a plataforma continua a liderar o setor dos SVoD (Subscription Video on Demand), seguida pela ainda recente Disney+. O ano da plataforma da Disney foi impressionante para uma estreia, ao reunir perto de 87 milhões de subscritores no ano que terminou, num total de 137 milhões ao juntar, também, os subscritores da Hulu e do serviço desportivo ESPN+, que pesam nas contas finais do serviço.
Durante o evento, no que diz repeito às séries mais assistidas na plataforma, Reed Hastings e Ted Sarandos, CEO e co-CEO da Netflix, respetivamente, revelaram que a plataforma gastou mais de 11,8 mil milhões de dólares (9,7 mil milhões de euros) na produção de conteúdo original em 2020. Os valores, ainda que pareçam gigantes, foram relativamente mais baixos, quando comparados com outros anos, graças às paragens causadas pela pandemia de Covid-19.
Um dos destaques mencionados foi a estreia da quarta temporada de The Crown. Segundo as estatísticas, mais pessoas escolheram avançar a nova parte face às suas antecessoras. mesmo não tendo batido recordes, o entusiasmo perante estes episódios levou a série a alcançar mais de 100 milhões em audiência desde o lançamento. \”Gambito de Dama\”, minissérie baseada no livro de Walter Tevis, cujo livro vai chegar a Portugal, a 9 de fevereiro, pela Suma de Letras Portugal, também marcou pontos como a série limitada mais vista até ao momento, com 62 milhões de contas a assistir nas primeiras quatro semanas de exibição.
Recentemente, a adaptação originada pela série de romances de época de Julia Quinn, \”Bridgerton\”, publicada em Portugal pela Quinta Essência, passou os números de \”Gambito de Dama\”, com 63 milhões. No entanto, o recorde do ano vai para \”Lupin\”, o inesperado sucesso original francês que passou dois dos maiores sucessos recentes da plataforma em língua inglesa: os cinco episódios devem ser vistos por mais de 70 milhões de contas do serviço nos primeiros 28 dias em exibição.
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Como falante de língua portuguesa, não poderia deixar de mencionar o sucesso de \”Bom Dia, Verônica\”, em vários países. Esta série é uma co-produção entre a Netflix e aprodutora Zola Filmes. É inspirada no livro homónimo, escrito pelos autores e roteiristas Raphael Montes e Ilana Casoy, sob o pseudónimo de Andrea Killmore, lançado originalmente, em 2016, pela Darkside Books e que, aproveitando a adaptação da Netflix, foi reeditado com um novo projeto gráfico, numa edição, à semelhança da anterior, com capa dura e 256 páginas.
Em termos de enredo, a rotina da secretária de polícia Verônica Torres era pacata, burocrática e repleta de sonhos interrompidos até aquela manhã. Um abismo se abre diante de seus pés de uma hora para outra quando, na mesma semana, ela presencia um suicídio inesperado e recebe a ligação anônima de uma mulher clamando por sua vida. Verônica sente um verdadeiro calafrio, mas abraça a oportunidade de mostrar suas habilidades investigativas e decide mergulhar sozinha nos dois casos. Um turbilhão de acontecimentos inesperados é desencadeado e a levam a um encontro com lado mais sombrio do coração humano.
Para a conceituada e experiente escritora de novelas Glória Perez, \”Se você pensa que ao ler Andrea Killmore vai resolver mistérios, prepare-se: você vai colecioná-los!\”
A série de 8 capítulos, no elenco, conta com a actriz Tainá Müller, no papel da protagonista Verônica Torres, Camila Morgado, que dá vida a Janete Cruz, e Eduardo Moscovis. que veste a pele de Cláudio Antunes Brandão, entre outras participações. É importamte realçar, neste caso, que tanto a Netflix como Raphael Montes já confirmaram que vai haver uma segunda temporada.
Além disso, recentemente, esta série foi um dos destaques da entrega dos Prêmios APCA, atribuídos pela Associação Paulista dos Críticos de Artes, a arrecadar 3 galardãos na área de Televisão, nas categorias de Melhor Dramaturgia, Melhor Atriz, pra Camila Morgado, e Melhor Ator, para Eduardo Moscovis.
Adicionalmente, destes dados surgem na mesma altura em que a Netflix se estabelece como o segundo maior grupo de operações no mercado da televisão na Europa em termos de rendimento anual. Durante o último ano, a Netflix tomou conta de mais de 6% de todas as receitas de televisão europeias, ficando em segundo lugar neste ranking e à frente de gigantes como a alemã ARD, a BBC ou a France Télévisions.
Em Portugal, a Netflix é líder global no segmento e é uma das principais ofertas do streaming. A plataforma chegou ao país em 2015 e, segundo a Marktest, poderá ter entre um a dois milhões de subscritores nacionais – dos mais de 2,5 milhões que utilizam o streaming por cá e que podem aderir também a serviços como a HBO Portugal, Disney+, Apple TV+ e Amazon Prime Video.
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Por fim, não poderia vir uma oportunidade, já que estamos a falar do crescimento desta plataforma de streaming. que nos tem dado excelentes séries, para vos sugerir a leitura de \”Isso nunca vai resultar\”, escrito por Marc Randolph, co-fundador e o primeiro CEO da Netfliz, que vai sair pela Vogais, uma chancela da 2020 Editora.
Sinopse:
Nem sempre as vidas de Marc Randolph e Reed Hastings foram tão simples como uma noite de binge-watching. Em 2000 atravessavam um dos seus piores momentos profissionais: a empresa de aluguer de DVD por correio em que tinham investido todas as suas economias, esforços e dois anos de trabalho estava prestes a ruir. Foi então que tomaram uma medida desesperada: propuseram a venda da empresa ao seu maior concorrente, a Blockbuster, por 50 milhões de dólares. A resposta que receberam foi direta: «Ponham-se a andar.» Hoje, a Netflix está avaliada em mais de 200 mil milhões de dólares e a Blockbuster… bem, o que é que ela fazia?
Mais do que a crónica de uma das empresas mais emblemáticas do mundo, neste livro estão as respostas a algumas das perguntas fundamentais sobre dar o salto de fé, seja nos negócios ou na vida: Por onde começar? Como lidar com os reveses? Como lidar com o sucesso? O que é realmente o sucesso?
Da ideia à formação de uma equipa e a saber quando é o momento de passar o testemunho e partir para outras aventuras, esta obra é mais do que uma parábola sobre sonhos. É uma das histórias mais perspicazes do nosso tempo.
Foto: Divulgação
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https://www.wook.pt/?a_aid=595f789373c37
Sobre o autor:
Co-fundador da Netflix, Marc Randolph foi o primeiro CEO da empresa, e membro do seu Board até 2004. Embora seja mais conhecido pela Netflix, a carreira de Marc Randolph em Silicon Valley já se estende por mais de quatro décadas. Fundou uma dezena de outras startups de sucesso, foi mentor de empreendedores em ascensão e fez vários investimentos bem-sucedidos em diversas empresas de tecnologia. Atualmente dá palestras a empresas e em eventos um pouco por todo o mundo.
Sugestões de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“Bom Dia, Verônica”, de Ilana Casoy e Raphael Montes (eBook, Darkside Books, Wook):
https://www.wook.pt/ebook/bom-dia-veronica-ilana-casoy/24303772
**”Isso Nunca Vai Resultar: O nascimento da Netflix e a força das ideias”, de Marc Randolph (eBook, Vogais, Wook):
https://www.wook.pt/ebook/isso-nunca-vai-resultar-marc-randolph/24581438
\”\” Obs: eBook em pré-venda. Fica disponível a parttir de 25-01-2021.
Leitores residentes no Brasil:
“Bom Dia, Verônica”, de Ilana Casoy e Raphael Montes (Darkside Books, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/bom-dia-veronica-1-ed-2019/artigo/60a0389f-5c8a-46d3-b077-67775bbc8711
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Boas leituras!