Nesta quinta-feira, Tatiana Salem Levy, autora de \”Vista Chinesa\”, lança o livro na companhia da psicanalista Maria Homem e da jornalista Carol Pires. O evento será transmitido simultaneamente no YouTube, Facebook e Twitter da Todavia, com início às 19h no Brasil, 22h em Portugal. Na compra de um exemplar deste livro no site da Livraria da Travessa, além de 15% de desconto, você recebe um cartão autografado pela autora — até durarem os estoques —, enviado diretamente de Portugal.
Com este romance contundente e hipnotizante, Tatiana Salem Levy nos apresenta uma história sobre violência sexual e redenção. Em Portugal, este livro vai sair este ano pela Elsinore, uma das chancelas da 2020 Editora.
Estamos em 2014. Euforia no Brasil e especialmente no Rio de Janeiro. Copa do Mundo prestes a acontecer, Olimpíadas de 2016 à vista. Autoestima da cidade nas alturas. Sensação de que o país havia encontrado um novo caminho. Júlia é sócia de um escritório de arquitetura que está planejando alguns projetos na futura Vila Olímpica.
No dia de uma dessas reuniões com a prefeitura, Júlia sai para correr no Alto da Boa Vista, um enclave de Mata Atlântica no meio da grande cidade. A certa altura, alguém encosta um revólver na sua cabeça e a leva para dentro da mata, onde é estuprada. Deixada largada no meio da floresta, ela se arrasta para casa, onde uma amiga lhe presta os primeiros socorros. O rosário de dor, sensação de imundície e \”culpa\” é descrito com crueza e qualidade literária poucas vezes vistas em nossa ficção. Assim como os percalços junto à polícia para tentar encontrar o criminoso numa sociedade em que basta ser pobre para parecer suspeito. Mas nem tudo é horror e escuridão.
A história é narrada para os filhos da protagonista anos depois do terrível episódio. Os fatos retrocedem e avançam no tempo. Temos o início de namoro de Júlia, sua lua de mel numa praia paradisíaca, a gestação. São momentos em que habilmente a autora constrói outra visão do corpo e da sexualidade de Júlia como uma prova, para quem cometeu a violência e para si mesma, de que ela é ainda a dona da própria história.
\”Uma potência impressionante, que nos toma de assalto já nas primeiras páginas […], como se o livro fosse a própria mata, para acompanhar com extrema aflição, de olhos meio fechados, a máxima dureza.\” – Julián Fuks, autor vencedor do Prémio Literário José Saramago, Prémio Oceanos e Prémio Jabuti
Foto: Editora Todavia/Divulgação
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Sobre a autora:
Nascida no ano de 1979. em Lisboa, Tatiana Salem Levy mudou-se para o Rio de Janeiro com nove meses. Para além de possuir nacionalidade portuguesa e brasileira, é judia, o que faz com que tenha uma multiculturalidade bastante forte. É escritora, ensaísta e pesquisadora na Universidade Nova de Lisboa. O seu romance “A Chave de Casa” recebeu, em 2008, o Prêmio São Paulo de Literatura como autora estreante e foi finalista dos prémios Jabuti e Zaffari & Bourbon, tendo sido publicado em vários países, nomeadamente, França, Espanha, Itália e Turquia Depois escreveu “Dois Rios”, “Tanto Mar”, “Paraíso”, “O Mundo não vai acabar” e este “Vista Chinesa”, entre outros. Em Portugal já foi publicada pela Cotovia e pela Tinta da China. Reside entre Lisboa e o Rio de Janeiro e é colunista do jornal Valor Económico.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“Vista Chinesa”, de Tatiana Salem Levy (eBook, Editora Todavia, Wook):
https://www.wook.pt/ebook/vista-chinesa-tatiana-salem-levy/24657440
Leitores residentes no Brasil:
“Vista Chinesa”, de Tatiana Salem Levy (Editora Todavia, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/vista-chinesa-1-ed-2021/artigo/1e57c6a9-4cd3-4235-bfc6-c528ce2cc4ab
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Boas leituras!