N. K. Jemisin: Uma autora negra que está a fazer história na literatura de ficção científica

É um grande orgulho ver, finalmente, que as autoras negras estão a destacar-se em géneros literários que, até agora, têm sido dominados por homens e mulheres de raça caucasiana.

N. K. Jemisin é, actualmente, um nome a ter em conta, dado que se, em 2016, foi a primeira autora negra a vencer um Hugo Award, o mais importante galardão para quem escreve este tipo de literatura, devido à autoria de “The Fifth Season” e se, em 2017, voltou a repetir o feito, com “The Obelisk Gate”, este ano, volta a surpreender, ao vencer com “Stone Sky”, o que faz com que alcance um patamar inédito para qualquer autor de ficção científica.

Apesar de N. K. Jemisin ter nascido, a 19 de Setembro de 1972, em Iowa City, a sua infância e juventude foi vivida entre Nova Iorque e Mobile, no Alabama. Depois, viveu, durante uma década, em Massachusetts, antes de se mudar, definitivamente para a Big Apple.

Para além de escritora, é, também, psicóloga e conselheira vocacional, tendo-se formado na Universidade de Tulane, entre 1990 e 1994 e, logo depois, fez um mestrado na área da Educação, na Universidade de Maryland.

Outro facto a destacar é que a autora começou, em Janeiro de 2016, a escrever, quinzenalmente, uma coluna para o célebre The New York Times.

Na ficção que escreve, Jemisin, aborda uma enormidade de temas. Entre eles, estão a opressão e os conflitos culturais. Estreou-se, em 2010, entrado no mundo dos romances, pela mão da fantasia, com “The Hundred Thousand Kingdoms”, tendo arrecadado, no ano seguinte, um Locus Award for Best First Novel e um Romantic Times Reviewers’ Choice Award.

Como se tudo isto não fosse suficiente, foi nomeada, igualmente para o Nebula Award e para o Hugo Award, ambos, na categoria de Melhor Romance.

Nesta narrativa brilhante, o enredo mistura deuses e mortais, poder, amor, morte e vingança. Assim sendo, a jovem Yeine Darr é a protagonista que, após a morte da sua mãe, em condições misteriosas, vai começar uma luta de proporções míticas.

Para além deste livro, existem outros dois vão desenvolvendo esta premissa, de uma forma tão complexa que, juntos, foram a “The Inheritance Trilogy”. Os títulos dos outros 2 volumes são: “The Broken Kingdoms”, publicado, ainda em 2010, e “The Kingdom of Gods”, publicado em 2011. Contudo, convém salientar que nenhum dos três livros foi publicado no Brasil e/ou Portugal.

Em 2015, o romance “The Fifth Season” foi publicado pela Orbit Books, dando início à “The Broken Earth Trilogy”. O enredo acontece num planeta que possui, apenas, um supercontinente chamado Stillness onde, no fim de alguns séculos, os seus habitantes são obrigados a suportar aquilo que, para eles, é “A Quinta Estação”, uma alteração climáticas de proporções drásticas.

Segundo o site PublishNews, a Editora Morro Branco vai publicar, ainda este ano, “O Portão do Obelisco”, o segundo volume da trilogia “Terra Partida” e, no próximo ano, chegará a edição brasileira de “The Stone Sky”.

Essa informação já foi confirmada pelo editor Victor Gomes, “Esta série está a destruir todos os paradigmas e é um grande orgulho podermos apresentá-la aos leitores brasileiros”.

No que diz respeito a Portugal, até ao momento, somente, a obra “A Quinta Estação” está disponível nas livrarias, tendo sido editada pela Relógio D’Água, no passado mês de Junho. Por essa razão, ainda não há qualquer previsão para as datas de lançamento dos restantes livro da trilogia que, aqui, foi traduzida como “A terra fraturada”.

Boas leituras!

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