Os romances “Mulherzinhas” e “Boas Esposas” são dois livros escritos por Louisa May Alcott, recentemente, adaptados ao cinema. Agora, que li os livros, confesso que estou curiosa para ver o filme.
Apesar de a maior parte das pessoas, conhecer, apenas, o livro “Mulherzinhas”, a autora, vendo o sucesso que este teve, escreveu a continuação da história, lançando-a sob o título de “Boas Esposas”. Contudo, Alcott não ficou por aqui e, uns anos mais tarde, escreveu “Little Men” e “Jo’s Boys”, sendo que estes últimos não estão traduzidos em Portugal, onde continua a narração da história da família March, que foi inspirada na sua própria família.
Estes dois livros são uns verdadeiros clássicos da Literatura e deviam ser lidos por todos, porque nos apresentam um conceito de família que já foi um pouco abandonado e esquecido.
Ao longo das páginas, vamos observando como é que as personagens, inicialmente, as femininas, somente, encaram a pobreza e a Guerra Civil Americana, visto que tiveram de trabalhar e, ao mesmo tempo, lidar com a ausência do pai, que tinha partido para cumprir o seu dever como cidadão. Claro que as suas quatro filhas – Meg, Jo, Beth e Amy – sentem muito a sua falta. No entanto, encontram conforto nas palavras sábias e no carinho da mãe.
Outras personagens vão aparecendo, todavia, existe um ponto que quero realçar, nestes dois livros: a união que se sente na família March. Uma união que se tornou uma raridade, nos dias de hoje. E esta sente-se mais forte, sobretudo, quando vemos, em “Boas Esposas”, cada passarinho a voar do ninho e a construir o seu próprio lar, a sua própria família, tendo, sempre, como pano de fundo, a vivência que tiveram enquanto família na casa dos pais e os sábios conselhos da mãe que são o garante de toda a estabilidade e de todo o carinho de um lar feliz. Aliás, nenhuma destas esposas se esquece das pessoas que ficaram para trás, nomeadamente, os pais, Hannah, a governanta dos March, ou Beth.
Acabamos por ver que todos eles estão felizes, com o caminho que vão percorrendo, e continuam tão unidos como outrora, ainda que cada um tenha a sua casa e a sua família. Porém, nada disto impede a família de se reunir à volta de uma mesa e de passar bons momentos juntos.
Não era bom que assim fosse em todas as famílias!? Não percam a oportunidade de lerem estes dois livros! Prometo que terminarão com o desejo de saber mais sobre a família dos March.
Foto: Wikimedia Commons
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Sobre a autora:
Nascida a 29 de Novembro de 1832, Louisa May Alcott foi uma autora americana que sonhava ser atriz mas que acabou por se tornar numa escritora incontornável no panorama da literatura juvenil. Criada com a família na Nova Inglaterra, cresceu rodeada de destacados intelectuais, tais como Nathaniel Hawthorne e Henry David Thoreau, amigos do seu pai, Amos Bronson Alcott, que era filósofo e professor. Escreveu vários romances. Entre eles, destaco “Mulherzinhas”, publicado, pela primeira vez, em 1868, teve a sua primeira adaptação cinematográfica, segundo o IMDB, em 1917, e “Boas Esposas”, que saiu no ano seguinte. Além da sua notoriedade como escritora, a autora tornou-se muito popular pelas posições que assumiu em defesa da abolição da escravatura e do direito de voto para as mulheres. Faleceu a 6 de março de 1888, devido a um derrame cerebral, em Boston, nos EUA.
Sugestões de leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“Mulherzinhas” + “Boas Esposas” [Edição especial], de Louisa May Alcott (Oficina do Livro, WOOK):
https://www.wook.pt/…/pack-mulherzinhas-boas-espos…/23796663
Leitores residentes no Brasil:
“Mulherzinhas” [Edição Comentada e Ilustrada], de Louisa May Alcott (Zahar, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/…/0b84cf9c-3b22-4344-b55a-2034d…
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Boas leituras!
Gostei bastante do conteudo 🙂 Queria saber mais, como
faço?