“Mariana, meu amor”, de Margarida Rebelo Pinto

O romance histórico é um dos meus géneros preferidos. Adoro ler histórias de pessoas que viveram noutros tempos e gosto que as palavras me levem a imaginá-las, quase como se estivesse a vê-las mesmo à minha frente.

Ainda que este livro não seja um romance histórico puro, visto que entrelaça a vida da Sóror Mariana Alcoforado com a de Alice, é baseado em factos históricos. Contudo, considero que o livro em nada ficou a perder com a conjugação do passado e do presente, dado que as duas histórias se complementam muitíssimo bem. Porque, apesar de viverem em tempos muito diferentes e longínquos um do outro, Mariana e Alice têm algo em comum, pois ambas têm de aprender a recuperar a sua própria vida e o controlo desta, depois de um homem que elas amaram as ter abandonado para seguir em frente como se nada tivesse acontecido. Como se não tivesse deixado uma mulher que os amava para trás. Como se não a tivesse magoado.

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Fonte: Clube do Autor

Alice é uma jornalista freelancer que não consegue superar o amor que sente por um homem casado que, depois de ter estado com ela algum tempo, decide voltar para a sua casa onde estão os seus filhos e a mulher com quem casou, apesar de nunca ter estado apaixonado por ela. E, enquanto tenta superar a dor de ter sido magoada por ele, Alice recebe a proposta de uma editora, sua amiga, para escrever um livro sobre a Sóror Mariana Alcoforado, a freira portuguesa que, durante as Guerras da Restauração, conheceu e se apaixonou pelo Cavaleiro de Chamilly, Noël Bouton.

Mariana, tal como Alice, entregou-se completamente a esse amor e ficou destroçada quando Noël, alegando que o irmão estava doente e que o rei de França o tinha chamado, partiu, deixando-a para trás, sozinha com a sua dor.

Depois disso, Mariana escreve-lhe cinco cartas que passam pelo amor e pelo desamor, pela alegria, pela tristeza e pela dor. E são estas as cartas que nos chegam até hoje e que se tornaram conhecidas em vários países. São também estas que servem de inspiração a Alice, não só para escrever o livro que lhe foi pedido, mas para superar o amor que sente por Pedro – o homem que também se apaixona por ela, mas que não está disposto a deixar a vida que construiu para trás.

Por último, importa salientar que as partes dedicadas a Mariana Alcoforado estão tão bem escritas que nos leva a imaginá-la, uns anos mais tarde, quase no fim da vida, a contar a sua história a uma noviça e a ditar as cartas que queriam que fossem publicadas postumamente e onde contava o que aprendeu com o amor e o desamor que viveu com o cavaleiro francês.

Sem dúvida, que este livro é uma boa sugestão de leitura para os tempos de isolamento
que estamos a viver.

Foto: Margarida Rebelo Pinto por José Carlos Carvalho

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Sobre a autora:
Margarida Rebelo Pinto é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas. Publicou o seu primeiro livro em 1999 e desde então tem construído uma sólida carreira como escritora. A sua obra, publicada em Portugal e no estrangeiro, já vendeu mais de 1 milhão de exemplares.

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“Mariana, Meu Amor”, de Margarida Rebelo Pinto (Clube do Autor, Wook):
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Boas leituras!

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