Lentamente, o mercado editorial português começa a recuperar com o aumento da venda de livros

A pandemia de Covid-19 que, em Potugal, neste momento, está na sua 2ª vaga, atingiu o mercado editorial a nível de vendas de livros, de forma brutal. Dados relativos, ainda à 1ª vaga da pandemia. revelaram uma queda de 66%, aproximadamente. No entanto, aos poucos, as vendas começam a melhorar e, segundo a Gfk, apesar de estarem um pouco longe das estatísticas de 2019, a diferença caiu para 15,8%.

No passado mês de março, as medidas de confinamento decretadas devido à pandemia do novo coronavírus levaram a uma queda abrupta da venda de livros em vários países. Por esse motivo, e como já era de esperar, Portugal não foi exceção — entre os dias 16 e 22 de março, foi registada uma quebra de 63,3% nas vendas. A nível geral, a percentagem da queda situou-se nos 65,8%, se compararmos com o mesmo período do ano passado. Nessa semana, a 12.ª de 2020, foram vendidos menos 121,6 mil unidades, o que corresponde a uma quebra de 1,6 milhões de euros no mercado, de acordo com os dados divulgados, nessa época, pela empresa de estudos de mercado Gfk.

Sete meses depois, o cenário melhorou “significativamente”, ainda que o saldo permaneça negativo em relação a 2019. Segundo um novo estudo da Gfk Portugal, tendo as vendas de livros em lojas físicas nos primeiros nove meses de 2020, como base, apesar das melhorias, Portugal não foi anda capaz de recuperar do colapso que se abateu sobre mais de metade dos países europeus. “Mesmo na fase pós-confinamento”, as vendas permanecem inferiores às do ano passado (-15,8%), adiantou a empresa, sem, porém, especificar o período a que o valor se refere.

De uma maneira geral, o mercado livreiro europeu parece estar a recuperar do duro golpe sofrido em março, mas de forma lenta. Também segundo a Gfk, que analisou a situação em oito países, incluindo Portugal, na Suíça, “as receitas aumentaram consideravelmente nos últimos meses e as perdas globais chegam agora apenas a 2,9%”. Uma situação semelhante que se verificou em Itália e Espanha, com perdas que rondam, agora, os 3% “após terem sido mobilizados esforços no verão para se recuperar o terreno perdido”.

Ainda assim, a exceção parece ser a região da Flandres, onde as empresas do setor do livro “passaram pelo período de confinamento relativamente ilesos”. De acordo com a Gfk, “no final de setembro, chegaram mesmo a registar aumentos”.

Foto: Eliabe Costa/Unsplash

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