Entre as últimas novidades deste mês, destaco a iniciativa da Guerra e Paz Editores que trouxe \”A Escrava Isaura\”, do autor brasileiro Bernardo Guimarães, de volta às prateleiras das livrarias portuguesas e, obviamente, as obras “Doidos e Amantes”, de Agustina Bessa-Luís, o regresso de Ana Margarida de Carvalho aos contos, o novo livro de Ana Teresa Pereira, a biografia de Vera Lagoa, assinada pela historiadora Maria João da Câmara, e a reedição de “À Espera dos Bárbaros”, uma das obras mais marcantes de J. M. Coetzee, autor sul-africano que venceu o Prémio Nobel de Literatura em 2003.
“Doidos e Amantes”, de Agustina Bessa-Luís (ed. Relógio D\’Água, 256 páginas)
Sinopse:
«Declare-se por fim que a paixão em cru, a que se experimenta sem teorias, mas com palpitações, confere a esta fábula de cordel a sua coluna vertebral. E a loucura lúcida, tão convocada para circunscrever o turbilhão que Maria Adelaide Coelho da Cunha desencadeou, ergue-se como eixo de uma congeminação que busca o caixilho disciplinador. Quem hesitará em concluir que por meio dela, a paixão, e por nada mais, se levanta o definitivo archote do progresso das almas, e a sua pertinente justificação?»
Do Prefácio de Mário Cláudio
Sobre a autora:
Dona de uma escrita irreverente e que não se inseria em nenhuma corrente literária, Agustina Bessa-Luís obteve prestígio, nomeadamente com “A Sibila”. No entanto, a sua carreira foi inaugurada com a novela “Mundo Fechado”, em 1948. Mesmo tendo escrito mais romances, a sua produção intensa e muito acima do que se fez em Portugal, dado que escreveu mais de uma centena de livros, deambulou, também, pelas biografias, contos, crónicas, ensaios, memórias, teatro e literatura infantil. Entre os muitos prémios recebidos, destaco, obviamente, o Prémio Camões, um reconhecimento pelo conjunto da obra que lhe foi atribuído em 2004. Actualmente, toda a sua obra está a ser reeditada, gradualmente, pela Relógio D’Água.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“Doidos e Amantes”, de Agustina Bessa-Luís (Relógio D\’Água, Wook):
https://www.wook.pt/livro/doidos-e-amantes-agustina-bessa-luis/25118701
\”Como se o Mundo Existisse\”, de Ana Teresa Pereira (ed. Relógio D\’Água, 144 páginas)
Sinopse:
«Que neblina é esta que nunca levanta nas histórias sem fim de Ana Teresa Pereira, que abismos (de paixão?)? E, no entanto, são nítidos os contornos, nada se esfuma, vemos tudo, as cores vibrantes dos vestidos, as jarras, corredores, portas, escadas, portões, jardins, labirintos. Que espelhos são estes, sempre lá, mal se abrem portas, nos camarins, nos quartos alugados, nos hotéis? Que teatros são estes onde se ensaia? Que homens são estes, estátuas, monstros? Leio sem parar estas histórias misteriosas (são contos? apontamentos?), são uma janela sempre. Aqui, com Ana Teresa Pereira, ler é ver, voltar a ver, voltar a ler.»
Jorge Silva Melo
Sobre a autora:
Nasceu em 1958, no Funchal, onde vive. Ainda estudante e guia intérprete, viu publicado, em 1989, o seu primeiro livro, “Matar a Imagem”, com o qual ganhou o Prémio Caminho Policial. Em 1990, na coleção Campo da Palavra, publicou o romance “As Personagens”. Estreou-se na literatura infantil com “A Casa da Areia” e “A Casa dos Penhascos”, dando assim início a uma nova coleção para jovens. Desde o seu primeiro livro, tem vindo a publicar regularmente. A singularidade da sua temática e a concisão da sua escrita dão a Ana Teresa Pereira um lugar próprio na literatura portuguesa atual. Em 2017, tornou-se na primeira mulher a vencer o Prêmio Oceanos (antigo Prémio Portugal Telecom) com romance “Karen”, editado em Portugal, no ano de 2016, pela Relógio D’Água, e no Brasil, em 2018, pela Editora Todavia. Em 2020, editou em terras lusas, “O Atelier de Noite”.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“Como se o Mundo Existisse”, de Ana Teresa Pereira (Relógio D’Água, Wook):
https://www.wook.pt/livro/como-se-o-mundo-existisse-ana-teresa-pereira/25145968
\”Cartografias de Lugares Mal Situados (10 Contos da Guerra)\”, de Ana Margarida de Carvalho (ed. Relógio D\’Água, 120 páginas)
Sinopse:
Os cenários de guerra são, por definição, lugares mal situados. Neles, as emoções são intensificadas, a generosidade, a compaixão, mas sobretudo a raiva, o medo, a crueldade e a bruteza.
Nestes contos, Ana Margarida de Carvalho percorre alguns desses lugares, desde uma povoação de Portugal durante a Terceira Invasão Francesa, passando por uma biblioteca não nomeada, centro de operações da resistência, onde os livros servem para tudo menos para ler, até um lugar incerto onde há mulheres cercadas por snipers, as vozes são proibidas e o silêncio parece interminável.
Sobre a autora:
Ana Margarida de Carvalho é jornalista e escritora. Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, o seu primeiro romance “Que Importa a Fúria do Mar” valeu-lhe o prémio APE 2013. O mesmo livro foi finalista nos mais prestigiados prémios relativos à data de edição. “Não se Pode Morar nos Olhos de um Gato” é o seu segundo romance, foi considerado livro do ano 2017, nomeado pela SPA, e vencedor do Prémio Manuel Boaventura. Dentro da sua produção literária, cada vez mais diversificada, possui, também, reportagens, contos, nomeadamente, “Pequenos Delírios Domésticos”, um livro editado pela Relógio D’Água, em 2017, onde demonstra, claramente, o seu talento para a narrativa breve, e poemas espalhados por várias publicações e coletâneas. Em 2017, obteve a bolsa anual de criação literária da DGLAB e tem realizado várias oficinas e workshops de criação literária e de escrita criativa. Em 2019, fez-nos chegar “O Gesto que Fazemos para Proteger a Cabeça”, o seu mais recente romance.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“Cartografias de Lugares Mal Situados (10 Contos da Guerra)”, de Ana Margarida de Carvalho (Relógio D’Água, Wook):
https://www.wook.pt/livro/cartografias-de-lugares-mal-situados-ana-margarida-de-carvalho/25118702
“Gilead” – Livro 1, Série Gilead, de Marilynne Robinson (ed. Relógio D\’Água, 232 páginas, com tradução de António Pescada)
\”Num momento da história cultural dominado pelo superficial e o imediato, Marilynne Robinson é uma anomalia milagrosa. Uma escritora que, de forma atenta, cuidadosa e tenaz, explora as questões mais profundas com que a humanidade depara.\” — Los Angeles Times book Review
Sinopse:
Gilead é uma povoação do Iowa com casas dispostas ao longo de algumas ruas, lojas, um depósito de água e uma estação de comboios. As gerações sucedem-se numa vida aparentemente tranquila, organizada em torno das comunidades religiosas.
Através de uma carta que o reverendo John Ames escreve ao seu filho de sete anos, para que este a leia depois da sua morte, Marilynne Robinson conta-nos a história desta comunidade, descobrindo as limitações, as grandezas e também as misérias que a povoam.
\”Gilead \” é o retrato da América profunda, dominada pela religiosidade e a ignorância de tudo o que acontece para lá do seu limitado horizonte.
Sobre a autora:
Marilynne Robinson nasceu em novembro de 1943, em Sandpoint, no estado de Idaho, nos EUA. Estudou na Pembroke College, da Brown University, tendo-se doutorado na Universidade de Washington em 1977. O seu primeiro romance, “Housekeeping” (1980), foi distinguido com o Prémio Hemingway Foundation/PEN. “Gilead” (2004) obteve o Prémio Pulitzer de Ficção e o National Book Critics Circle Award. O The Guardian considerou-o o segundo melhor livro do século XXI. Com “Home”, recebeu o Orange Prize for Fiction e o Los Angeles Times Book Prize, e, com “Lila”, o National Book Critics Circle Award. Em 2012, recebeu a Medalha Nacional de Humanidades, pela “sua escrita elegante e inteligente”. Os seus livros de não-ficção incluem “The Givenness of Things”, “When I Was a Child I Read Books”, “Absence of Mind”, “The Death of Adam” e “Mother Country”. Vive em Iowa City, no Iowa.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
**“Gilead” – Livro 1, Série Gilead, de Marilynne Robinson (Relógio D’Água, Wook):
https://www.wook.pt/livro/gilead-marilynne-robinson/25183977
”A Mais Breve História de Inglaterra”, de James Hawes (ed. Dom Quixote, 392 páginas)
\”Corrosivo, brilhante e extremamente persuasivo.\” – Philip Pullman
Sinopse:
À medida que James Hawes avança no tempo, de César até ao Brexit, por entre conquistas, impérios e guerras, tece uma nova e profunda narrativa de Inglaterra.
A ilha-fortaleza está dividida por uma linha que é anterior à invasão dos romanos; o seu destino tem estado sempre ligado aos dos países vizinhos, goste-se ou não; e há mil anos que se rege por um sistema de classes diferente de todos os outros no planeta.
Nunca houve um momento melhor para perceber porque é que Inglaterra é como é – e não há melhor guia do que este.
Sobre o autor:
James Hawes é autor de seis romances. \”Speak for England\” (2005) previu o Brexit; foi adaptado à televisão por Andrew Davies. O seu livro mais recente, \”A Mais Breve História da Alemanha\”, é um bestseller internacional. Trabalhou recentemente no documentário \”The Making of Us: The History of British Creativity\”, da BBC.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
”A Mais Breve História de Inglaterra”, de James Hawes (Dom Quixote, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-mais-breve-historia-de-inglaterra-james-hawes/25114169
”A Escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães (ed. Guerra e Paz Editores, 208 páginas)
Sinopse:
\”A Escrava Isaura\” é uma das principais obras do romantismo brasileiro e um marco na literatura a favor do fim da escravatura.
Isaura é uma escrava lindíssima, criada como filha pela mulher do comendador Almeida, numa magnífica fazenda do século XIX, em Campos de Goitacases, no Rio de Janeiro. A sua beleza desperta múltiplas paixões e desejos libidinosos, dos quais Isaura tenta escapar, particularmente dos avanços de Leôncio, o filho do comendador, um fazendeiro autoritário que não admite ser contrariado. A fuga com a ajuda do pai, o feitor português Miguel, parece ser a única solução. Serão eles bem-sucedidos nos seus planos? Poderá Isaura encontrar a liberdade e o amor?
Escrito em plena campanha pelo fim da escravatura, este romance tornou-se rapidamente num êxito editorial, dando a Bernardo Guimarães o reconhecimento que até aí não granjeara na proporção merecida.
Sobre o autor:
Bernardo Guimarães nasceu em 1825, em Minas Gerais. De 1847 a 1852, cursou a Faculdade de Direito de São Paulo. Exerceu diferentes atividades ao longo da vida: foi juiz, professor, jornalista, mas gostava mesmo de literatura. Escreveu vários livros de poesia e ficção, mas foram os romances \”A Escrava Isaura\” (1875) e \”O Seminarista\” (1872) que reservaram um lugar de destaque a Bernardo Guimarães como um dos mais importantes prosadores do Romantismo brasileiro. Faleceu em 1884.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
*A Escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães (Guerra e Paz Editores, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-escrava-isaura-bernardo-guimaraes/25151340
\”A Lenda de La Peregrina\”, de Carmen Posadas (ed. Casa das Letras, 496 páginas)
Sinopse:
La Peregrina é, sem dúvida, a pérola mais famosa de sempre. E este magnífico romance é a história do seu percurso ao longo de mais de quatrocentos anos, desde que saiu das águas até chegar às mãos de Elizabeth Taylor.
No século XVI, o escravo que alcançou a façanha de a extrair das profundezas do mar das Caraíbas conquistou com ela a sua liberdade. Pouco tempo depois, e devido à sua rara beleza, La Peregrina chegou às mãos de Filipe II, rei de Espanha, dando início à lenda que desde então a acompanha e segundo a qual as grandes pérolas propiciam tanto grandes amores como grandes comoções.
Reis e rainhas, aventureiras, espias, artistas, ladrões, assassinos… La Peregrina passou pelas mãos de variados e notáveis personagens até chegar às de Richard Burton, que a ofereceu a Elizabeth Taylor para selar uma das histórias de amor mais célebres do século XX.
Carmen Posadas escolheu como protagonista deste ambicioso romance um objeto e, na pesquisa que fez para narrar a sua acidentada e aventurosa trajetória, descobriu fragmentos apaixonantes, e muitas vezes inéditos, com cerca de cinco séculos de história.
Sobre a autora:
Carmen Posadas nasceu em Montevideo, Uruguai, em 1953. Com uma trajetória de mais de vinte anos, depois de, em 1985, ter publicado \”Manual del perfecto arribista\”, escreveu ensaios, guiões para o cinema e televisão, livros juvenis e vários romances: \”Cinco Moscas Azuis\” (1996); \”Nada É o Que Parece\” (1997); \”Pequenas Infâmias\” (Prémio Planeta, 1998); \”A Bela Otero\” (2001); \”O Bom Servidor\” (2003); e \”Brincadeira de Crianças\” (2006). Em Portugal, estão publicados \”A Fita Vermelha\” (Quetzal Editores, 2010); \”A Filha de Cayetana\” (Casa das Letras, 2018) e \”A Mestra de Marionetas\” (Casa das Letras, 2020); É uma das autoras contemporâneas que melhor soube ganhar o aplauso da crítica e dos leitores. Os seus livros encontram-se traduzidos em vinte e uma línguas e foram publicados em mais de quarenta países. Em 2002 a revista Newsweek considerou Carmen Posadas como «uma das autoras latino-americanas mais destacadas da sua geração».
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
\”A Lenda de La Peregrina\”, de Carmen Posadas (Casa das Letras, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-lenda-de-la-peregrina-carmen-posadas/25114185
“Loba Negra”, de Juan Gómez-Jurado (ed. Editorial Planeta Portugal, 432 páginas)
\”É literalmente impossível não ficar agarrado. Antonia Scott é a melhor coisa que já aconteceu ao thriller internacional nos últimos anos.\” — ABC
Sinopse:
CONTINUAR VIVA
Antonia Scott não tem medo de nada. Só de si mesma.
NUNCA FOI
Mas há alguém ainda mais perigoso do que ela. Alguém que até a pode vencer.
TÃO DIFÍCIL
A Loba Negra está cada vez mais próxima e Antonia, pela primeira vez, está assustada.
Depois do sucesso de \”Rainha Vermelha\”, com mais de 800 mil exemplares vendidos em Espanha, o autor best-seller Juan Gómez-Jurado regressa com mais um livro empolgante. O livro de que todos estavam à espera.
Sobre o autor:
Nascido em Madrid, em 1977, Juan Gómez-Jurado é jornalista e autor de vários romances, traduzidos em mais de 40 países. O seu thriller \”Cicatriz\” esteve nas listas de best-sellers e foi o e-book mais vendido em Espanha em 2016. \”Rainha Vermelha\” transformou-se num grande fenómeno de vendas, com mais de 450 mil exemplares vendidos em Espanha, e consagrou-o como um dos expoentes máximos no género a nível internacional. Atualmente escreve para o ABC e é cofundador dos podcasts Todopoderosos e Aquí Hay Dragones, que se transformaram em fenómenos de massas. Tem mais de 375 mil seguidores nas suas redes sociais.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
**“Loba Negra”, de Juan Gómez-Jurado (Editorial Planeta Portugal, Wook):
https://www.wook.pt/livro/loba-negra-juan-gomez-jurado/25117563
** Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 20-07-2021.
”O Livro dos Seres Imaginários”, de Jorge Luis Borges (ed. Quetzal Editores, 232 páginas)
\”É necessário ler Borges porque escreveu uma obra muito difícil de superar.\” — Harold Bloom
Sinopse:
\”O Livro dos Seres Imaginários\” é uma das obras mais originais e fascinantes de Borges, uma reinvenção do mundo construída a partir de um bestiário moderno.
«Ignoramos o significado do dragão, como ignoramos o significado do universo, mas há algo na sua imagem que concorda com o imaginário dos homens», afirma Jorge Luis Borges em \”O Livro dos Seres Imaginários\”, que traça um extraordinário catálogo de cento e dezasseis seres fantásticos que povoaram a mitologia e a religião desde o início dos tempos. Alguns, como o golem, a esfinge e o centauro, são filhos da metafísica ou da literatura; outros, como gnomos e fadas, são o resultado de invenção humana.
Produto de uma vasta cultura e da assombrosa erudição de Jorge Luis Borges, este livro peculiar é uma espécie de bestiário moderno em que se reúne uma grande parte dos «estranhos seres que, ao longo dos tempos, foram engendrados pela fantasia dos homens».
Seguindo as evocações dos clássicos, as revelações dos místicos e os sonhos de escritores e poetas, Borges dá vida a velhas histórias esquecidas e mostra que, apesar da disparidade na origem e nas formas desses estranhos seres, todos eles vêm da mesma imaginação humana, de desejos e medos semelhantes.
Sobre o autor:
Jorge Luis Borges nasceu em Buenos Aires, em 1899. Cresceu no bairro de Palermo, «num jardim, por detrás de uma grade com lanças, e numa biblioteca de ilimitados livros ingleses». Em 1914 viajou com a família pela Europa, acabando por se instalar em Bruxelas, e posteriormente em Maiorca, Sevilha e Madrid. Regressado a Buenos Aires, em 1921, Borges começou a participar ativamente na vida cultural argentina. Em 1923, publicou o seu primeiro livro – “Fervor de Buenos Aires” –, mas o reconhecimento internacional só chegou em 1961, com o Prémio Formentor, seguido por inúmeros outros. A par da poesia, Borges escreveu ficção (é sem dúvida um dos nomes maiores do conto ou da narrativa breve), crítica e ensaio, géneros que praticou com grande originalidade e lucidez. A sua obra é como o labirinto de uma enorme biblioteca, uma construção fantástica e metafísica que cruza todos os saberes e os grandes temas universais: o tempo, «eu e o outro», Deus, o infinito, o sonho, as literaturas perdidas, a eternidade – e os autores que deixam a sua marca. Foi professor de literatura e dirigiu a Biblioteca Nacional de Buenos Aires entre 1955 e 1973. Morreu em Genebra, em junho de 1986.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
**”O Livro dos Seres Imaginários”, de Jorge Luis Borges (Quetzal Editores, Wook):
https://www.wook.pt/livro/o-livro-dos-seres-imaginarios-jorge-luis-borges/24655040
** Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 22-07-2021.
”Devemos Contar à Presidente?”, de Jeffrey Archer (ed. Bertrand Editora, 288 páginas)
Sonopse:
Florentyna Kane, a primeira mulher eleita presidente dos Estados Unidos, é o alvo de um assassino.
Depois de anos de grandes sacrifícios e adversidades, Florentyna torna-se presidente, mas, no dia em que toma posse, forças poderosas movimentam-se para lhe tirar a vida. O FBI tem uma fonte fidedigna que sinaliza a tentativa de assassinato. São 19h30 e é a 1572.ª ameaça do ano. Às 20h30, uma hora depois, cinco pessoas conhecem todos os pormenores do atentado. Às 21h30, quatro delas estão mortas.
O único sobrevivente, o agente especial Mark Andrews, sabe que para evitar o ataque tem 6 dias, 13 horas e 37 minutos. Começa a corrida para tentar salvar a presidente.
O último romance da série Kane e Abel.
obre o autor:
Jeffrey Archer tem mais de 250 milhões de exemplares vendidos em 97 países e 37 línguas. É autor de 16 romances, seis coleções de contos, três peças de teatro, três volumes do seu diário da prisão e um evangelho. É o único autor que foi número 1 em ficção (15 vezes), contos (quatro vezes) e não ficção.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
”Devemos Contar à Presidente?”, de Jeffrey Archer (Bertrand Editora, Wook):
https://www.wook.pt/livro/devemos-contar-a-presidente-jeffrey-archer/22789771
\”Vera Lagoa – Um diabo de saias\” de Maria João da Câmara (ed. Oficina do Livro, 480 páginas)
Sinopse:
Poucas mulheres marcaram tanto o século XX português como Vera Lagoa. De carácter destemido e opiniões fortes, a sua voz livre foi uma lufada de ar fresco no jornalismo português. Na coluna Bisbilhotices, no Diário Popular, comentou a sociedade do final do Estado Novo de forma atrevida, mordaz, indiscreta ao ponto de provocar o escândalo. No pós-25 de Abril, foi das raras vozes independentes, dissonantes, sem compromissos nem cálculo, que se atreveu a criticar os novos poderes instituídos.
Pela mão da historiadora Maria João da Câmara chega-nos finalmente a sua biografia. De uma menina marcada pela figura trágica do pai até à jovem precoce no trabalho, no casamento e na maternidade; de uma habitué dos ambientes intelectuais e artísticos sofisticados da Lisboa do pós-guerra – onde encontra Amália Rodrigues, Sttau Monteiro, Cesariny, Natália Correia, Ary dos Santos e José Manuel Tengarrinha, o amor da sua vida – à sua entrada nos meios oposicionistas e apoio à candidatura de Humberto Delgado, em 1956.
Da invenção por desespero do pseudónimo Vera Lagoa para o Diário Popular de Pinto Balsemão, à sua grande esperança, e posterior desilusão, com o regime democrático, registadas de forma corajosa e contundente no seu jornal O Diabo, \”Vera Lagoa – Um diabo de saias\” é o registo do percurso tão notável quanto acidentado de uma mulher à frente do seu tempo.
Fruto de uma pesquisa admirável com recurso a diversas fontes históricas, nomeadamente ao arquivo pessoal de Vera Lagoa e a entrevistas com familiares, amigos e colaboradores que a conheceram de perto, através da história desta mulher, Maria João da Câmara dá a conhecer uma sociedade, se não desconhecida, pelo menos esquecida, que vale a pena conhecer: a sociedade portuguesa na segunda metade do século passado.
Sobre a autora:
Maria João da Câmara é doutorada em História pela Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Autora de vários trabalhos científicos na área da História e dos Arquivos de Família, além dos romances \”Um Príncipe Quase Perfeito\”, \”Crónica de Amor e Mar\”, \”O Pecado e a Honra\” e \”Memórias Perdidas de Catarina de Bragança\”, publicou os ensaios \”Orey: Uma Família, Uma Empresa\” e \”Cristo Rei, Espiritualidade e História\”. São ainda da sua autoria as seguintes biografias: \”Pedro de Figueiredo (1657 1722) – Uma Biografia\”; \”João Branco Núncio (1901 1976)\” e \”Maria José Nogueira Pinto, Uma Vida Invulgar\”.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
\”Vera Lagoa – Um diabo de saias\” de Maria João da Câmara (Oficina do Livro, Wook):
https://www.wook.pt/livro/vera-lagoa-maria-joao-da-camara/25114198
27.07.2021: \”À Espera dos Bárbaros\”, de J. M. Coetzee (ed. Dom Quixote, 144 páginas)
\”J. M. Coetzee consegue compreender o essencial de cada ser. O que ele aí descobre é bem mais complexo do que aquilo que a maioria das pessoas alguma vez será capaz de compreender a respeito de si própria. E o modo como o transmite é brilhante, em termos de contenção e de elegância formal.\” — Nadine Gordimer, Prémio Nobel de Literatura 1991
Sinopse:
Durante décadas, o Magistrado dirigiu um pequeno povoado fronteiriço, esforçando-se por ignorar o conflito subterrâneo que opunha os bárbaros e o Império. Mas quando chegam o coronel Joll e o seu assistente, peritos em interrogatório enviados pela capital, o Magistrado deixa que uma irreprimível simpatia pelas vítimas tome conta de si e projecta um acto de quixotesca rebelião que acaba por transformá-lo num inimigo do Estado.
Em \”À Espera dos Bárbaros\”, J. M. Coetzee criou uma comovente alegoria da estranha relação que se estabelece entre opressores e oprimidos, do universo desprovido de esperança daqueles que vivem em cumplicidade com regimes que tudo ignoram da justiça e da decência.
Sobre o autor:
Nasceu na África do Sul, em 1940. J. M. Coetzee é um dos mais respeitados escritores sul-africanos contemporâneos, autor de ficção, ensaios de crítica literária e memórias, publicou mais de uma dezena de livros. Entre eles, destacam-se “Desgraça”, “O Homem Lento”, “O Mestre de Petersburgo”, “Diário de um Mau Ano”, “Verão”, “No Coração desta Terra”, “A Vida e o Tempo de Michael K” e “À Espera dos Bárbaros”. Em 2003, recebeu o Prémio Nobel de Literatura. Foi professor nos Estados Unidos e atualmente leciona literatura na Universidade da Cidade do Cabo. Recebeu prêmios na França, na Irlanda e em Israel e foi o primeiro autor agraciado, por duas vezes, com o Booker Prize, o mais importante da Grã-Bretanha e um dos principais da cena literária internacional. Em 2003, foi o autor que arrecadou o Nobel de Literatura desse ano.
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
**\”À Espera dos Bárbaros\”, de J. M. Coetzee (Dom Quixote, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-espera-dos-barbaros-j-m-coetzee/25202744
** Obs: Livro em pré-venda. Envio a partir de 27-07-2021.
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Boas leituras!