Na edição do presente ano de 2021, segundo a organização do Festival Literário Escritaria, que decorre em Penafiel entre os dias 24 e 31 de Outubro, Germano Almeida, nascido em Cabo Verde e vencedor do Prémio Camões em 2018, será o autor homenageado.
No comunicado enviado para a Agência LUSA. no dia de ontem. pode ler-se:
“Germano Almeida, um dos mais proeminentes escritores em língua portuguesa, terá silhueta e frase em Penafiel para memória futura, a par com os anteriores homenageados.\”
Germano Almeida nasceu na ilha da Boa Vista em 1945. Licenciou-se em Direito na Universidade Clássica de Lisboa. Vive em São Vicente onde, desde 1979, exerce a profissão de advogado.
Começou a publicar as suas primeiras narrativas curtas na revista Ponto & Vírgula, assinadas com o pseudónimo de Romualdo Cruz, em 1994, sob o título de \”A Ilha Fantástica\” que, juntamente com \”A Família Trago\” (1998) recriam os anos de infância e o ambiente social e familiar na ilha da Boa Vista. No entanto, o primeiro romance do autor foi \”O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo\”, editado cinco antes antes, onde o escritor marca a rutura com os tradicionais temas cabo-verdianos.
\”O Meu Poeta\” (1990), \”Estórias de Dentro de Casa\” (1996), \”A Morte do Meu Poeta\” (1998), \”As Memórias de Um Espírito\” (2001) e \”O Mar na Lajinha\”, (2004) formam o que se pode considerar o ciclo mindelense da obra do autor.
Mais recentes são os livros \”A Morte do Ouvidor\” (2010), \”Do Monte Cara Vê-se o Mundo\” (2014), \”Regresso ao Paraíso (2015), \”O Fiel Defunto\” (2018), \”Os Dois Irmãos (2019), \”O Último Mugido\” (2020) e \”A Confissão e a Culpa\” (2021), sendo que este último vai chegar às livrarias portuguesas no próximo dia 21 deste mês. Em Portugal as suas obras são editadas pela Editorial Caminho, uma chancela do Grupo LeYa Portugal.
Além disso, Germano Almeida possui obras publicadas no Brasil, França, Espanha, Itália, Alemanha, Suécia, Holanda, Noruega e Dinamarca, Cuba, Estados Unidos da América, Bulgária e Suíça.
A organização, que é encabeçada pela autarquia local, assinala que “a cidade de Penafiel voltará a estar ‘contaminada’ com literatura em todos os cantos e recantos e de variadas formas” Além da transformação habitual da cidade em torno do escritor homenageado e da sua obra, com alusões nas montras, exposições, arte de rua, teatro, música, apresentação de livros, a Escritaria contará ainda com algumas surpresas em torno da obra de Germano Almeida e da lusofonia”., acrescenta.
Citado no comunicado, o presidente do município, Antonino de Sousa, referiu que nesta edição o evento volta “a olhar para a Lusofonia, sendo o terceiro autor africano de língua portuguesa” que Penafiel “tem a honra de receber”, depois de Mia Couto e Pepetela.
“Cada vez mais, a Escritaria procurará convidar autores que habitualmente estão longe de nós, por razões geográficas. O futuro deste grande festival literário passará também cada vez mais pela internacionalização e por levar o nome Escritaria para fora de Portugal.\” — Antonino de Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel
Desde a primeira edição, este festival literário já homenageou Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agustina Bessa-Luís, Mia Couto, António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, Mário Cláudio, Alice Vieira, Miguel Sousa Tavares, Pepetela, Manuel Alegre e Mário Zambujal.
Foto: Germano Almeida por Daniel Rocha
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Sugestão de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
**“A Confissão e a Culpa”, de Germano Almeida (Editorial Caminho, Wook):
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Boas leituras!