Dada luz verde para as filmagens da adaptação de “Barba ensopada de sangue”, de Daniel Galera

Finalmente, depois de oito anos de grande expectativa, o projeto da adaptação cinematográfica do romance “Barba ensopada de sangue”, da autoria de Daniel Galera, editado no Brasil pela Companhia das Letras e em Portugal pela Quetzal Editores, vai sair do papel, o que levou o realizador Aly Muritiba, conhecido por filmes como “Ferrugem” e “Deserto particular”, a comemorar o sinal verde para as filmagens no seu perfil do Twitter.

Voltando atrás na cronologia dos factos, os direitos do livro estavam desde 2013 com Rodrigo Teixeira, produtor brasileiro indicado ao Oscar pelo sucesso internacional \”Chama-me pelo teu nome\” e concorrente à Palma de Ouro no último Festival de Cannes com “Armageddon time”.

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\”Barba ensopada de sangue\”, de Daniel Galera
(ed. Companhia das Letras, 424 páginas)

O filme terá, no papel principal, Gabriel Leone, de “Eduardo & Mônica”. Recordo que “Barba ensopada de sangue\”, o quarto romance de Galera, foi lançado em 2012 e ganhou o Prêmio São Paulo de Literatura no ano seguinte.

Li com muito prazer, capturado pelas tramas abertas e trágicas. Me agradou especialmente o tom musical da prosa e o modo como os diálogos precisos e rápidos servem de contraponto à ação. Para felicidade do leitor, a imagem aterrorizante do título é apenas moldura para um romance lírico e sentimental.
— Ricardo Piglia

Na história, um jovem professor de educação física volta à Garopaba, balneário em Santa Catarina. Ele acaba de perder o pai, e de volta à cidade, procura respostas para o misterioso assassinato de seu avô, ocorrido ali há muitos anos.

A narrativa contida no livro ultrapassa os padrões habituais de uma história de elucidação de um mistério e incorpora elementos peculiares, como uma patologia neurológica do personagem principal, que afeta a sua interação com outras pessoas, e a presença da cadela Beta, a qual o protagonista passa a cuidar depois da morte do pai.

Entre os moradores que ganham espaço na trama estão personagens como um budista, a secretária de uma agência de turismo, uma garçonete e o seu filho pequeno, e alunos de natação.

Foto: Daniel Galera por Marco Antonio Filho

Sobre o autor:
Nascido em São Paulo, no ano de 1979, Daniel Galera vive em Porto Alegre. É autor de “Até o dia em que o cão morreu” (2003), que foi adaptado para o cinema, em 2007, como “Cão sem dono” pelos diretores Beto Brant e Renato Ciasca. Depois, seguiram-se “Mãos de Cavalo” (2006), “Cordilheira” (2008), “Barba ensopada de sangue” (2012), “Meia-noite e vinte” (2016) e “O deus das avencas” (2021). Publicou também o álbum em quadrinhos Cachalote (2010), com o desenhista Rafael Coutinho. Além de escritor, como tradutor, já traduziu livros de autores como Chris Kraus, David Mitchell, Ian Mcguire, Jack London, John Cheever e Zadie Smith.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes no Brasil:
“Barba ensopada de sangue”, de Daniel Galera (Companhia das Letras, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Barba-ensopada-sangue-Daniel-Galera/dp/8535921877

Boas leituras!

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