Vencedora do Prémio Jabuti de 2020, nas categoria de Poesia e Livro do Ano, Cida Pedrosa tem a sua presença confirmada na Flip, que decorre de 23 a 27 de novembro, sucedendo a Saidiya Hartman na lista para a edição deste ano. O seu próximo lançamento já está a ser preparado, sendo que este deverá sair em novembro deste ano, pela Companhia das Letras, sob o título de “Araras vermelhas”.
“A obra e a trajetória de Cida Pedrosa colocam em pauta novas centralidades em um país tão diverso culturalmente, mas ainda tão desigual no sentido das representações. Sua poesia mostra uma das grandes funções sociais da literatura: a potência do exercício de criar e pensar.”
— Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip
Nascida em Bodocó, interior de Pernambuco, Cida é conhecida tanto por sua trajetória literária como política, para ela, indissociáveis.
Desde “Restos do fim”, publicado de forma independente em 1982, até os haikais de “Estesia”, escritos durante o isolamento da pandemia de Covid-19, passando pelo cultuado “As filhas de Lilith”, de 2009, a obra de Cida escapa à definição.
“Cida Pedrosa carrega, junto com a poesia, uma postura ética com relação à literatura e com a sua gente, do Sertão, do Brasil, de todo lugar. A poesia da autora é um canto de esperança.”
— Fernanda Bastos, uma das curadoras da Flip 2022
Se os temas relacionados ao sertão e ao feminino chamam atenção nos seus textos, é pela contribuição estética com a qual esses temas são tratados que os seus poemas ganharam as páginas de antologias editadas no Brasil e no exterior.
“A sua língua poética é única, rica, e nos deixa diante de um sertão pernambucano vivo, cujos passado e presente convivem desafiando-se mutuamente. A luta política de Cida Pedrosa junta-se à agudez da poesia para fortalecer a existência feminina, resgatar a voz dos seus antepassados e exibir um Brasil que muitos brasileiros desconhecem.” — Milena Britto, membro do coletivo curatorial da Flip
E o curador Pedro Meira Monteiro completa: “A poesia de Cida Pedrosa é um encanto e uma surpresa: telúrica e sonora, ao lê-la parece que estamos sempre ouvindo algum som distante, cheio de significação. É como se o mundo se fizesse canto”.
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Foto: Cida Pedrosa por Roberto Jaffier
Sugestão de Leitura:
Leitores residentes no Brasil:
“Solo para vialejo”, de Cida Pedrosa (Cepe Editora, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Solo-Para-Vialejo-Cida-Pedrosa/dp/8578588177
Boas leituras!