Aos poucos, a programação do Festival Internacional de Cultura (FIC) que se irá realizar em Cascais vai ganhando forma. Chimamanda Ngozi Adichie e Jonathan Franzen juntam-se aos convidados já confirmados para esta 3ª edição.
Chimamanda Ngozi Adichie é uma revelação nesta nova geração de autores africanos que está a atrair cada vez mais leitores. É uma grande defensora dos direitos femininos na Nigéria, um país que enfrenta tantos problemas de complexa resolução. Mesmo assim, já mostrou que é possível “conquistar o impossível” devido á sua perseverança e pelo facto de continuar a acreditar nos seus sonhos. Tornou-se a primeira mulher a assumir o cargo de Chefe de Administração da Universidade da Nigéria. Além disso, participou por 2 vezes nas conferências TED, sendo que o seu discurso de 2012 foi publicado em forma de livro com o título “We should be all feminists”, dois anos depois. Nesta obra, a autora apresenta uma definição única para o que é ser feminista no século XXI, partindo da sua experiência pessoal. Em Portugal, foi publicado com o título de “Todos devemos ser feministas”, pela Publicações Dom Quixote. Como romancista, é autora de obras como “Americanah”, “A coisa à volta do teu pescoço”, “A cor do hibisco” e “Meio sol amarelo”. Já venceu vários prémios, nomeadamente, o BBC Short Story Award, o Orange Prize for Fiction e o Commonwealth Writers\’ Prize for Best First Book.
Jonathan Franzen é um autor americano com fama internacional, que nasceu no Ilinóis e foi formado em alemão pelo Swarthmore College em 1981. O seu primeiro romance “Correcções”, publicado em 2001, é um drama familiar satírico, o que levou a critica a dar grande destaque à obra. Isso permitiu que o autor conquistasse o National Book Award e o James Tait Black Memorial Prize, sendo até um dos finalistas do Pulitzer Prize. Foi capa da revista TIME, que o apelidou de “o grande romancista americano”. Desde o ano 2000, no qual Stephen King foi capa da célebre revista, nenhum outro autor americano tinha sido protagonista de capa. Outra obra que deu que falar foi o romance “Liberdade”, uma obra ambiciosa, na medida que tenta fazer o retrato dos EUA no início do século XXI, através das crises, tragédias e redenções vividas por uma família da classe média-alta, proveniente do Midwest. Além disso, “Liberdade” foi também um dos livros escolhidos e recomendados pela apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, na sua lista do Oprah Book Club.
Relembro que o Festival Internacional de Cultura decorrerá de 1 a 10 de setembro, a organização é da responsabilidade da Câmara Municipal de Cascais em parceria com a LeYa Portugal e a Fundação D. Luís I.
Sobre os autores:
Nascida na Nigéria, em 1977, Chimamanda Ngozi Adichie foi estudar para os Estados Unidos aos dezanove anos. Os seus contos apareceram em diversas publicações e receberam inúmeros galardões como o da BBC Short Story Competition em 2002 e o O. Henry Short Story Prize em 2003. “A cor do hibisco”, o seu primeiro romance, foi distinguido com o Hurston/Wright Legacy Award 2004 e o Commonwealth Writers’ Prize 2005, tendo também sido finalista do Orange Broadband Prize 2004 e nomeado para o Man Booker Prize 2004. “Meio sol amarelo”, já publicado pela Publicações Dom Quixote, venceu, em 2007, o Orange Broadband Prize, o Anisfield-Wolf Book Award e o PEN Beyond Margins Award. “Americanah” venceu o Chicago Tribune Heartland Prize 2013. A escritora foi também distinguida, em 2008, com um Future Award na categoria de Jovem do Ano e recebeu uma bolsa da MacArthur Foundation, considerada a “bolsa dos génios”, no valor de 500 mil dólares. A sua obra encontra-se traduzida em trinta e uma línguas.
Nascido em 1959 no Illinois, Jonathan Franzen vive em Nova Iorque. É autor dos romances: “The Twenty-Seventh City” (1988), “Strong Motion” (1992), “Correcções” (2010, ed. Publicações Dom Quixote), “Liberdade” (2011, ed. Publicações Dom Quixote), “Purity” (2015, ed. Publicações Dom Quixote) e “Encruzilhadas” (2021, ed. Publicações Dom Quixote); e de duas obras de não-ficção: “How to be alone” (2002) e “A zona de desconforto” (2012, ed. Publicações Dom Quixote). Foi considerado pela Granta e pelo The New Yorker como um dos melhores romancistas norte-americanos com menos de quarenta anos. Poucas obras conseguiram um reconhecimento da crítica e do público tão unânime como “Correcções”, que teve mais de um milhão de leitores nos Estados Unidos, foi classificado como obra-prima e como «o grande romance do século», conheceu uma difusão internacional sem precedentes com a publicação em quase todas as línguas e um sólido projeto cinematográfico. Com “Correcções”, Jonathan Franzen obteve ainda o National Book Award 2001 e o James Tait Black Memorial Prize 2002. Em Agosto de 2010, Jonathan Franzen foi capa da revista Time – uma honra que não era concedida a um autor vivo há uma década – com as palavras «O Grande Romancista Americano» em grande destaque.
Boas leituras!