“Cartas de amor para mulheres negras”, da poeta Midria Pereira, lançado amanhã na abertura da Flip

Ainda antes de uma conversa já agendada para dia 26, que vai contar com a presença de Alice de Neto Sousa e Lázaro Ramos nesta edição da Flip em Paraty, a poeta Midria vai lançar o seu novo livro “Cartas de amor para mulheres negras” no próximo dia 23 de novembro, escrito durante uma residência artística autônoma na Terra Afefé, cidade-obra localizada na cidade de Ibicoara (BA).

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“Cartas de amor para mulheres negras”, de Midria
(ed. Editora Jandaíra, 80 páginas)

No livro, a autora troca correspondências consigo mesma, convidando mulheres negras e outras pessoas que possam sentir-se contempladas a trocarem consigo também. Trata-se de um registro em primeira pessoa dos conselhos sobre como a população negra pode se amar mais e com a força de sua ancestralidade gestar um mundo preto e potente.

“Cartas de amor para mulheres negras” sintetiza a visão de como a autora toca o mundo: buscando o afeto como paradigma, em detrimento da dor. Ela é mulher e negra, mas também pessoa subjetiva que se constrói com base no poder ancestral que a sustenta há tantas gerações, na força do amor.

Amanhã, o lançamento decorre na sequência da mesa de abertura do evento, que conta com a participação da autora, ao lado de Ana Flávia Magalhães Pinto (DF) e Fernanda Miranda (BA).

Quando se apresenta nas competições de poesia em slams em todo o Brasil, Midria esbraveja, ironiza, discute a condição de mulher negra, o colorismo e o racismo. Mas desde a sua entrada nos slams, ela questiona: onde fica o lugar do acalanto para as mulheres negras? Como desligar o constante modo de vigilância e deitar a cabeça em um colo que lhes dê aconchego?

Abaixo, detalhes sobre a mesa de abertura da edição de 2022 da Flip em Paraty:

Dia 23, às 20h — Mesa 1: Pátrios lares
Mesa dedicada à autora homenageada pela Flip 2022, Maria Firmina Reis, que enfrentou anos de invisibilidade e esquecimento, mas produziu primorosos relatos para a história da literatura brasileira. Com especialistas na obra da autora e do período em que ela produziu, o painel pretende provocar um debate sobre gêneros literários, abolicionismos e a história do Brasil.

Foto: Midria Pereira / Divulgação

Sobre a autora:
Nascida na zona leste de São Paulo, Midria é estudante de Ciências Sociais na USP, poeta, pesquisadora de slams, slammer, slam master do Slam USPerifa e membro do Coletivo Sarau do Vale. Com Bianca Chioma, constrói o podcast Curas Pretas que retrata processos de autoconhecimento, cura e expansão das potências de ser mulher negra.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes no Brasil:
**“Cartas de amor para mulheres negras”, de Midria (Editora Jandaíra, site da editora):
https://editorajandaira.com.br/collections/literatura/products/cartas-de-amor-para-mulheres-negras

Boas leituras!

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