O nascimento da Fósforo Editora e o seu processo paciente de criação durante os tempos de pandemia

Em plena pandemia de Covid 19, Rita Mattar, editora com passagens pela Companhia as Letras e Três Estrelas, que integra o grupo da Folha de São Paulo, Fernanda Diamant, jornalista, editora e ex-curadora da Festa Literária de Paraty, e Luís Francisco Carvalho Filho, advogado e colunista da publicação já mencionada, decidiram começar uma nova editora, a Fósforo Editora, que pretende editar 24 livros, a partir de 2021.

Em termos de estratégia de atuação, a editora prepara uma linha editorial que se pretende variada na divisão entre ficção e não ficção, épocas e nacionalidades dos escritores. Haverá uma atenção especial à intersecção entre divulgação científica e humanidades, ou, nas palavras de Mattar, a obras que se preocupem com “a ciência numa perspectiva implicada na sociedade”. Uma coleção de ensaios chamada Biblioteca Infinita deve sair um ano depois do lançamento da editora.

Quase todo o processo complexo da criação de uma editora, impregnado de bastante paciência, foi realizado durante estes meses em que estamos mergulhados nesta pandemia de Covid 19, algo que os responsáveis também querem imprimir no trabalho editorial que vai vir no futuro. 

Ainda antes da sua inauguração, Rita Mattar realça que a Fósforo já integra um projeto, com mais nove editoras da América Latina, que vai originar un prémio literário voltado para a área da não ficção, batizado com o nome de Latinoamérica Independiente​, onde o vencedor vai ser publicado por todas as casas editoriais incluídas neste desafio. Por outras palavras, o livro vai ver a luz do dia em, pelo menos, dez países.

“Para mim, esse projeto diz muito sobre quem somos nós. Mistura a vontade de encontrar as vozes de novos autores, o trabalho colaborativo com outras editoras e um certo trânsito no mercado internacional.” — Rita Mattar, editora

Adicionalmente, está nos planos, inclusive, relançar uma ou outra obra publicada na sua última casa editorial, neste caso, a Editora Três Estrelas, com novas roupagens.

É uma maneira, segundo ela, de “manter vivo o legado editorial de Otavio Frias Filho”, que foi diretor de Redação da Folha de SP, de 1984 até sua morte, em 2018, e de quem Diamant é viúva.

Foto: Rita Mattar/Divulgação

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Boas leituras!

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