\”Memórias Póstumas de Brás Cubas\”: Nova tradução inglesa de clássico de Machado de Assis celebrada no jornal The Guardian

A nova tradução de \”Memórias Póstumas de Brás Cubas\”, de Machado de Assis, para o inglês, publicada pela Penguin, foi celebrada pelo crítico John Self no jornal britânico The Guardian. Traduzido pela norte-americana Flora Thomson-DeVeaux, o livro reavivou o sucesso do escritor brasileiro fora de portas tendo a tiragem esgotada no site da Amazon dias depois do lançamento, em meados de 2020.

“Memórias póstumas contém toda a comédia humana em 160 capítulos muito curtos.” — John Self, crítico literário

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Fonte: Penguin Group

Para Self, a nova edição, que ganhou o título \”The Posthumous Memoirs of Brás Cubas\”, “é a oportunidade perfeita para se reaproximar das delícias de um livro escrito com ‘a pena da alegria e a tinta da melancolia’, ou para descobri-lo pela primeira vez.”

O crítico assinala ainda que “descrever o enredo é quase fútil”, tamanha a destreza narrativa de Machado. é importante realçar que a edição da Penguin, que tem 368 páginas, contém um texto de introdução assinado pelo romancista americano Dave Eggers.

Lançado há 140 anos, em 1881, \”Memórias Póstumas de Brás Cubas\” é um marco na obra de Machado e na literatura brasileira.

Em relação à obra, o livro é considerado a transição do romantismo para o realismo. Num primeiro momento, a prosa fragmentária e livre de \”Memórias Póstumas de Brás Cubas\”, misturando elegância e abuso, refinamento e humor negro, causou estranheza, inclusive entre a crítica. Com o tempo, no entanto, o defunto autor que dedica sua obra ao verme que primeiro roeu as frias carnes de seu cadáver tornou-se um dos personagens mais populares da nossa literatura.

Foto: Campanha #MachadodeAssisReal/Faculdade Zumbis dos Palmares

Sobre o autor:
Jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, a 21 de junho de 1839, e faleceu nessa mesma cidade, a 29 de setembro de 1908. Filho mulato de pai carioca e mãe açoriana, e oriundo de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Fundador da Cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras, ocupou a sua presidência por mais de dez anos. A sua extensa produção literária é constituída por romances e peças teatrais, duzentos contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de seiscentas crónicas. Assim sendo, o autor é visto como o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de \”Memórias Póstumas de Brás Cubas\” (1881). Este romance é posto ao lado de todas suas produções posteriores, \”Quincas Borba\”, \”Dom Casmurro\”, \”Esaú e Jacó\” e \”Memorial de Aires\”, ortodoxamente conhecidas como pertencentes à sua segunda fase, em que se notam traços de pessimismo e ironia. Contrariamente, a sua primeira fase literária é constituída por obras como \”Ressurreição\”, \”A mão e a luva\”, \”Helena\” e o \”Iaiá Garcia\”, onde estão presentes características herdadas do Romantismo, ou \”convencionalismo\”, como prefere a crítica moderna.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis (Relógio D’Água, site da editora):
https://relogiodagua.pt/produto/memorias-postumas-de-bras-cubas/

Leitores residentes no Brasil:
\”Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis (Penguin-Companhia, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/memorias-postumas-de-bras-cubas-1-ed-2014/artigo/5293e653-a0f3-463b-a5e2-b62a94842eac

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Boas leituras!

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