Festival serrote 2021 terá participação da premiada jornalista e escritora norte-americana Isabel Wilkerson

Organizado pela revista de ensaios do Instituto Moreira Salles, o Festival serrote começa nesta quinta-feira (15) e segue até sábado (17), com transmissões ao vivo pelo YouTube e Facebook do IMS. 

Nesta sua quarta edição, o festival promove debates sobre temas atuais, como o racismo estrutural, as políticas identitárias e a memória da ditadura civil-militar brasileira. Haverá ainda uma mesa sobre os impactos da pandemia de gripe espanhola no Brasil, no começo do século passado. Grande parte dos convidados assinam ensaios na edição nº37, que é a mais recente da revista, disponível nas livrarias e na loja virtual do IMS.

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Fonte: Editora Zahar

O festival começa na quinta-feira, às 19 horas (23 horas em Lisboa) com a jornalista norte-americana Isabel Wilkerson, a primeira mulher afro-americana a ganhar o Pulitzer de jornalismo, em 1994. A autora apresentará o seu livro \”Casta: As Origens de Nosso Mal-Estar\”, que será lançado no Brasil pela editora Zahar no próximo dia 30 de abril. Na obra, a jornalista investiga as raízes históricas e as consequências profundas do sistema hierárquico que sustenta o racismo na sociedade dos EUA. Com mediação da escritora Juliana Borges, a conversa será em inglês, com tradução simultânea para o português.

Wilkerson escreveu também \”The Warmth of Other Suns: The Epic Story of America\’s Great Migration\” (2010), vencedor de diversos prémios e considerado pelo New York Times um dos melhores livros de não ficção de todos os tempos.

A questão racial continuará a ser o tema central do debate do dia seguinte, à mesma hora, com a historiadora brasileira Wlamyra Albuquerque, especializada em estudos da escravidão, e o sociólogo congolês Serge Katembera, que pesquisa ativismos digitais na África francófona. Os dois discutirão o papel da identidade nas estratégias de combate ao racismo. A conversa contará com a mediação do jornalista Tiago Rogero, apresentador do podcast Vidas Negras.

No sábado, o dia que encerra a presente edição do evento, a programação inclui duas conversas. Pelas 17 horas (21 horas em Lisboa), a historiadora Heloisa Starling conversa com a alemã Susanne Klengel, professora na Universidade Livre de Berlim e pesquisadora das culturas latino-americanas. Elas abordarão os impactos da gripe espanhola, a maior epidemia do século XX, em várias esferas da sociedade brasileira, da política à cultura. Como a análise do passado pode ajudar a entender o momento atual? O debate será mediado por Guilherme Freitas, editor-assistente da serrote.

O festival encerra às 19 horas (23 horas em Lisboa), com uma conversa do cartunista Claudius Ceccon, mediada por Julia Kovensky, coordenadora de Iconografia do IMS, e Paulo Roberto Pires, editor da serrote. Um dos principais chargistas do país, Claudius foi preso em 1964, durante a ditadura militar brasileira. Nos 17 dias em que permaneceu encarcerado, registou o seu dia-a-dia em três desenhos, publicados, pela primeira vez, na serrote #37. Na conversa, o artista, que doou o seu acervo ao IMS em 2020, relembrará a sua trajetória.

Foto: Isabel Wilkerson por Suzanne Kreiter

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Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
“Caste”, de Isabel Wilkerson (Edição em língua inglesa, Penguin Books, Wook):
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