Entre 2022 e 2023, a Cavalo Ferro vai editar quatro obras de Abdulrazak Gurnah, o mais recente vencedor do Nobel de Literatura, em Portugal

O autor Abdulrazak Gurnah, que a partir deste ano, passou a figurar na galeria dos vencedores do Prémio Nobel de Literatura, vai ser publicado em Portugal pela Cavalo de Ferro, segundo a informação divulgada pela própria editora, uma das chancelas da 2020 Editora. A única obra publicada por cá, até este momento, tinha sido o romance \”Junto ao Mar\” pela Difel no ano de 2003.

No período temporal que vai decorrer entre o início de 2022 e o início de 2023, esta casa editorial, que recentemente passou a integrar o grupo Penguin Random House Portugal, através da fusão com a 2020 Editora, da qual ela faz parte, irá publicar quatro obras: \”Afterlives\” (fevereiro/março de 2022); \”Paradise\” (maio de 2022); \”By the Sea\”, numa nova tradução (setembro de 2022); e \”Desertion\” (2023).

“É um absoluto privilégio incluir Abdulrazak Gurnah entre os autores da Cavalo de Ferro e poder divulgar a sua obra junto dos leitores portugueses. Uma obra importante, que ajuda a repensar questões que se posicionam no centro das preocupações do mundo atual, com uma voz que ainda teima em ser considerada periférica.” — Diogo Madre Deus, editor da Cavalo de Ferro

Nascido em 1948, na ilha de Zanzibar, ao largo da Tanzânia, Abdulrazak Gurnah tem 73 anos e, atualmente, reside no Reino Unido, tendo chegado em 1960 com o estatuto de refugiado. Para escrever as suas obras, ele utiliza a língua inglesa. A sua produção literária deu origem a dez romances e alguns contos, onde o tema da vida dos refugiados está presente.

Segundo a Academia Sueca, o escritor começou a escrever aos 21 anos e em inglês – a sua língua materna é o swahili. Neste momento, já está reformado da vida académica, mas ocupava a cátedra de professor de Literaturas Inglesas e Pós-Coloniais na  Universidade de Kent, em Cantuária.

O Prémio Nobel da Literatura é entregue há mais de 100 anos e já distinguiu autores como Luigi Pirandello (1934), Hermann Hesse (1946), William Faulkner (1949), Winston Churchill (1953), Ernest Hemingway (1954), Albert Camus (1957), Jean-Paul Sartre (1964) e Samuel Beckett (1969) e José Saramago (1998), entre muitos outros. Em termos de valor monetário, o vencedor recebe um valor que ultrapassa os 900 mil euros.

Foto: Abdulrazak Gurnah por Linda Nylind

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Boas leituras!

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