A chegada do premiado romance de Mohamed Mbougar Sarr a Portugal está marcada para 2022 pela Quetzal Editores

Conhecida por possuir um catálogo diversificado, que inclui Teju Cole, autor com raízes nigerianas, a Quetzal Editores já garantiu a publicação de “La Plus Secrète Mémoire des Hommes”, o quarto romance do jovem autor Mohamed Mbougar Sarr, colocando Portugal entre os primeiros 30 países a publicar esta narrativa que, para o júri do prémio Goncourt de 2021, é \”um hino à literatura\”.

De acordo com um comunicado, a Quetzal Editores informou:

“É com enorme prazer e muita alegria que a Quetzal anuncia que acaba de adquirir os direitos de publicação do vencedor do prestigiado Prémio Goncourt 2021, Mohamed Mbougar Sarr. \’A mais secreta memória dos homens\’ é o título do romance galardoado, já vendido para trinta países e cuja edição portuguesa chega às livrarias em 2022.”

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Fonte: Philippe Rey

A edição portuguesa está na fase de tradução, uma missão que está a cargo de Cristina Rodriguez e Artur Guerra. Na opinião da casa editorial, este é \”um romance magistral, inspirado no destino nefasto do escritor maliano Yambo Oulologuem”.

Ao cruzar diversas geografias (França, Senegal, Países Baixos, Argentina), épocas (Primeira Guerra Mundial, anos 30, ocupação alemã, actualidade) e géneros literários (diário íntimo, correspondência, romance de aprendizagem…), “La Plus Secrète Mémoire des Hommes” configura-se como uma meditação, por vezes cómica, sobre a literatura.

Tal como sucedeu com Abdulrazak Gurnah, vencedor do Nobel de Literatura deste ano, cuja publicação das edições portuguesas foi assegurada pela Cavalo de Ferro, chancela da 2020 Editora, a aquisição dos direitos de publicação deste jovem talento que acabou de arrecadar o maior galardão da literatura francesa foi rápida por parte de uma editora portuguesa.

Relembro que do outro lao do Atlântico, por terras brasileiras, a publicação desta narrativa já foi assegurada pela Fósforo Editora.

Nascido em 1990, no Senegal, o autor, Mohamed Mbougar Sarr é o mais jovem vencedor do Prémio Goncourt desde Patrick Grainville, em 1976. Além disso, ele também conseguiu o feito de ser o primeiro escritor da África subsaariana a ser galardoado com o prémio.

“Terre Ceinte” (Présence Africaine, 2014), “Silence du Choeur” (Présence Africaine, 2017) e “Les Purs Hommes” (Philippe Rey, 2018) são os anteriores romances do autor, o mais novo dos sete filhos de um médico e de uma dona-de-casa, que deixou o Senegal para prosseguir os estudos superiores em ciências sociais.

Foto: Mohamed Mbougar Sarr por Vincent Muller

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Boas leituras!

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