Uma mão cheia de anos depois do lançamento de “Homens Elegantes”, um romance histórico que aborda a temática LGBT, Samir Machado de Machado regressa com “Homens cordiais”, um romance de 384 páginas ambientado no século XVIII, durante o período da Guerra dos Sete Anos. cuja edição ficou a cargo da Editora Rocco.
No romance \”Homens cordiais\”, recentemente lançado pela Rocco, Samir Machado de Machado faz regressar o protagonista Érico Borges, um soldado brasileiro, para mais uma aventura no reino dos podres da politicagem europeia. Ainda que este novo livro dê sequência à narrativa iniciada no livro que o procede, ele pode ser lido à parte.
Sinopse:
O que James Bond, Umberto Eco e Portugal no século XVIII têm em comum? O que poderia juntar referências a vilões clássicos da animação, trocadilhos inusitados e o musical Hamilton?
Em \”Homens cordiais\”, Samir Machado de Machado mais uma vez faz as disputas políticas de séculos atrás conversarem com o Brasil e o mundo de hoje em dia. Ver o soldado Érico Borges tentar decifrar os planos da Marquesa de Monsanto, um instante antes de tudo ir para os ares, é ver uma partida de ténis — só que com explosões. E explosões deixam tudo melhor.
Desta vez, acompanhamos Érico enquanto ele utiliza a sua inteligência militar e social para lutar numa batalha que nem sempre é a dele. Além de impedir que mais guerras aconteçam, vemos em Érico um desejo de entender porque é que os poderosos as desejam, para começo de conversa. Com os seus inimigos fictícios, o personagem cativante questiona problemas muito reais, como fanatismo, xenofobia, homofobia e até mesmo disputas de género.
O nosso autor tem a facilidade de mostrar o sentido de algo estrutural: algo presente nos seus alicerces, na sua própria composição — remetendo inclusive à arquitetura de Lisboa após o terremoto de 1755. Por outro lado, perdão pelo trocadilho, mas Samir Machado de Machado abala as estruturas, desafiando as normas do que é um romance de capa e espada para deixá-lo ainda mais emocionante. Aí entram as referências pop no romance histórico: o Satyricon de Petrónio, os deuses gregos, métodos de assassinato à la Agatha Christie e a série Chaves.
A narrativa cativante faz o leitor parar e se perguntar: \”Espera um pouco: isto aconteceu de verdade? Estas pessoas são reais?\” No entanto, ninguém vai conseguir largar o livro por tempo suficiente para consultar se os túneis romanos sob Lisboa ou se a Irmã Xerazade existiram mesmo. Mas tudo é real para Érico Borges nesta nova aventura. Tudo é muito real para este personagem que só quer voltar para casa seguro para os braços de quem o espera.
Foto: Samir Machado de Machado por Paty Tessmann
Sobre o autor:
Nasceu em Porto Alegre, em 1981. Samir Machado de Machado é escritor, roteirista, designer gráfico e um dos criadores da Não Editora. É autor de “Quatro soldados”, “Homens elegantes”, vencedor do prêmio Açorianos de melhor romance, e \”Homens cordiais\”, todos eles editados pela Editora Rocco. Com “Tupinilândia”, Samir recebeu o Prêmio Minuano de Literatura. Além disso, traduziu “O Mundo Perdido”, de Arthur Conan Doyle, sendo que ambos os livros foram editados para a Todavia.
Sugestão de Leitura:
Leitores que residem no Brasil:
“Homens cordiais”, de Samir Machado de Machado (Editora Rocco, Livraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/homens-cordiais-1-ed-2021/artigo/0c1e03d7-87de-417d-a3fd-2a5dbc749ebf
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Boas leituras!