“A rapariga que roubava livros”, de Markus Zusak

Hoje, trago-vos a minha opinião sobre um livro fantástico onde Markus Zusak nos brinda com uma combinação constituída por uma rapariga, um rapaz, infância, livros, nazis, família, paixão, dor, morte, desespero e esperança.

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“A rapariga que roubava livros”, de Markus Zusak
(trad. Manuela Madureira,
ed. Editorial Presença, 468 páginas)

Esta é uma história narrada pela própria morte e leva-nos a acompanhar a vida de Liesel, uma menina que é abandonada pela mãe e vai para uma casa onde conhece o seu pai e mãe adotivos. Passando-se na Segunda Guerra Mundial, dá-nos a entender como era a vida naquela época, destacando mais a vida que os próprios alemães levavam.

Devo dizer que este tipo de livros, com história envolvida não faz muito o meu género, mas este conseguiu captar a minha atenção em todos os sentidos.

Na minha opinião, é sempre importante lermos livros que contém histórias verídicas das guerras para podermos aprender com eles e sentirmos o que as pessoas sofreram naquela época para não repetirmos os mesmos erros.

No entanto, esta história não é como as outras sobre a segunda guerra mundial que retratam os campos de concentração, visto que esta história mostra o lado dos alemães que também sofreram com isto tudo vivendo condenados à fome e pobreza.

A narrativa do livro é simples e cuidada. O autor utiliza várias expressões em alemão que sinceramente me causaram muito interesse em começar a aprender a língua.

Em relação às personagens, são todas muito bem elaboradas. O pai da Liesel foi das personagens pela qual mais ganhei afeto, nomeadamente, pelo seu positivismo, o amor que sentia pela sua menina, o esforço que fazia para lhe ensinar a escrever e a ler. Além disso, sinto um carinho grande pelo Rudy e a sua paixão pela nossa menina que roubava livros. E claro, a Liesel pela qual me identifiquei bastante em todos os sentidos.

Existe uma cena no livro, uma passagem, que me marcou bastante: Rudy e Liesel, na rua, pobres, sujos..a comer uma maçã que tinham roubado. E dizem:
\”- Isto sim é que é boa vida!\”

Faz-nos pensar… não é?

Decidi não dar estrelas a este livro. Deixo a vosso critério.

Foto: Markus Zusak por Tim Bauer

Sobre o autor:
Nascido em 1975, filho de pai austríaco e mãe alemã, Markus Zusak decidiu escrever “A Rapariga que Roubava Livros”, a partir da experiência dos pais sob o nazismo nos seus países de origem. Markus Zusak realizou uma ampla pesquisa sobre o tema, na própria Alemanha, verificando informações em Munique e visitando o campo de concentração de Dachau e este romance foi adaptado para o cinema, sendo que algumas histórias da ficção são recordações de infância da mãe. “I Am the Messenger” rendeu-lhe os prémios Publishers Weekly Best Books of the Year-Children e o Children’s Book Council of Australia Book of the Year Award. Também é autor de “Nada Menos que um Milagre”, que chegou em 2019.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
“A rapariga que roubava livros”, de Markus Zusak (Editorial Presença, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-rapariga-que-roubava-livros-markus-zusak/201084

Leitores residentes no Brasil:
“A menina que roubava livros”, de Markus Zusak (Editora Intrínseca, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Menina-que-Roubava-Livros/dp/8598078174

Boas leituras!

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