A 9 de abril, RTP 2 exibe “Burgess, The Prophecy of a Clockwork Orange”

Em 1971, Anthony Burgess, autor do escandaloso romance “A laranja mecânica”, foi criticado por muitos quando a adaptação cinematográfica dessa narrativa realizada pelo cineasta Stanley Kubrick estreou. Para além do público, os críticos e alguns juízes americanos ficaram indignados.

Debaixo dos holofotes e acusado de incitar a violência e assassínio, Burgess começou a escrever um manuscrito, que “nunca foi publicado e onde o autor pretendia explicar de uma vez por todas as origens dessa obra incompreendida e refletir sobre os excessos de violência nas sociedades modernas e os riscos de respostas institucionais igualmente violentas… Um verdadeiro antídoto para o perigo do autoritarismo e a paranoia da segurança.“, pode ler-se na sinopse. Bem, esse manuscrito foi revelado em exclusivo através deste documentário.

Até à sua morte, que ocorreu no ano de 1993, Burgess “permaneceu assombrado pelo mal-entendido que se abateu sobre o seu livro. Com o fio narrativo do seu apelo inédito, descoberto em 2019, e testemunhos esclarecedores, incluindo o do escritor britânico Will Self, o documentário explora as múltiplas repercussões de uma obra brilhante e visionária, onde o humor atenua a escuridão, para mostrar quão central é a questão do livre arbítrio.”, lê-se ainda no mesmo texto.

“Burgess, The Prophecy of a Clockwork Orange” (2023), de Elisa Mantin e Benoit Felici, é exibido a 9 de Abril pelas 22h50.

Foto: Imagem do documentário “Burgess, The Prophecy of a Clockwork Orange”, de Elisa Mantin e Benoit Felici/Divulgação

Sobre o autor:
Nascido em Manchester em 1917, Anthony Burgess passou seis anos no exército, antes de se tornar professor, profissão que exerceu na Malásia e no Brunei. Tornou-se escritor a tempo inteiro em 1959, graças ao sucesso que obteve com uma trilogia de livros passada na Malásia. Não tardou a conquistar prestígio internacional como um dos romancistas mais importantes e mais versáteis do seu tempo. Além da literatura, dedicou-se à tradução e à escrita de recensões literárias, peças de teatro e peças de música, incluindo um concerto para piano, um concerto para violino e uma sinfonia. Os seus livros estão publicados em todo o mundo e incluem “The complete enderby”, “Earthly powers”, “Nothing like the sun”, “A dead man in Deptford” e “Byrne”. “Laranja mecânica”, publicada originalmente em 1962, é a sua mais polémica e icónica obra literária, livro de culto para geração atrás de geração. Faleceu em Londres em 1993.

Sugestão de Leitura:

Leitores residentes em Portugal:
”A laranja mecânica”, de Anthony Burgess (Alfaguara Portugal, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-laranja-mecanica-anthony-burgess/24456699

Leitores residentes no Brasil:
”Laranja mecânica”, de Anthony Burgess (Editora Aleph, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/Laranja-Mec%C3%A2nica-Anthony-Burgess/dp/8576574462

Boas leituras!

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top