Para Fernanda Diamant, curadora da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, “Danez Smith tem um estilo inédito, um frescor na escrita. Como escreveu um crítico do The New York Times, os seus poemas produzem “novas vibrações impressionantes” na linguagem e na maneira de entender temas como racismo, homofobia, infância, amor, sexo e morte. Relembro que a 18ª edição da FLIP acontece entre os dias 29 de julho e 2 de agosto, na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro.
Voz radical da poesia contemporânea norte-americana, com livros debruçados sobre temas como raça, gênero e identidade, Smith define-se como uma pessoa não-binária e prefere ser tratado por pronomes no plural e sem demarcação de gênero, sempre que seja possível – como they (eles) em inglês e “elu”, neste release, em lugar de “ele” ou “el@” ou “elx”.
Em 2017, com “Don’t Call Us Dead”, que será publicado, no Brasil, pela Bazar do Tempo, sob o título de “Não digam que estamos mortos”, Smith foi finalista do National Book Award e ganhou o Forward Prize for Poetry, tornando-se o autor mais jovem a ser premiado.
Na perspetiva de Mauro Munhoz, enquanto diretor artístico da FLIP, “a poesia de Smith reflete a intensidade de suas investigações sobre a raça, o género, a linguagem”. Ele acrescenta, ainda que “é como se a violência e o racismo estruturais que o ameaçam, e aos seus amigos, na representação que faz da realidade, ameaçassem a sua poesia, obrigando-a a encontrar novas formas de sobrevivência.”
Lançado no meio ao movimento Black Lives Matter, o livro fala sobre o racismo e a violência institucionalizada nos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, trata de temas pessoais, como o seu diagnóstico de HIV positivo.
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Foto: Danez Smith por Mark Waugh
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Sobre o autor:
Nascido em St. Paul, no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, numa família devota da Igreja Batista, apesar da dificuldade de se encaixar na congregação devido à sua identidade queer, Smith atribui o seu interesse pela poesia e performance, aos sermões de domingo. Nos dias que correm, é um dos principais nomes entre poetas de vanguarda afro-americanos que têm transitado entre as performances em palcos e a publicação de livros. Em 2014, a sua estreia, em livro, deu-se com “[insert] boy”, ainda sem tradução no Brasil, e, três anos depois, conquistou a atenção de um público maior com o premiado “Don\’t Call Us Dead”. Nessa época, a performance de Smith a ler “Dear White America”, um dos poemas em prosa do livro, tornou-se viral na internet, o que lhe rendeu comparações a “Howl”, clássico poema de Allen Ginsberg (1926-1997), que é uma espécie de condenação aos Estados Unidos dos anos 1950. Smith faz parte do coletivo Dark Noise Collective, que reúne alguns dos nomes de vanguarda da poesia nos Estados Unidos, como Fatimah Asghar, Franny Choi, Nate Marshall, Aaron Samuels e Jamila Woods.
Sugestões de Leitura:
Leitores residentes em Portugal:
“Don’t Call Us Dead” – Edição em língua inglesa, de Danez Smith (Vintage Books, WOOK):
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Boas leituras!