O autor italiano publicado em Portugal pela Gradiva e no Brasil pela Editora Record, Umberto Eco faleceu a 19 de fevereiro de 2016, aos 84 anos de idade, como um dos maiores escritores e intelectuais da Itália. Entre os seus maiores sucessos literários estão \”O Nome da Rosa\” (1980) e \”O Pêndulo de Foucault\”, de 1988. Agora, os seus herdeiros chegaram a um acordo quanto ao destino da sua coleção de livros que é constituída por 1 milhão e 600 mil livros, aproximadamente.
Quase cinco anos após a morte de Umberto Eco (1932-2016), os seus herdeiros e o governo italiano decidiram o destino da riquíssima coleção de livros deixada pelo escritor, que será dividida entre uma das principais bibliotecas estatais e a melhor universidade pública de grande porte do país.
Com a aprovação do Tribunal de Contas de Itália, o acordo prevê a aquisição da coleção de livros antigos de Eco pela Biblioteca Nacional Braidense, instituição do Estado em Milão. Nesta categoria contam-se cerca de 1 milhão e 500 mil exemplares. Nessa mesma coleção, cerca de 1 milhão e 200 mil exemplares são anteriores ao século XX, sendo que existem 36 incunábulos, ou seja, obras impressas logo após a invenção da imprensa, na segunda metade do século XV.
\”A Biblioteca Braidense está entusiasmada com o fato de a herança de Eco ser colocada ao lado de sua coleção de livros raros e está agradecida ao Estado pela aquisição.\” — James Bradburne, diretor da Pinacoteca de Brera, gestora da biblioteca
No que diz respeito ao catálogo de volumes modernos, que incui o arquivo do escritor, será entregue em comodato para a Universidade de Bolonhapor um período de 90 anos. Esta não foi uma escolha ao acaso. É uma homenagem à sua própria história, visto que o escritor foi professor emérito da instituição de ensino, eleita em 2020 como a melhor universidade pública da Itália com mais de 40 mil alunos.
Foto: Umberto Eco por Sarah Lee
Sobre o autor:
Nasceu em Alexandria, Itália, em 1932. Umberto Eco começou a cursar Direito na Universidade de Turim, mas logo decidiu dedicar-se à Filosofia, tendo concluído um doutoramento em 1954. Começou a trabalhar como editor de programas culturais na rede estatal italiana de televisão. Foi professor de Comunicação Visual e Semiótica. Detentor de inúmeros prêmios e títulos, Eco ficou conhecido como crítico, semiólogo, romancista e articulista. Propôs teorias estéticas e uma avaliação das vanguardas e dos impactos da sociedade globalizada e de informação na cultura humana. Entre as suas obras de ensaios destacam-se \”Seis Passeios nos Bosques da Ficção\”, \”Sobre Literatura\” e \”Confissões de um Jovem Escritor\”. Entre suas coletâneas, ressaltam-se: \”Diário Mínimo\” e \”O Segundo Diário Mínimo\”. No ano de 1980, estreou na escrita de ficção com \”O Nome da Rosa\” (Prémio Strega 1981), que deu origem ao filme homónimo. Em seguida vieram \”O Pêndulo de Foucault\”, \”Baudolino\”, \”Cemitério de Praga\”, \”A Ilha do Dia Antes\”, \”Número Zero\”, entre outros. Faleceu em 19 de fevereiro de 2016.
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Boas leituras!