A realidade das favelas, pelos olhos de Geovani Martins, chega a Portugal a 16 de Julho

Elogiado por autores como Chico Buarque, Milton Hatoum, Marcelo Rubens Paiva, entre muitos outros, o livro de estreia de Geovani Martins, que contém 13 contos ambientados nas favelas do Rio de Janeiro, chega às livrarias pela Companhia das Letras Portugal no próximo dia 16 de Julho. Antes de ser publicado no seu país de origem, os seus direitos de publicação foram comprados por 10 países, o que fez com que o autor se tornasse o primeiro autor a conseguir esse feito e, de forma surpreendente, no início da carreira.

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Fonte: Companhia das Letras Portugal

Geovanni já fez história na literatura canarinha, pois, é o primeiro a conseguir o feito de ter os direitos de publicação adquiridos por uma dezena de países, antes da sua publicação no seu país. Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Holanda e China vão publicar o livro de estreia do escritor.

“Meus contos têm muito das crônicas de registrar momentos, registrar costumes de rua, a fala urbana. Eu sou muito pautado pelas histórias que estão acontecendo na rua e dão base para gerar pensamentos e tentar entender mais a sociedade. Me motiva muito também os grandes contadores de histórias que eu tenho acesso na rua, me fascinam pessoas que contam histórias muito bem e elas me influenciam na hora de pensar o argumento”, declarou numa entrevista, aquando do lançamento do livro no Brasil, o mesmo que chegará até nós, muito em breve, devido ao excelente trabalho da Companhia das Letras Portugal.

É importante salientar que há diferenças entre a literatura de Rubem Fonseca e a que é produzida por Geovani Martins. Desde logo, porque se, por um lado, Fonseca descreveu, como poucos, a violência urbana e, através das suas obras, o que inspirou mais de uma geração de escritores brasileiros, por outro, a voz narrativa de Martins leva o “realismo urbano” por um outro caminho, adicionando-lhe uma linguagem trabalhada, uma certa “crónica de costumes” e lirismo, três traços, geralmente, pouco presentes neste tipo de ficção.

Além fronteiras, o autor estreante coleciona os mais rasgados elogios. Para a editora Clara Capitao, da Companhia das Letras Portugal, “o autor reúne o ritmo contemporâneo e a agilidade narrativa de Irvine Welsh ao realismo tradicional de Jorge Amado na maneira de contar histórias.”

Por último, quero realçar que os direitos de adaptação para o cinema foram adquiridos pelo produtor Rodrigo Teixeira, que planeia uma longa-metragem dirigida por Karim Aïnouz que, durante a sua carreira, realizou filmes como “Madame Satã”, “O Céu de Suely”, “Praia do Futuro”.

Foto: Geovani Martins na fevela do Vidigal, no Rio de Janeiro, por Zô Guimarães

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Sobre o autor:
Nasceu em 1991, em Bangu, no Rio de Janeiro. Nunca imaginou que seria escritor. Começou a ler, por sua iniciativa, na sua adolescência, livros de Machado de Assis, Jorge Amado, entre outros. Em 2013 e 2015, participou das oficinas da Festa Literária das Periferias, a Flup. Publicou alguns de seus contos na revista Setor X e foi convidado duas vezes para a programação paralela da Flip. Certo dia, disse à mãe que iria escrever um livro e que acreditava que iria conseguir viver da literatura. Entretanto, 12 dos 13 contos que estão presentes em “O Sol na Cabeça”, publicado em 2018, pela Companhia das Letras, são o resultado de 2 anos de trabalho dedicado. Antes dos 30 anos de idade, Geovani já conquistou elogios de autores como Chico Buarque, Milton Hatoum e Marcelo Rubens Paiva, o que faz dele um dos mais promissores autores da literatura brasileira.

Sugestões de Leitura:

Leitores que residem em Portugal:
“O Sol na Cabeça”, de Geovani Martins (Companhia das Letras Portugal, Wook):
https://www.wook.pt/livro/o-sol-na-cabeca-geovani-martins/23214162

Leitores residentes no Brasil:
“O Sol na Cabeça”, de Geovani Martins (Companhia das LetrasLivraria da Travessa):
https://www.travessa.com.br/o-sol-na-cabeca/artigo/ac1fe7e3-5c18-415d-8ab6-fa22ef78695a

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Boas leituras!

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