Obra de Eça de Queirós volta a ser relançada no Reino Unido: A edição precedente “A ilustre Casa de Ramires”, em inglês, era de 1968

Eça de Queiroz, para muitos de nós, o maior romancista português do século XIX, volta ao mercado literário inglês. Meio século após a publicação da 1ª tradução para inglês de “A ilustre casa de Ramires”, a obra tem uma nova edição em terras de Isabel II.

Desta vez, a tradução ficou a cargo da prestigiada Margaret Jull Costa, a mais célebre das tradutoras da obra queirosiana.

Durante a apresentação desta nova edição de Eça de Queirós,  na embaixada de Portugal no Reino Unido. confidenciou que 25 dos 30 anos de profissão, foram passados a traduzir este incontornável romancista. Para ela, não restam quaisquer dúvidas que Eça devia ser mais conhecido no Reino Unido, elogiando de forma vincada o seu talento e estilo para fazer desde descrições a diálogos. Afirma ainda que o autor “tem um sentido fantástico do absurdo”, algo que se identifica muito com o público britânico.

“A relíquia”, “A tragédia da Rua das Flores”, “O crime do padre Amaro”, “O primo Basílio”, “A cidade e as serras”, “Alves & Companhia”, “O Mistério da estrada de Sintra” e “Os Maias” constam, do seu vasto catálogo. Destaco que a sua tradução de  “Os Maias” foi agraciada com o prémio Oxford Weidenfeld no Reino Unido e o prémio Pen Livro do Mês nos EUA, ambos em 2008.

Também Jonathan Keates, autor de vários textos sobre Eça de Queirós, contou como conheceu o trabalho do escritor português ainda nos anos 1950.

“Tinha 11 anos quando ouvi uma dramatização de ‘O Primo Basílio’ na rádio”, revelou, tendo-se tornado num entusiasta “queirosiano”. Se considera “absolutamente monumental” a obra Os Maias, julga A Ilustre Casa de Ramires como “formidável”.

Margaret Jull Costa possui uma longa carreira, tendo já traduzido diversas obras da nossa literatura. Pelas suas mãos, já passaram autores como Saramago, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, António Lobo Antunes, Lídia Jorge ou Teolinda Gersão.

Sobre o autor:
Nascido em 1845, na cidade de Póvoa de Varzim, Portugal, José Maria Eça de Queirós estudou direito na Universidade de Coimbra e trabalhou como advogado e jornalista em Lisboa. Casou-se em 1886 com Emília de Castro Pamplona, com quem teve dois filhos. É autor de \”O crime do padre Amaro\” (1875), \”A tragédia da Rua das Flores\” (1877), \”O primo Basílio\” (1878), \”Os Maias\” (1888), \”A ilustre Casa de Ramires\” (1900), \”A cidade e as serras\”, este último foi publicado postumamente em 1901, entre outros. Faleceu em Paris, em 1900.

Sugestão de leitura:

Leitores residentes em Portugal:
\”A ilustre Casa de Ramires\”, de Eça de Queiroz (Editora Livros do Brasil, Wook):
https://www.wook.pt/livro/a-ilustre-casa-de-ramires-eca-de-queiroz/16293658

Leitores residentes em Portugal:
\”A ilustre Casa de Ramires\”, de Eça de Queiroz (Penguin-Companhia, Amazon Brasil):
https://www.amazon.com.br/ilustre-Casa-Ramires-E%C3%A7a-Queir%C3%B3s/dp/858285160X

Boas leituras!

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