Durante a sua carreira, Brigitte Giraud, que já tinha sido finalista do Prémio Fémina com o livro “Um Ano Estrangeiro”, publicado em Portugal pela Livros da Seda em 2010, sendo obra faz parte dos livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário, arrecada agora o galardão da literatura francesa com mais prestigio pela autoria de “Vivre vite”, descrito como um romance de autoficção.
Ainda sem uma edição portuguesa, o livro agora premiado foi originalmente publicado pela editora Flammarion. Nele, a escritora questiona o que teria sido a sua vida se Claude, o seu companheiro, não tivesse morrido num acidente de moto em 1999.
Numa “história tensa, que funciona como uma verdadeira contagem regressiva”, Brigitte Giraud tenta perceber o que levou a que aquele acidente acontecesse, lê-se no resumo do livro. A escritora regressa às perguntas que na altura ficaram sem resposta.
“Brigitte Giraud é a 13.ª mulher vencedora do prémio”, disse aos jornalistas Paule Constant, escritora e membro da Academia Goncourt, no anúncio desta manhã em Paris.
Como habitualmente, os dez membros da Academia Goncourt estiveram reunidos esta quinta-feira no restaurante Drouant, em Paris, onde realizaram o anúncio.
As outras três obras finalistas eram “Le Mage du Kremlin”, de Giuliano da Empoli (ed. Gallimard), “Les Presque Soeurs”, de Cloé Korman (ed. Seuil), e “Une somme humaine”, de Makenzy Orcel (ed. Rivages).
Como escreve a jornalista Raphaëlle Leyris, do Le Monde, o romance de Giuliano da Empoli era, para muitos, o favorito, mas recebeu o Grande Prémio do Romance da Academia Francesa na semana passada.
Relembro que o Prémio Goncourt de 2021 foi atribuído a Mohamed Mbougar Sarr por “A Mais Secreta Memória dos Homens”, que em Portugal saiu pela Quetzal no mês passado.
Foto: Brigitte Giraud por Pascal Ito
Boas leituras!